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Novo Dodge Durango chega por R$ 239.900

Crossover 'grandalhão' investe na tecnologia e no espaço para seduzir a família


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Já imaginou um jogador da NBA (Liga Nacional de Basquete dos Estados Unidos), no melhor estilo ex-pivô Shaquille O’Neal (2,16 metros de altura, 147 kg e tênis tamanho 51), circulando pelos estreitos corredores de uma pequena loja de cristais? Bom, é mais ou menos assim que o novo Dodge Durango (5,11 metros de comprimento, 2.262 kg e rodas de 20 polegadas) se comporta ao rodar pelas ruas e avenidas de uma grande cidade brasileira, como São Paulo, por exemplo.

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Com novidades significativas em relação ao modelo anterior e oferecido apenas na versão Limited (R$ 239.900) – antes era vendido nas opções Crew e Citadel -, o Dojão é o principal representante do conceito norte-americano ‘roots’ de fazer carros para a família disponível por aqui. Tem capacidade para até 7 ocupantes, é equipado com motor 3.6 V6 Pentastar a gasolina de 294 cv de potência, transmissão automática de oito marchas, tração integral (AWD) e muita (muita mesmo) tecnologia voltada para o entretenimento dos passageiros.

RESPEITO NO ‘GARRAFÃO’


Assim como nos bons tempos de Orlando Magic e Los Angeles Lakers, quando ‘The Big Diesel’ mandava dentro dos garrafões das quadras, o Durango reina absoluto na Marginal Pinheiros – um dos principais corredores da capital paulista. Ocupando quase toda a faixa com 1,80 metro de altura e 1,92 metro de largura, sem contar os grandes retrovisores externos, o Dodge faz com que motociclistas e os demais motoristas respeitem a distância mínima de segurança.

O design invocado ajuda o grandalhão. Destaque para a tradicional grade frontal com a cruz. O desenho dos faróis continua o mesmo, mas a configuração interna mudou, ganhando, entre outros recursos, iluminação diurna em LEDs. A parte inferior do para-choque também mudou, ganhando uma grelha maior, o que acabou destacando mais os faróis de neblina.

A traseira foi a parte que mais mudou em comparação ao modelo anterior, passando a adotar a filosofia que outros modelos da marca já assumiram, como os ‘míticos’ Charger e Challenger. Agora, as lanternas têm o contorno de 192 LEDs, que também rasgam a tampa do porta-malas. Em um congestionamento paulistano típico – sexta-feira às 19h -, o Durango pode ser identificado centenas de metros à frente. Faltou, no entanto, uma saída dupla de escapamento...

“Quando vejo ele (Durango) me lembro dos carros, que nos filmes, fazem a escolta do presidente dos EUA”, disse um jornalista que participou do test-drive. É. Concordamos.

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PREPARO FÍSICO


O Durango é equipado com um moderno conjunto mecânico. O motor 3.6 V6 é da consagrada família Pentastar. São 294 cv de potência – apenas 8 cv a mais que o propulsor anterior – e 35,9 kgf.m de torque, que aparece somente a elevados 4.800 rpm. No entanto, o que faz do Dodge um crossover ágil é o excelente câmbio automático de oito marchas – na geração anterior era de apenas cinco velocidades. Com esta nova transmissão, as acelerações e retomadas são realmente vigorosas, surpreendendo, de certa forma, mediante às medidas. As trocas das marchas podem ser feitas de maneira manual apenas pelas aletas atrás do volante, já que, nesta geração, a manopla no console central deu lugar a um seletor, no melhor estilo Land Rover.

A tração integral (AWD) com distribuição de 50/50 da força nos eixos dianteiro e traseiro colaboram para um Durango sóbrio e, principalmente, seguro. Nas retomadas, mesmo em curvas, o Dodge é muito previsível. Os controles de tração e estabilidade são de série e ajudam a domar o ‘bruto’ quando o abuso ultrapassa as leis da física. Uma tração sob demanda, com transferência de força entre os eixos, deixaria, com certeza, o Durango ainda mais interessante.

