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Novo Montana

Picape compacta da GM rejuvenesce e tem bom custo/benefício

por Auto Press

- No segmento genuinamente brasileiro de picapes compactas, a disputa mais acirrada entre as marcas não é pela primeira colocação, sedimentada há anos pelo Fiat Strada, que beira 10 mil unidades todo mês. É o posto de "vice" é que acirra a rivalidade. E esta disputa ficou ainda mais em evidência depois que a Chevrolet lançou a nova geração do Montana, em setembro. Só que os resultados apareceram apenas no último mês de 2010, quando o modelo vendeu 4.245 unidades – contra 2.188 unidades de novembro. Foi a primeira vez que a renovada pick-up realmente se aproximou do Volkswagen Saveiro – que emplacou 5.950 modelos no mesmo mês.
Como em uma espécie de "fonte da juventude", o Montana se reergueu e atingiu um recorde mensal de emplacamentos no último mês. Parta ajudar a engordar os números, a versão topo de linha Sport corresponde por 30% do total de veículos que saem da planta da General Motors de São Caetano do Sul, na região do ABC, em São Paulo. Emperequetada de cima a baixo – com faróis de máscara negra, lanternas fumê e spoiler –, a picape vem com unidade de força 1,4 litro Econo.flex, que produz 97 cv de potência com gasolina e 102 cv com etanol a 6 mil rpm, além de 13,2/13,5 kgfm de torque máximo, com pico inicial nas 3.200 rpm.
Por conta de suas características visuais, a versão Sport é mais esportiva e voltada para o lazer. A Chevrolet aposta que a variante alia o conforto necessário para o dia a dia e é até capaz de encarar uma aventura urbana. A intenção, assim, é fisgar os consumidores que querem modelos mais bem equipados – e bastante espaçosos – e roubar fatias do mercado, competindo com as versões "top" dos rivais Saveiro Cross, Peugeot Hoggar Escapade e Fiat Strada, nas versões Sporting e Trekking.
Por R$ 44.040, o Montana Sport chega recheado com itens como ar-condicionado com display digital, direção hidráulica, trio elétrico, controlador de velocidade, protetor de carter, protetor de caçamba, banco com ajuste de altura, computador de bordo, alarme, rádio/CD Player com MP3 e Bluetooth, barras de proteção no teto, além de maçanetas, capas dos retrovisores, molduras laterais e spoiler na cor do veículo. No quesito de segurança, a configuração oferece airbag duplo frontal, freios com ABS e faróis de neblina.
E a aposta da versão é justamente no custo/benefício competitivo. No preço, a pick-up compacta da Chevrolet bate com a versão Cross do Saveiro 1.6, que surge por R$ 42.890, mas não traz ar-condicionado, airbags, ABS e CD Player de fábrica. Com esses itens, o modelo da Volkswagen atinge os R$ 48.840. Além disso, a unidade propulsora do Saveiro tem cavalaria similar à 1,4 do Chevrolet – atinge 104 cv abastecida com etanol. Já o Strada Trekking 1,4 – que dispõe de parcos 86 cv de potência – aparece praticamente "pelado" por R$ 36.890. Se a ideia for equipar a versão com todos os itens disponíveis na configuração Sport da Montana, o valor chega a R$ 47.913.
Outro modelo da Fiat que disputaria lugar com o Montana seria a recém-lançada versão Sporting. Por R$ 46.270, o modelo traz propulsor 1,8 de 132 cv, mas não tem equipamentos como capota marítima, ABS, airbags e rádio/CD/MP3 e Bluetooth. Todos esses "extras" acrescentariam R$ 4.488 ao modelo, resultando em elevados R$ 51.158. Outra concorrente à altura é o Hoggar Escapade, que aparece por R$ 43.500, mas não oferece ABS nem como opcional. Ou seja, independentemente do visual ou do motor, o custo/benefício é um dos argumentos mais significativos e muito bem explorado pela Montana Sport.
