- A Renault Brasileira está na quinta posição do ranking de vendas da Fenabrave Fcaptionação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores graças ao sucesso de dois modelos semidesenvolvidos pela subsidiária da fabricante francesa na Romênia, a Dacia. A fabricante colocou em pé por aqui dois ovos chamados Sandero e Logan. Para se ter ideia os dois modelos aliados ao Clio garantem as 10 mil unidades mensais da francesa no Brasil.
Para tentar ampliar a sua linha mercadológica e também se firmar em outro segmento, a Reanult aposta no sucessor do Renault Mégane Sedan, o Renault Fluence. O antecessor sempre foi bem visto pelo público e crítica, porém nunca foi um campeão de vendas. Para recomeçar diferente e com o “pé direito” a Renault emprestou o motor e a transmissão CVT do Nissan Sentra.
O WebMotors rodou durante uma semana com o modelo Renault Fluence Privilège e pôde concluir que: o sedã substitui à altura o Mégane. Seu principal desafio ficará por conta da conquista do consumidor.
Desde o início de 2011, o Fluence registrou mil unidades emplacadas. Vale lembrar que ele só começou a ser vendido no mês passado. Com 4,62 metros de comprimento, 1,80 m de largura e entre eixos de 2,70 m, o Fluence usa um motor 2,0 litros de 16V, flexível em combustível, de 140 gasolina e 143 cv álcool de potência. O torque é de 19,9 álcool e 20,3 gasolina kgfm a 3.750 rpm. Como grau comparativo, o seu antecessor, o Mégane, oferece 138 cv quando está abastecido com álcool.
Segundo a Renault, o Fluence acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 s e atinge a máxima de 195 km. Durante a nossa avaliação ficou claro que o desempenho do Fluence é bem próximo do Nissan Sentra. A principal diferença, além das dimensões e do desenho da carroceria, fica por conta das relações de peso/potência. Com 1.372 kg, o Fluence tem uma relação de 9,6 kg/cv. Por ser um pouco mais pesado 1.369 kg, o Sentra precisa de um cavalo para arrastar 9,8 kg. A diferença é mínima.
Quando o assunto é estabilidade, o Fluence cumpre o que promete, mesmo apresentando uma dianteira “sobressalente”. Tanto é que toda às vezes que o sedã “pensava” em sair do percurso, imediatamente o controle de tração entrava na jogada. No quesito trechos sinuosos, comparando com o Nissan, o japonês se mostra mais firme e estável. Uma diferença mínima, como a encontrada na relação de peso/potência.
O consumo aferido pelo o WebMotors para o Fluence foi de um carro compacto, 7,2 km/l no circuito urbano e 9,8 km/l no cenário rodoviário. Detalhe, nas duas situações o Renault estava abastecido com etanol. A Renault divulga consumo de 9,7 km/l com etanol na cidade e 11,1 km/l na estrada.
Entre os itens de série do francês estão: ar-condicionado dual zone, direção elétrica, sensores de chuva e de faróis, som com sistema de navegação, sensor de estacionamento e bancos de couro. São opcionais R$ 4 mil: faróis de xênon e teto solar. Todas as versões do sedã contam com ABS e EBD.
Conforto da espaçonave
Os passageiros do banco traseiro do Renault Fluence não sofrem tanto com o espaço para as pernas. O único senão fica por conta do caimento acentuado do teto, limitando o espaço para as cabeças de um humanóide de 1,75 m de altura. O GPS oferece informações precisas, mas peca pelo fato de a tela de 5 polegadas não ser retrátil. O mesmo detalhe foi apontado na avaliação do Citroën AirCross
target=_blank>Vídeo. Para levar malas o Fluence tem espaço de sobra, um volume de 530 litros, 20 litros a mais que a capacidade total do Logan.
Com ar de superioridade, o Fluence escorrega um pouco no acabamento. Apesar dos bancos de couro, é muito fácil encontrar o uso excessivo de peças de plástico. Tudo bem que esse material é mais do que bem utilizado hoje em dia. Até algumas montadoras de extremo luxo já aderiram ao material. Mas a parcimônia e o equilíbrio devem ser levados em consideração em todas as famílias automtivas. Repare na imagem ao lado, se ela estiver abrindo, que o forro da porta é inteiro de plástico.
Conclusão e a concorrência
No Salão do Automóvel de São Paulo, edição de 2010, os grandes lançamentos para o mercado foram os sedãs Volkswagen Jetta, Renault Fluence e Peugeot 408. Os três iniciaram suas vendas, agora, e encontrarão pela frente grandes “tratores” nipônicos e lendários clássicos de marca americana, como o tão sonhadoChevrolet Vectra. Será que eles conseguirão perfurar o tradicionalismo? Uma coisa podemos lhe adiantar: o Renault Fluence cumpre o que promete.



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