Novo Fiat 500: efeitos da globalização

Fabricante quer colocar o 500 mexicano para brigar com compactos no Brasil


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– Paradoxalmente, a racionalidade é uma das grandes aliadas dos chamados "funcars". Os modelos deste segmento costumam chamar a atenção pelo design arrojado, o interior recheado e o preço alto. Mas entre as motivações de compra, pesa mesmo o fato de serem pequenos, práticos, confortáveis e terem o espaço necessário para o dia-a-dia da cidade, sem sobras. Em relação ao conteúdo, têm a vantagem de trazerem recursos só disponíveis em modelos bem mais caros. Por tudo isso, o preço inicial anunciado pela Fiat para o 500 produzido no México causou um pouco de espanto. Afinal, o modelo mais barato custa R$ 39.990 – a versão que vinha da Polônia começava em R$ 59.360.

Mas a Fiat apontou uma expectativa de apenas mil unidades mensais em 2010 e 1.500/mês em 2011. “Eu acho que é pouco”, protesta, inusitadamente, Cledorvino Belinni, presidente da Fiat na América Latina. “Se a demanda for maior, temos como responder. Podemos vender 2 mil ou mais que temos como produzir”, diz Lélio Ramos, Diretor Comercial da Fiat, para defender a timidez nas projeções.

Além de pequenas alterações estéticas – como pequenas lanternas nas saias das rodas e o novo desenho para os parachoques –, a maior novidade para o 500 que chega agora ao Brasil é o motor 1,4L 16V MultiAir. O sistema consiste em um comando eletro-hidráulico individual nas válvulas de admissão, que leva em conta o posicionamento do comando e da própria válvula, além das condições de direção para injetar mais ou menos ar na câmara de combustão. Com isso, a mistura fica mais adequada para cada situação específica.

Mas, além da tecnologia, a montadora aposta mesmo no bom custo/benefício do carrinho. O Fiat 500 de entrada já vem com ar, direção elétrica, computador de bordo trio, duplo airbag, ABS, ESP e rodas de liga leve. No segmento original, o carrinho briga com smart Fortwo, Mini Cooper e, em breve, com o novo Volkswagen Beetle – ainda sem nome definido para o Brasil. Mas o preço faz a Fiat pensar em outros rivais, como os compactos nas versões mais equipadas, como Volkswagen Polo e Fox, Ford New Fiesta e até o Punto, numa briga doméstica.

O modelo feito na planta em Toluca chega ao mercado em três configurações. A básica – de R$ 39.990 –, batizada de Cult, pode também receber um câmbio automatizado, o que eleva o preço para R$ 42.990. Como opcionais, som Bose, piloto automático, teto solar e detalhes de acabamento. O motor é o 1,4L 8V EVO flex, de 85/88 cv. A Fiat aponta que a Cult deve responder por mais da metade das unidades vendidas no Brasil.

A versão intermediária é a Sport Air. Ela tem o motor 1,4L 16V MultiAir a gasolina, de 105 cv, e pode receber um câmbio automático de 6 marchas com modo sequencial. Custa R$ 48.800 na versão mecânica e R$ 52.800 na automática. Além de detalhes de acabamento, traz a mais que a Cult apenas faróis de neblina, piloto automático, side-bags e rodas de liga aro 16. A top é a Lounge Air, somente com câmbio automático, e acrescenta o teto em vidro por R$ 54.800. Completo, com opcionais como ar digital, som Bose, retrovisor eletrocrômico, sistema Bluetooth com comando vocal e teto solar, o 500 bate os R$ 63 mil.

Primeiras impressões: pequeno notável
Miami, Flórida/Estado Unidos –
O 500 pode não ter tamanho, mas chama atenção. No caso das ruas de Miami, onde a Fiat apresentou oficialmente o modelo, ele fica ainda menor. Praticamente “boia” nas largas avenidas que percorrem o litoral. Mas é aqui mesmo que ele esbanja racionalidade, apesar de suas características mais atraentes serem todas emocionais, como a beleza e o charme. É pequeno, fácil de estacionar e tem espaço e conforto para duas pessoas e bagagem. Para um casal sem filhos, alguém solteiro ou mesmo como segundo carro, o mais urbano, o 500 mostra-se mais que suficiente.

Em movimento, o 500 é bem comedido. O motor flex de 85/88 cv permite acelerações e retomadas apenas comportadas. O zero a 100 km/h, segundo a marca, fica em 11,8 e 12,2 segundos e máxima em 172 e 177 km/h, com álcool e gasolina, respectivamente. O motor MultiAir a gasolina não muda radicalmente esta realidade. Ele ganha quase 25% de potência – exatos 20 cv –, mas apenas 10% de torque – vai de 12,4 para 13,6 kgfm com gasolina. O zero a 100 km/h, em 12,6 segundos, é até mais lento que o obtido pelo motor 8V. E a máxima é só um pouco superior: 179 km/h.

Influenciam aí os 80 kg a mais dos modelos de topo e as próprias características do cabeçote MultiAir. As diferenças de desempenho e potência só são plenamente percebidas em giros altos, como em situações rodoviárias. No ambiente urbano, o 500 vai valorizar mesmo é a economia de combustível. Melhor respeitar a vocação do carrinho feito no México e aproveitar ao máximo o ambiente agradável, o bom acabamento e, se possível, o excelente sistema de som, projetado acusticamente para o modelo da Fiat – um opcional que eleva de fato a qualidade de vida no interior do 500.

As opiniões expressas nesta matéria são de responsabilidade de seu autor e não refletem, necessariamente, a opinião do site WebMotors.
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