Instantâneas # A engenharia da General Motors no Brasil afirma que rodou com o novo Montana mais de 1,1 milhão de quilômetros, durante 13 meses no Campo de Provas de Cruz Alta, em Indaiatuba, interior de São Paulo. # O Montana Sport chega com cinco opções de cores. As sólidas são Branco Mahler, Preto e Vermelho Lyra. As metálicas Cinza Artemis, Prata Polaris e Verde Jasper acrescentam R$ 827 ao valor da picape. # Além da versão Sport, o Montana possui a configuração de entrada LS, que começa em R$ 31.990. O modelo, ao contrário da topo de linha, oferece o mínimo: banco do motorista com ajuste de altura, ar quente, protetor de caçamba e protetor do cárter. # Em setembro, quando a nova geração do Montana foi lançada, a GM calculou vender 3.500 unidades mensais em um primeiro momento, número bem próximo das 3.100 unidades mensais da antiga geração da pick-up.
Ponto a ponto Desempenho – Os 102 cv disponíveis no motor 1,4 litro flex funcionam dignamente para o Montana. Os 1.152 kg da pick-up são empurrados com disposição. O modelo faz o zero a 100 km/h em 12,1 segundos. Nas arrancadas, a unidade de força não responde tão prontamente às investidas no pedal do acelerador. Após os 3 mil giros, no entanto, a Montana desenvolve bem e chega a velocidades elevadas sem problemas. Nota 7. Estabilidade – É um dos pontos fracos do Montana e das picapes compactas em geral. O modelo da Chevrolet não transmite confiança, sobretudo nas curvas fechadas, quando o modelo ameaça desgrudar a traseira, principalmente com a caçamba vazia. Em trechos de retas, o equilíbrio se compromete a partir dos 120 km/h, momento em que surge a sensação de flutuação e a comunicação entre rodas e volante perde a precisão. A instabilidade também ocorre nas frenagens mais intensas. A picape fica menos insegura nas frenagens bruscas, graças à atuação do sistema antitravamento de freios – ABS. Nota 6. Interatividade – Na versão topo de linha Sport, o Montana chega com ajustes manuais de altura do volante e do banco do motorista – o que favorece uma posição "altinha" de condução, herdada do Agile. Por conta da tampa rebaixada, a visibilidade da pick-up compacta da Chevrolet melhorou, e muito, em relação à geração anterior. Já o câmbio tem engates curtos, que poderiam ser mais macios. Nota 7. Consumo – As aferições apontaram uma razoável média de 7,7 km/l para a Montana Sport com etanol, em um percurso 2/3 na cidade e 1/3 na estrada. Nota 7. Conforto – A suspensão do novo Montana é mais rígida nesta geração, ideal para pisos acidentados. Outra vantagem da pick-up compacta é o bom espaço interno e a sensação de amplitude, que propicia espaço suficiente para pernas e cabeças. Os bancos ainda têm revestimento em tecido aveludado, sendo bastante macios. Já o isolamento acústico não é um primor, mas filtra de forma competente os ruídos externos em velocidades normais. Nota 8. Tecnologia – A unidade propulsora é a conhecida 1,4 Econo.Flex, que estreou no sedã compacto Prisma em 2006. No caso da versão "top" Sport, os destaques são os dois airbags frontais, os freios com ABS e o piloto automático. Nota 7. Habitabilidade – Os acessos amplos do Montana agradam bastante. No interior do habitáculo, o destaque é o número vasto de porta-objetos. Atrás dos bancos dianteiros, há espaço suficiente para bolsas e tralhas das mais variadas. Na caçamba, cabem até 1.100 litros e o Montana é capaz de carregar bons 758 kg. Não deixa a desejar em relação às picapes compactas concorrentes. Nota 8. Acabamento – Mesmo como a versão topo de linha, a configuração Sport está longe de ter luxos. O habitáculo até se diferencia por possuir boas texturas no revestimento das portas e dos bancos. No entanto, os plásticos do painel não são agradáveis aos olhos, apesar de ter encaixes e fechamentos precisos, e os comandos aparentam fragilidade. Outro ponto negativo são as rebarbas nas forrações do teto e do porta-malas. Nota 6. Design – A nova geração do Montana adotou a frente do Agile, reconhecida pelo para-choque bojudo, com conjunto ótico protuberante, que vão de encontro ao para-brisa. Na traseira, o visual conservador é notado pela planura da tampa da caçamba, que leva