Aceleramos a versão mais luxuosa da picape média japonesa que ganhou equipamentos e visual estiloso, mas manteve o conjunto com motor biturbo a diesel
Equipada, moderna e atraente. O teste de hoje é com a Nissan Frontier Platinum 2023. Remodelada em abril, a picape recebeu versões inéditas e mais itens de tecnologia. A configuração Platinum, da nossa avaliação, substituiu a última versão LE. Mas como ela é?
Na frente, tem faróis exclusivos com quatro pingos de LED que são bem bacanas, como é possível ver pelo vídeo que você confere aqui embaixo ou lá no canal da Webmotors no Youtube. Esses faróis, aliás, têm 30% a mais de brilho nos fachos altos e 20% a mais nos baixos, o que melhorou bastante a visibilidade para quem dirige - principalmente à noite. Grade e para-choques também são novos.
Vista de perfil, logo é possível notar as belas rodas de 18 polegadas e o bom entre-eixos de 3,15 m, que favorece o espaço interno - embora, valha dizer, uma Ford Ranger tenha 3,22 m. Essa configuração Platinum tem praticamente a mesma entrega de equipamentos da opção Pro4X, a topo de gama, mas com pegada mais voltada para o luxo.
Em dimensões, aliás, ela mudou. Mas pouca coisa. Está mais alta e oferece 31º de ângulo de ataque. Lá atrás, a tampa da caçamba está 60% mais leve na comparação com o modelo anterior, mas a capacidade do compartimento não mudou: até 1.054 litros de volume e 1.034 quilos de carga máxima. Mas tem um detalhe: ela só abre e fecha com a chave.
Na parte da frente, há muito plástico duro, mas isso é comum em picapes - afinal, o objetivo desse tipo de carro é pegar pesado. Mas há coisas boas: o quadro de instrumentos está maior e agora tem uma tela de TFT com 7 polegadas, embora os mostradores ainda sejam analógicos.
Senti falta de um carregador de celular sem fio e do controle de cruzeiro adaptativo (ACC), mas pelo menos há sistema de frenagem de emergência com atuador em casos extremos, o que é ótimo para a segurança dos passageiros. As entradas USB, aliás, são diversas e existe até uma nova, do tipo USB-C, instalada dentro do descansa-braços central.
Tudo atualizado em relação à concorrência, mas há pênaltis: por conta dessa defasagem da central multimídia (com tela colorida tátil de 8 polegadas), os sistemas Android Auto e Apple CarPlay são conectados apenas via cabo. E, vale dizer, já tem picape concorrente que oferece sistema de wi-fi nativo para esse tipo de cliente.
Ela também é muito segura e oferece uma série de itens de auxílio à condução: tem o citado sistema de frenagem autônoma de emergência; assistentes de ponto cego e também o de mudança de faixa (sem atuador automático) e até um detector de fadiga.
Na parte de trás, é bom lembrar que o espaço é de picape. Portanto, as pernas dos passageiros costumam fica mais altas que o quadril. Mas pelo menos tem saída de ar-condicionado e uma entrada USB para quem quiser carregar eletrônicos. Aliás, segundo a Nissan são até 27 porta-objetos espalhados pela cabine, o que é muito bom para quem precisa botar esse tipo de carro na lama.
Lá na frente a marca manteve o bom motor 2.3 biturbo a diesel de 190 cv e 45 kgf.m de torque, que é acoplado a um câmbio automática de sete marchas. Em números, o zero a 100 km/h é feito em 12 segundos e os dados de consumo são medianos por conta dos 2.054 quilos: 9 km/l na cidade e 12,5 km/l na estrada.
Importante lembrarmos que Ford Ranger e Toyota Hilux têm motores com potência na casa dos 200 cv. E que a Volkswagen Amarok com motor V6 já alcança 252 cv.
Na prática, o conjunto demora um pouco para responder, mas vai longe depois do primeiro embalo. E ficou melhor de guiar, na comparação com a anterior. Outra coisa: o isolamento acústico é bom. Embora eu goste do ronco do diesel, ele é quase imperceptível para quem está dentro da picape. Tem mais: a suspensão também aumentou sua capacidade de impacto, segundo a Nissan.
São três modos de condução: 4x2, 4x4 e 4xLow, o que significa que a Frontier também tem muita capacidade de imersão em trechos de off-road pesados, estradas acidentadas, lamaçais e até pequenos riachos. O que joga contra na direção é justamente o sistema de assistência hidráulica. Para um carro desse peso e que ainda foi feito para carregar mais peso, faz falta um sistema elétrico.
Na prática, a conclusão desse teste com a Nissan Frontier Platinum é a seguinte: seu desempenho não empolga, mas o preço de R$ 314.590 ajuda quando você a compara com algumas concorrentes que pedem até mais para oferecer o mesmo nível de equipamentos e tecnologia.
Então se você gosta de Nissan e precisa de uma picape média, ela é a mais indicada para quem busca uma para trabalhar sem esquecer do bom nível de luxo.
NISSAN - FRONTIER - 2023 |
2.3 16V TURBO DIESEL PLATINUM CD 4X4 AUTOMÁTICO |
R$ 324990 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|