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Novo BMW X6: sem medo de pecar pela ousadia

Terceira geração do pai dos SUVs-cupês está maior, mais escrachado, com direito a grade iluminada e uma chave futurista

por Lukas Kenji

O BMW X6 foi concebido em 2008. Até hoje divide opiniões. Há quem o considere estranho, desengonçado. E tem aqueles que o almejam como a nave dos sonhos. Independente do que você acha, o fato é que o X6 ditou tendências. É o pai dos SUVs-cupês.

Mercedes-Benz GLE, Porsche Cayenne Coupe e Audi Q8 seguiram os preceitos do utilitário esportivo com caimento de teto na parte traseira. Mas a moda não ficou restrita às marcas de luxo. Volkswagen Tayron X e Renault Arkana apresentam-se como opções mais acessíveis. O segundo é cotado para o Brasil, assim como o projeto final baseado no Fiat Fastback, conceito apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo, em 2018.
Todos eles seguem o preceito de não ter medo de ser feliz quando o assunto é ousadia. Na terceira geração, o X6 está com o visual ainda mais audacioso. O monstro que tem tabela de R$ 621.650 na configuração xDrive40i M Sport é um carro de presença. Aposta em extremidades musculosas, elementos volumosos e caprichos como grade iluminada.
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O duplo rim da BMW está ainda mais largo e combina com os também extensos faróis de LED. Já as laterais ganharam linhas mais suaves para que o protagonismo fique com as partes frontal e traseira. Esta, tem lanternas mais espichadas, para-choque parrudo com guelras e escapamento duplo, além, é claro, do teto com caimento.
As rodas são de 22 polegadas e aprisionam discos ventilados com pinças de freio da Motorsport.

Interior requintado

Se o visual externo do X6 já causa, o interior é de arrebatar corações. O painel é repleto de botões e materiais rebuscados. Há alumínio, couro e veludo de alta qualidade. O mesmo vale para os bancos perfurados, que ajustam-se às costas dos ocupantes, além de oferecerem resfriamento ou aquecimento. Esta última função também está presente nos porta-copos frontais.
As telas digitais arrematam a ambiência tecnológica do BMW X6. Ambas são de 12,3 polegadas e customizáveis. O maior barato da central multimídia é o comando por gestos e por voz. É possível trocar de música com um "joinha" ou aumentar o volume com movimentos circulares.
Quanto ao sistema de voz, o ponto principal é que ele é capaz de compreender o ocupante mesmo sem a necessidade de proferir frases exatas, algo comum nos sistemas da Mercedes-Benz. Por outro lado, a tecnologia da rival pode exercer mais tarefas, como abrir a persiana do teto panorâmico, o que não rola na BMW.

Outros equipamentos de destaque são Android Auto e Apple CarPlay sem fio, assistente de estacionamento autônomo, carregador de celular por indução, head-up display e luzes customizáveis de ambiente.
Quase todas as funções disponíveis no sistema multimídia do console estão disponíveis nas telas traseiras do X6. Sim, quem viaja no banco de trás também conta com telas digitais, que se parecem com um tablete. Ficam no encosto dos bancos frontais e oferecem opções de conectividade e conforto.
Outro mimo para quem viaja aqui é a climatização independente, isso porque o ar-condicionado é de quatro zonas. Há ainda plugues para fone de ouvido, cabos HDMI e USB.

Carro ou tanque?

Tudo isso pode ser curtido com bastante espaço, uma vez que falamos de um SUV de 4,93 metros de comprimento, que tem o entre-eixos de 2,97 m. Quem tem estatura mediana não corre o risco de raspar a cabeça no teto mesmo que ele tenha caimento. Isso porque o BMW X6 tem altura de 1,70 m, enquanto a largura é de 2,00 m.

Há muito espaço ainda no porta-malas de 580 litros, que pode ser aberto ao passar o pé embaixo do assoalho.
Para carregar o brutamontes de 2.055 quilos repleto de espaço e tecnologia, a BMW escalou um motor 3.0 de seis cilindros em linha que rende 340 cavalos de potência a 5.500 rpm. Já o torque é de 45,9 kgf.m presentes logo aos 1.500 giros e que estendem-se a 5.200 rpm.

O propulsor faz conjunto com o câmbio automático de oito velocidades, que pode (e deve) ser manuseado por meio de borboletas atrás do volante.
Com essa mecânica, o SUV produzido em Spartanburg, Estados Unidos, pode chegar aos 100 km/h em 5,5 segundos a partir da inércia. A velocidade máxima é de 250 km/h.

Chave futurista

Antes de colocar toda essa performance à prova, é possível fazer alguns ajustes mesmo sem ainda ter entrado no carro. É só sacar a chave digital e, por exemplo, abaixar o nível da suspensão para guiar um pouco mais perto do solo. E, diante do climinha “ameno” do Brasil, uma boa pedida também é ligar o ar-condicionado.

Agora, sim, temos um ambiente ainda mais plausível para guiar o carro que tem atmosfera de tanque. O X6 ganha velocidade muito rápido e é extremamente ligeiro nas respostas, seja do acelerador, seja do freio. É insano acelerar tão rápido um modelo com centro de gravidade tão elevado.
Ainda assim, a carroceria consegue transmitir firmeza e um certo equilíbrio. Ao menos há sensação de segurança para contornar curvas rápidas. Já na cidade, o X6 não demonstra moleza ao transpor valetas muito inclinadas.
O modelo até conta com diferentes modos de condução, mas não são muito sensíveis. Você não nota, por exemplo, que a direção fica mais direta ou a suspensão fica mais rígida ao selecionar a opção Sport Plus.

Em suma, o rodar do X6 é suave. Passa sobre imperfeições do asfalto como se desfilasse sobre tapetes dos mais macios.
Embora tenha conjunto mecânico que nos permite considerá-lo esportivo, o SUV cupê carrega diversos sistemas semi-autônomos. O carro é rodeado por câmeras e radares essenciais para o funcionamento de piloto automático adaptativo, assistente de permanência em faixa, frenagem de emergência e até visão noturna com detector de pedestres.
O BMW X6 é a materialização de um carro sem limites. Por que não ter um SUV com estilo cupê, com mais de duas toneladas, mas que acelera feito esportivo? A proposta é tão insanamente divertida que o modelo de origem bávara não para de ganhar adeptos, sejam eles clientes, ou concorrentes.

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