Novo Kia Picanto: Ambição sem tamanho

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- A Kia anda dando trabalho à concorrência. Cresceu 19,1% suas vendas globais nos sete primeiros meses de 2011, em relação ao mesmo período do ano passado – é a marca que mais se expandiu em todo o mundo. No Brasil, a evolução no mesmo período foi ainda mais impressionante: 72,6%. As vendas locais saíram das 27.220 unidades dos sete primeiros meses de 2010 para as 47.100 em igual período desse ano. Parte do sucesso é devida ao trabalho do alemão Peter Schreyer, o chefe de design da Kia que promoveu a renovação visual que impulsionou sucessos como o Soul e Sportage. Agora chega ao Brasil o novo Picanto, também com desenho de Schreyer, bom nível de equipamentos e preços entre R$ 34.900 e R$ 44.900, dependendo da configuração. A mensagem é clara: os coreanos querem brigar com seu subcompacto na parte superior do segmento de compactos, responsável por dois terços dos veículos vendidos no país. E não estão para brincadeiras.

Para os últimos quatro meses desse ano, está previsto o desembarque de 6 mil unidades do Picanto no país – que dá a projeção de vendas de 1.500 unidades mensais do Grupo Gandini, responsável pela distribuição da marca Kia no país. Para o ano que vem, se conseguir trazer um volume maior das fábricas sul-coreanas, a expectativa é que o subcompacto possa se tornar um dos puxadores de vendas da marca no país.

Se o objetivo é crescer a participação nas vendas, pelo menos o Picanto já está maior nas dimensões. São 6 cm a mais no comprimento – agora são exatos 3,60 metros – e 1,5 cm a mais no entreeixos. Na frente, a grade frontal agora segue a atual identidade da marca, que segundo seu imaginativo designer bávaro, "remete ao rosnar de um tigre". Com ou sem rosnado, o certo é que o novo visual deu ao Picanto um aspecto mais robusto e agressivo. Ao lado da nova grade surgem os faróis angulosos – em leds nas versões "top" – e sobre eles emerge a protuberante tampa do motor, que ganhou um ar mais musculoso e esculpido. De perfil, chama a atenção a linha de cintura radicalmente ascendente e as portas traseiras de aspecto diminuto. Na traseira, os faróis em forma bumerangue também são com leds nas versões mais caras e reforçam o aspecto agressivo. O efeito das mudanças se reflete no coeficiente aerodinâmico e o cx caiu para 0,31. No interior, um estilo "clean" e arrojado, com destaque para o volante de dois raios de aspecto esportivo e para o quadro de instrumentos "high tech".

Mas é na lista de equipamentos que o novo Kia pretende se garantir. Os itens de conforto e conveniência incluem abertura interna da tampa de combustível, ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, porta-revistas nos bancos do motorista e passageiro, encostos de cabeça com regulagem de altura, iluminação no porta-malas, luz interna com temporizador, porta-copos no console central, porta-garrafas nas portas dianteiras, relógio digital no painel de instrumentos, sistema de som com quatro alto-falantes, tomada auxiliar de energia, travamento elétrico central das portas e porta-malas, volante de direção com regulagem de altura, vidros elétricos nas quatro portas, rádio CD/MP3 player com entradas auxiliar, iPod e USB, cabo para iPod e controle de som no volante. Airbags duplos também são de série em todas as versões. E as versões topo de linha ainda recebem teto solar, ABS e airbags laterais e de cortina, para-sol com espelho e iluminação para o motorista, além dos faróis e lanternas em leds.

Sob o capô, outra novidade. Trata-se do motor 1.0 litro flex de três cilindros em linha com injeção eletrônica sequencial, duplo comando de válvulas no cabeçote e 12 válvulas com controle de abertura variável CVVT. Ele entrega uma potência máxima de 80 cv aos 6.200 giros e um torque de 10,2 kgfm nas 4.500 rpm – nos dois casos, com etanol no tanque. O câmbio pode ser manual de cinco velocidades ou automático de quatro. A expectativa da Kia é que, no Brasil, 60% das vendas sejam do modelo manual e 40% da automática – no Picanto anterior, essa proporção era 70% / 30%. Sinal de que a Kia acha que o consumidor nacional está se sofisticando e quer cada vez mais conforto. Pelo desempenho no mercado mundial e brasileiros nos últimos tempos, parece que a marca sul-coreana sabe o que está fazendo.

Primeiras impressões
Indaiatuba/SP - O local escolhido para a apresentação do novo Picanto não tinha nada a ver com a proposta do carrinho. Seriam prosaicas duas voltas – uma com a versão automática e outra com a versão manual – na pista de provas da Fazenda Capuava, na periferia da Campinas. Cada jornalista entrou no carro equipado com um capacete e acompanhado por um piloto de corrida. A ideia dos responsáveis pela marca é que fosse possível verificar a elasticidade e o equilíbrio dinâmico do carro em circunstâncias radicais – ou seja, num habitat totalmente estranho a um modelo urbano com motor 1.0. Para buscar uma condição um pouco mais próxima da realidade que o espera nas ruas, foi necessário tirar uma unidade com câmbio automático da área da pista, com a desculpa de fazer algumas fotos com uma paisagem diferente.

O novo Picanto é um subcompacto urbano com uma proposta um pouco mais sofisticada – aquilo que os profissionais de marketing dos fabricantes de automóveis adoram chamar de "premium". Nas estradinhas em torno do campo de provas – a "área de lazer" da aristocrática propriedade rural –, foi possível encontrar condições de rodagem bem similares aos malcuidados asfaltos da maioria das cidades brasileiras. Assim, num ritmo mais pacato e velocidades comedidas, foi possível perceber que o Picanto tem atributos para cumprir bem a função de transportar com conforto e praticidade até quatro passageiros. O quinto – embora exista para ele cinto de três pontos e apoio de cabeça – só deve existir se forem crianças pequenas, pois o espaço lateral não comporta três adultos. Já o espaço para os joelhos e cabeças no banco traseiro é melhor que o esperado para um subcompacto. Embora a porta traseira diminuta dificulte um pouco o acesso, uma vez lá dentro, dá para viajar sem sofrimento.

No modelo testado, outro item que contribuia para o conforto a bordo era o câmbio automático. Embora não possua a opção de acionamento manual das marchas, pelo menos é automático de verdade, com conversor de torque. Assim, as marchas se sucedem de forma bem mais serena que nos modelos com câmbio automatizado. A suspensão, segundo a Kia, teve suas molas ligeiramente amolecidas em relação ao modelo anterior – e efetivamente esse novo Picanto parece filtrar de forma mais harmônica as irregularidades do piso. Plataforma moderna, design que escapa à mesmice, motorização bem dimensionada, bom nível de equipamentos e preço competitivo em relação à concorrência "made in Brazil". O pequeno sul-coreano vem para brigar.

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