E apenas um adendo: como é agradável o ronco dos seis ‘canecos’ quando grudamos o pedal da direita no assoalho. Porém, em razão do bom isolamento acústico, ao rodar na maciota o ruído que se ouve na cabine é apenas do vento – convenhamos, aerodinâmica não está na listadas da qualidade deste ‘brutamontes’.

Shaq Attack, no auge, também era assim. Apesar de gigante, sua agilidade, rapidez em usar o corpo para ‘cortar’ o marcador e enterrar surpreendiam, tornando-o, em certos jogos, praticamente ‘imparável’ – Alonzo Morning e Yao Ming que não me deixam mentir...

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RACIONAL


Evoluir. Usar a experiência. Aprender com os erros do passado e se tornar um jogador melhor, digo, um veículo melhor é fundamental. Desde seu lançamento, em 1998, nos Estados Unidos – aqui no Brasil chegou 15 anos depois, em 2013 -, o Dojão caminhou para ser ‘alguém’ mais racional. A atual geração, por exemplo, tem à disposição o ECO Mode de condução, que entra em funcionamento e pode ser desligado pelo motorista por intermédio de um botão. Esta função já existia no Durango anterior, mas a escolha pelo modo econômico acontecia a partir da leitura que o sistema fazia da maneira como o motorista conduzia o carro.

No ECO Mode, acionado a partir do momento que o carro é ligado, diversos parâmetros do carro passam a funcionar com o objetivo de salvar combustível – o Durango tem tanque com capacidade para 93,1 litros (autonomia de quase 800 quilômetros). O acelerador fica menos sensível, as trocas de marchas ocorrem em rotações mais baixas e até os giros da marcha lenta são alterados. De acordo com a fabricante, os números de consumo ficam em 7,2 km/h e 10,2 km/h em trecho urbano e rodoviário, respectivamente. São números, segundo a marca, 9% melhores que a geração anterior. Nada mal!

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CAMAROTE DO MADSON SQUARE GARDEN

O interior do Durango ganhou muitos recursos, todos voltados para que motorista e passageiros sintam-se mais confortável que nos camarotes das modernas arenas dos jogos da NBA. O ar-condicionado automático e digital, por exemplo, é de três zonas, bancos da primeira e segunda fileiras têm aquecimento, os bancos e o volante multifuncional são revestidos em couro, para os passageiros da segunda fileira há duas telas de 9 polegadas de alta definição (fones de ouvido sem fio e controles remotos inclusos) que permitem a exibição de DVDs, de filmes em Blu-ray e até bater um NBA JAM no videogame a partir da entrada HDMI ou RCA, sistema de som Alpine (9 alto-falantes, um subwofer e amplificador de 12 canais e 506 watts), central multimídia com tela de 8,4 polegadas sensível ao toque (entre as inúmeras funções, destaque para a navegação por GPS) e painel de instrumentos com tela de TFT de 7 polegadas com todas as funções do veículo (computador de bordo).

Em termos de segurança, o Dojão tem sete airbags (duplo frontal e laterais para os ocupantes da primeira fileira, cortina para as três fileiras e de joelhos para o motorista), câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro.

O espaço interno também é muito bom. São 3,04 metros de distância entre os eixos, suficientes para abrigar sete passageiros com conforto para as cabeças e os joelhos. Até a terceira fileira, que normalmente judia dos ocupantes, é espaçosa e tem fácil acesso.

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CONCLUSÃO

O Dodge Durango é um carro que não está diretamente ligado ao mercado brasileiro. É um típico norte-americano de corpo, alma e coração. Tanto que a marca pretende vender cerca de 30 unidades por mês, o que, mercadologicamente falando, não é absolutamente nada. No entanto, para quem tem (muito) dinheiro e precisa de espaço para levar mais que cinco para passear, o Durango é uma excelente opção, principalmente pela falta de ofertas de veículos para até 7 ocupantes aqui no Brasil. Seria um carro que até o Shaquille O’Neal se sentiria bem, com certeza. 

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