É certo que ela está ameaçada pela chegada da nova geração do Mégane, que deve chegar ao mercado brasileiro em 2011, mas o intervalo de tempo até lá e as informações de que as duas peruas devem conviver por algum tempo tornam a escolha menos arriscada. Até porque, fora a Grand Tour, não há mais nenhuma perua nova à venda a não ser a VW Jetta Variant, que é importada, menor e mais cara, ainda que tenha um fantástico motor de cinco cilindros e 170 cv.
Das versões da Grand Tour, a que talvez ofereça mais vantagens seja a equipada com motor 1,6-litro flex, que começa em R$ 57,59 mil já com um pacote bastante completo de itens de série, mas tivemos a oportunidade de avaliar a versão topo de linha, Dynamique, com motor 2-litros, só a gasolina, e câmbio automático, ideal para quem vai rodar com a perua nos grandes centros brasileiros. E ela também mostrou muitas qualidades.
A primeira é o nível de equipamentos. A Grand Tour avaliada pelo WebMotors veio com bancos de couro, toca-CD para seis discos com MP3 e comando satélite na coluna de direção sem entradas auxiliares, freios a disco nas quatro rodas com ABS e EBV, airbags dianteiros para motorista e passageiro, volante com regulagem em altura e distância, controlador de velocidade, direção elétrica, ar-condicionado digital, sensores de iluminação e de chuva, retrovisores, travas e vidros elétricos e outras coisas menos relevantes. Tudo isso por R$ 73,19 mil, que inclui entreeixos de 2,69 m e um porta-malas de 520 l. Não é exatamente barato, mas é certamente o menor valor para um pacote assim.
Ao volante
Para quem não se deixa encantar por equipamentos e outras perfumarias, o desempenho do motor 2-litros e o comportamento da perua devem fechar a questão. Apesar de o câmbio automático ter apenas quatro marchas, ele reage bem, na velocidade exigida pelo motorista, sem hesitações. O câmbio da Jetta Variant, que tem seis marchas, é bem pior nesse quesito. Surpreendentemente.
Além do bom desempenho da perua, é fácil encontrar a melhor posição para dirigir. O banco tem regulagem de altura e o volante, de altura e de distância. Para ser melhor do que isso, só se o carro tivesse comandos elétricos, algo que encareceria bastante seu preço. Sem necessidade.
A 120 km/h, o carro se destaca pelo baixo nível de ruído, o que se explica pelo ótimo torque do motor e pela pouca força que ele tem de fazer para manter a velocidade. O propulsor só peca por não ter a opção flex, que deve estar em preparação e talvez apareça apenas quando o novo Mégane chegar ao mercado. A Renault, hoje, não tem volumes do motor 2-litros que justifiquem a adoção da tecnologia flexível em combustível.
Apesar de já ser veterana no mercado, a Grand Tour é feita no Brasil e é um excelente carro. Só esperamos que ela não passe muito tempo sem concorrentes, especialmente modelos mais modernos, que pressionem a Renault a, quem sabe, adiantar o lançamento da nova geração. O segmento de peruas merece oferecer mais opções aos consumidores.
FICHA TÉCNICA – Renault Mégane Grand Tour
| MOTOR | Quatro tempos, quatro cilindros em linha, transversal, refrigeração a água, a gasolina, 1.998 cm³ |
| POTÊNCIA | 138 cv a 5.500 rpm |
| TORQUE | 188 Nm a 3.750 rpm |
| CÂMBIO | Automático de quatro velocidades |
| TRAÇÃO | Dianteira |
| DIREÇÃO | Por pinhão e cremalheira, hidráulica |
| RODAS | Dianteiras e traseiras em aro 17”, de liga-leve |
| PNEUS | Dianteiros e traseiros 205/55 R16 |
| COMPRIMENTO | 4,50 m |
| ALTURA | 1,51 m |
| LARGURA | 1,78 m |
| ENTREEIXO | 2,69 m |
| PORTA-MALAS | 520 l |
| PESO em ordem de marcha | 1.370 kg |
| TANQUE | 60 l |
| SUSPENSÃO | Dianteira independente, tipo pseudo McPherson; traseira com eixo de torção |
| FREIOS | Discos ventilados na dianteira e discos sólidos na traseira, com ABS e EBV |
| CORES | Branco Glacier, Azul Crepúsculo, Bege Angorá, Cinza Acier, Prata Etoile, Preto Nacré, Vermelho Fogo |
| PREÇO | R$ 71,19 mil conforme avaliado |
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