apenas a placa de identificação. Nota 7. Custo/Benefício – Na mudança promovida pela GM, a aparência é o principal pilar de sustentação do Montana. Só que a picape compacta fabricada em São Caetano do Sul "joga" também no preço. A versão topo de linha Sport chega com aparência "pseudo-esportiva" e é bastante completa. Traz trio elétrico, duplo airbag frontal, freios com ABS, controle de cruzeiro, ar-condicionado, assento do motorista com ajuste manual de altura, estribos laterais, barra de proteção no teto, protetor de caçamba, rodas 15 polegadas, entre outros. Tudo por R$ 44.040. Um pacote idealizado para o Montana brigar com Saveiro Cross, Hoggar Escapade e Strada – nas versões Sporting e Trekking. Nota 8. Total – A Montana Sport 1.4 somou 71 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir: justa medida Uma das principais "armas" da GM para manter as boas vendas do Montana e, quem sabe, assustar novamente a Volkswagen – que tem o segundo lugar do ranking das pick-ups compactas ocupada pelo Saveiro –, é o bom custo/benefício. Mas o que impressiona mais no modelo da Chevrolet é sua capacidade de suprir as necessidades básicas de quem usa esse tipo de veículo. O Montana Sport é a mais eficiente para quem precisa de espaço. E não está disposto a desembolsar mais dinheiro para equipar o veículo com itens "extras".A unidade de força 1,4 litro é capaz de alcançar os 102 cv de potência com etanol, postos em ação aos 6 mil rpm. Com esta energia, o modelo consegue chegar à máxima de 170 km/h, com arrancadas razoáveis e retomadas consistentes. O câmbio, de engates curtos, é capaz de trabalhar em sincronia com o propulsor. Mas as respostas ao pedal do acelerador poderiam ser mais rápidas, especialmente em giros baixos. O trem de força leva o Montana Sport de zero a 100 km/h em bons 12,1 segundos e retoma o fôlego da picape compacta de 60 km/h a 100 km/h em eficientes 7,5 segundos em quarta marcha.
Um bom desempenho, mas que encontra certa dificuldade no comportamento da carroceria sobre o chão, especialmente em velocidades mais elevadas. É que o Montana torce bastante em trechos mais sinuosos. Nas retas, nota-se a uma perda de precisão na reação das rodas e do volante, após ultrapassar os 120 km/h. Já nas frenagens, os freios com ABS nas rodas traseiras são vitais nas situações de emergência.
Pelo menos o quesito itens de segurança é um ponto positivo da versão "top" do Montana, que chega com duplo airbag frontal, freios ABS e controle de cruzeiro. Além disso, há diversos outros atrativos, que juntos formam um pacote bastante completo em conforto e comodidade. Estão lá banco do motorista com ajuste de altura, trio, ar automático, direção hidráulica, rádio/CD com MP3 e Bluetooth, alarme, caçamba com revestimento em plástico e capota marítima, entre outros.
Com esse "pacote", o nível de conforto dentro do Montana fica bastante interessante, completado ainda pelo espaço interno amplo. Por dentro, o vasto número de porta objetos também agrada, com lugar atrás dos bancos dianteiros para malas e volumes medianos. Só o acabamento não enche os olhos, com muito plástico e texturas que não aparentam tão boa qualidade – mas a intenção não é transmitir sofisticação. É apenas um detalhe negativo, em meio a muitas qualidades oferecidas pelo Montana Sport. E é com preço competitivo que a picape quer conseguir uma segunda colocação do segmento.
Chevrolet Montana 2011
Motor Quatro cilindros em linha, transversal, 8 válvulas, 1389 cm³
Potência 102 cv etanol / 97 cv gasolina a 6.000 rpm
Torque 132 Nm / 13,5 kgfm etanol - 130 Nm / 13,2 kgfm gasolina a 3.200 rpm
Câmbio Manual, com cinco marchas
Tração Dianteira
Direção Por pinhão e cremalheira, com assistência hidráulica
Rodas Dianteiras e traseiras em aro 15” de liga-leve
Pneus Dianteiros e traseiros 185/60 R15
Comprimento 4,51 m
Altura 1,58 m
Largura 1,70 m
Entre-eixos 2,67 m
Caçamba 785 l
Peso em ordem de marcha 1.152 kg
Tanque 54 l
Suspensão Dianteira independente, tipo McPherson; traseira eixo de torção
Freios Disco ventilado na dianteira e tambor na traseira
Preço R$ 31.990 na versão LS a R$ 44.040 na Sport
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