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Peugeot 208 mostra garra de leão

Colocamos o hatch para rodar por estradas esburacadas e carregado de gente

por Rodrigo Ferreira

Foram sete dias, duas viagens e 1.500 km de uma convivência intensa com o novo Peugeot 208 em sua versão mais recheada, a Griffe 1.6L 16V com câmbio manual (R$ 50.690).Tudo para responder a uma única pergunta. Vale a compra? A resposta você confere abaixo.
 
O teste com o Peugeot começou ainda do lado de fora. Impossível não parar e observar o desenho do hatch. Independente do gosto, o 208 chama a atenção pelo estilo.
 
Entre os modelos concorrentes (Citröen C3, Ford Fiesta, Honda Fit, Chevrolet Sonic e até Hyundai HB20) é o que traz maior apelo no visual. Tanto que todos os convidados para um passeio fizeram questão de fazer comentários sobre o seu desenho.
 
 
Os vincos no capô que levam até o símbolo do leão foram tachados de deixar o 208 com um visual entre o invocado e o pretencioso. Já os faróis esticados até o meio da caixa de rodas foi aprovado.
 
Nesta versão, um simpático faixo de LEDs diurnos forma as sobrancelhas acima dos faróis e dão um charme extra.
 
 
Um amigo de longa data encasquetou com a lanterna traseira, que, segundo ele, invade a lateral como uma garra (o mesmo que diz a Peugeot) e dá ainda mais personalidade ao modelo.
 
Uma unanimidade entre as pessoas que tiveram convívio com o 208 foi o teto envidraçado (Cielo), que tem mais de 1 m² de tamanho. Todos elogiaram.
 
A primeira prova com 208 exigiu energia de leão. Uma viagem de três dias de ida e volta entre São Paulo e Ribeiro Preto com quatro pessoas a bordo mais as malas. O percurso total chegou a quase 900 km. O porta-malas de 285 L (40 L a mais que o antecessor, 207) do Peugeot deu conta de acomodar as malas, algumas bolsas e até um travesseiro de três mulheres. Ao motorista restou o espaço para uma pequena mochila.
 
 
A boa distância de entre-eixos do Peugeot (2,54 m), maior que o do Ford New Fiesta (2,49m), do Chevrolet Sonic (2,53 m) e até do que o irmão Citröen C3 (2,46 m), refletiu na acomodação dos quatro adultos.
 
O interior do 208 também fez sucesso entre os participantes do teste. A tela sensível ao toque multimídia de sete polegadas no topo do console central (equipamento raro entre os concorrentes) recebeu elogios pelo seu design futurista e algumas críticas pelo funcionamento, por vezes, pouco intuitivo.
 
 
O ponto é que o equipamento gerencia muitas funções do hatch. Exibe, por exemplo, dos dados de GPS até as informações do computador de bordo. Tamanha complexidade, apesar de deixar o motorista conectado, causa dúvidas durante o uso.
 
Painel de instrumentos
 
O painel de instrumentos posicionado acima do aro do volante merece um capítulo distinto na avaliação.
 
Realizamos testes com pessoas de diferentes alturas para saber se algum motorista teria dificuldade em visualizar os instrumentos. De 1,63 m até 1,90 m ninguém teve problemas. Graças a boa regulagem de altura do banco do motorista e de distância e altura do volante multifuncional (que é achatado e 10 cm menor que o do 207).
 
 
Já a estética dividiu opiniões. Foi do moderno para uns até de aspecto simples para outros. O fato é que o painel de instrumentos traz todas as informações necessárias para o condutor.
 
Quilômetros de distância
 
O vasto pacote de equipamentos da versão Griffe deixa a vida do motorista tranquila em longas viagens. O hatch se destaca frente a alguns concorrentes por trazer mordomias raras até em categorias superiores. Caso do ar-condicionado digital bizone, dos sensores crepuscular, de chuva e de estacionamento (que mostra os dados na tela de LCD) e do piloto automático. Os freios com ABS e EBD, o duplo airbag e as rodas aro 16 também são itens de série.
 
O motor 1,6L 16v, que gera até 122 cv de potência (etanol) mostrou disposição, mesmo com o hatch em sua carga máxima, para fazer retomadas e acelerações. A 120 km/h, os giros trabalhavam pouco acima das 3.000 rotações. Nessa velocidade, a vedação das portas foi eficiente e não levou muito barulho para o interior da cabine.
 
 
Nossa primeira impressão, ainda durante o lançamento do hatch, foi confirmada no teste do dia a dia. A suspensão do 208 se mostrou acertada para a buraqueira de São Paulo.
 
Diferente de outros modelos da marca, o equipamento não é tão duro e não bate seco no final de curso em buracos mais fundos. Privilegia o conforto, sem ser molenga nas curvas.
 
A segunda viagem da maratona, um bate volta entre São Paulo e Piracicaba, respondeu de vez a pergunta do início do texto. Sim, o 208 vale a compra. 
 
 
O Peugeot 208 tem um preço alto na comparação com o antecessor 207, mas está na média dos seus atuais concorrentes. Sendo que entrega uma vasta lista de equipamentos, alguns deles, só presentes em modelos de segmentos superiores.
 
Traz um motor ajustado para o seu tamanho e uma suspensão que transmite segurança ao motorista. O visual pode até não ser uma unanimidade, mas sem dúvida é marcante. 
 
Confira o Peugeot 208 em movimento no vídeo abaixo:
 
 

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