Rodamos com o Fiat 500, que chega ao Brasil em outubro

Três voltas no autódromo de Interlagos foram suficientes para entender o segredo do sucesso do carro reeditado pela marca italiana


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Rodrigo Samy
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- Mistério encerrado! Fiat 500, o urbaninho reeditado pela marca italiana, começará a ser vendido no Brasil a partir de outubro de 2009. A sua chegada foi confirmada depois que o WebMotors recebeu o convite da Fiat para rodar com o automóvel pequenino no autódromo de Interlagos, em São Paulo. Foram três voltas a uma velocidade média de 50 km/h.

A primeira sensação, ao sentar no Fiat 500, é a de voltar no tempo. A posição de dirigir elevada e a alavanca do câmbio colocada no console, esquema Doblò, tornam tudo diferente. A visibilidade é boa e o pára-brisa, apresar de bem inclinado, transmite a uma impressão de proximidade. Esta percepção fica mais evidente devido ao pequeno espaço interno do automóvel. Com uma pessoa de estatura média 1,70 m dirigindo fica praticamente impossível de levar alguém no banco traseiro, devido à falta de espaço para as pernas.

O volante com três raios tem os mesmos comandos para acionar o som e o sistema de viva-voz dos Fiat Linea e Punto. O chaveiro do tipo canivete também está dentro do pacote. O painel totalmente redondo, em peça única, lembra aqueles instrumentos de medição dos carros de provas de arrancada. O primeiro ponteiro marca a velocidade e o segundo, as rotações do motor. No miolo vão informações como nível do tanque do combustível e temperatura do motor.

Virando a chave, nada de roncos vibrantes, afinal, trata-se de um motor 1,4-litro de 100 cv de potência máxima a 6.000 rpm. O grande trunfo do Fiat 500 está na verdade em seu peso em ordem de marcha, 930 kg. Este detalhe dá ao compacto uma relação peso/potência de 9,3 kg/cv.

A largada é iniciada e o Fiat 500 segue na reta dos boxes “pulando” o “S” do Senna. Logo na entrada da pista, na reta oposta, o Fiat alcançou os 100 km/h em cerca de 10s. Segundo dados do fabricante, o compacto acelera de 0 a 100 km/h em 10,5s.

Longe de poder chegar a sua velocidade máxima de 182 km/h na reta oposta do autódromo, o Fiat 500 faz a sua primeira frenagem para efetuar a sua primeira tomada de curva. Sem nenhum sofrimento, o urbaninho faz o traçado tranquilamente e retoma a velocidade. Neste momento dá para notar o trabalho perfeito da suspensão dianteira, McPherson, e da traseira, formada por braços independentes. O Fiat 500 se demonstrou um automóvel grudado no chão e ideal para o asfalto.

Equipado com pneus 185/55 R15, de banda esportiva, o carrinho manteve bem a tocada no percurso. O único problema apareceu na última curva do circuito, onde a velocidade e a rotação do motor tiveram de ser baixadas. A retomada abaixo dos 3.000 rpm fica um pouco sofrida, algo próximo dos motores de 16 válvulas fabricados antigamente. Depois que entrou no “trilho”, o 500 começou a subir gostoso, rumo à reta da vitória.

A vontade do motor 1,4-litro foi tão convincente que houve até a possibilidade do chamado da 6ª marcha, porém a brincadeira se encerrava. Logo a frente estava o “S” do Senna. Ai não tem jeito: “segundinha” para não fazer feio.

Comprar ou não comprar? Eis a questão

A primeira vez que o WebMotors publicou uma matéria sobre a chegada do Fiat 500 ao Brasil foi em 2008. Na época, o internauta Estevan Paiva pegou o carro camuflado de “mão cheia”. No Salão do Automóvel de 2008, a Fiat apresentou o carro em seu estande e disse que ele não seria comercializado naquele momento.

Agora, com a coqueluche dos urbaninhos, a empresa italiana deve retomar a importação do modelo, vindo primeiro da Polônia. Como o carro deve ser fabricado no México possivelmente em Toluca, na fábrica da Chrysler para atender ao mercado norte-americano, ele deve passar a vir de lá. Com o acordo bilateral entre Brasil e México, o carro deve chegar de lá a um preço bem competitivo. Só esperamos que a Fiat consiga trazê-lo da Polônia a um preço parecido com o que ele custará vindo do México, sob pena de o preço cair repentinamente, deixando quem comprar a primeira leva do carro com raiva por ter pagado mais caro.

Os concorrentes do Fiat 500 estão vendendo adoidados dentro do segmento que ocupam. O smart, já testado pelo WebMotors, emplacou 204 unidades em apenas dois meses. Já o MINI, também avaliado pelo WebMotors, comercializou 125 unidades.

O que vale é o estilo e o prazer de dirigir, afinal, são poucos os compactos que geram uma relação peso/potência abaixo dos 10 kg/cv. Vale lembrar que não dá para você exigir, nesta categoria, muito espaço no porta-malas, manutenção acessível, seguro barato e conforto ao extremo.

FICHA TÉCNICA – Fiat 500

MOTORQuatro tempos, quatro cilindros em linha, transversal, refrigeração a água, 1.368 cm³
POTÊNCIA100 cv a 6.000 rpm
TORQUE131 Nm a 4.250 rpm
CÂMBIOManual de seis velocidades
TRAÇÃODianteira
DIREÇÃOPor pinhão e cremalheira com assitência
RODASAro 15”, de liga-leve
PNEUS185/55 R15 na dianteira e na traseira
COMPRIMENTO3,55 m
ALTURA1,48 m
LARGURA1,74 m
ENTREEIXO2,30 m
PORTA-MALAS185 l
PESO em ordem de marcha930 kg
TANQUE35 l
SUSPENSÃODianteira independente, tipo MacPherson; traseira interdependente
FREIOSDiscos nas quatro com ABS
CORES não divulgado
PREÇOnão divulgado


DERRAPAMOS: o Fiat 500 virá da Polônia. Ele só virá do México se sua produção por lá, para atender aos EUA, puder atender também o Brasil. O texto já foi corrigido.


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