Saiba como o Kia Soul anda nas versões manual e automática

O <b>WebMotors</b> testou o modelo coreano, que se mostrou uma boa opção para quem deseja algo diferenciado


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Rodrigo Samy
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Guarulhos, SP - O WebMotors foi conferir de perto como se comporta o novo lançamento da Kia Motors no Brasil, o crossover Soul. A aposta da empresa coreana para o carro é alta. Segundo José Luiz Gandini, presidente da Kia por aqui, a marca pretende atingir 3 mil unidades emplacadas do modelo até o fim do ano. Será que ele tem poder para chegar nesta marca?

Por fora, o carro apresenta um design exclusivo, assinado por Peter Schreyer, concebido nos EUA e finalizado na Coreia do Sul. O autor da obra colocou que: “as proporções essenciais do protótipo foram mantidas. Apesar disso, uma gama de opções de equipamentos precisou ser habilmente criada para permitir a adaptação do Soul às exigências específicas de consumidores de diferentes mercados globais”. Tanto que da planta coreana saem quatro tipos de Soul. Um destinado ao mercado interno, outro aos EUA, um à Europa e outro ao Oriente Médio. Para o Brasil, vem o mesmo modelo que abastece o Oriente Médio. Segundo Gandini, não existe nenhum tipo de tropicalização do lote para cá.

A primeira impressão ao olhar para o Kia Soul é a de que o automóvel é um SUV compacto, porém ao se aproximar dele dá para enxergar um hatch e assim por diante... É confuso, porém essa é a base da campanha publicitária. Na grande dianteira há a nova identidade visual da Kia. A ideia é passar a imagem dos dentes de um tigre, formados por dois filetes cromados. Na versão topo, as rodas de liga-leve de aro 18” calçadas com pneus 225/45 R18 dão um tom esportivo ao modelo.

No conjunto óptico em forma de trapézio, o destaque fica por conta da “meia” máscara negra. Na parte traseira, as linhas passam a ser mais robustas, dando ao carro um estilo mais retrô. A tampa do porta-malas é ressaltada e as lanternas, colocadas verticalmente tipo Fiat Marea Weekend, dão um toque exclusivo. Nas laterais, o que salta aos olhos são os vincos nas laterais e os para-lamas alargados.

Ao entrar no automóvel, dá para perceber que projeto foi bem concebido. Seu formato retangular oferece boa visibilidade e a “cintura” alta faz com que você se sinta vestido. O banco tem regulagem de altura todas as versões e o volante tem um tamanho reduzido. Um item que o penaliza é a falta de regulagem de profundidade da direção.

Os bancos têm desenho diferenciado e detalhes visuais inovadores. Espaço para o motorista e para os passageiros de trás há de sobra. Isso fica mais evidente quando se diz que o Soul apresenta um entreeixos de 2,55 m e bancos altos, o que eleva o ponto H. Um ponto que pode incomodar é a falta de uma tampa no porta-malas, que tem capacidade para levar 222 l ou 671 l. Em contrapartida, há uma gaveta de 128 l que pode esconder bagagens preciosas.

O acabamento é melhor do que o de alguns carros nacionais do mesmo preço: não há rebarbas e os comandos e alças estão bem às mãos do motorista.

Ao volante

O motor do Kia Soul é um 1,6-litro de 124 cv de potência a 6.300 rpm. Segundo dados do fabricante, o automóvel acelera de 0 a 100 km/h em 11 s e atinge a velocidade máxima de 175. Com um torque de 156 Nm, o modelo faz uma média de 11,3 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada. Durante o percurso, o Kia Soul se demonstrou um carro suave. O propulsor não é agressivo e a puxada, conforme a tocada é constante. O encaixe das marchas é simétrico e a manopla exige movimentos curtos. A embreagem é macia e leve, só exige um pouco de atenção na hora da arrancada. Afinal, o automóvel morreu em duas situações em que o WebMotors estava manobrando.

O câmbio automático do Soul é de quatro velocidades. Assim como as transmissões automáticas mais modernas, ela conta com sistema adaptativo à tocada do motorista. Durante o percurso, o WebMotors conduziu o crossover de uma forma mais branda, e ele respondeu suavemente. Em seguida, desligamos o carro e iniciamos uma tocada mais arisca. Resultado: o carro começou a esticar mais as marchas. Com a transmissão automática, o Soul acelera de 0 a 100 km/h em 12 s e atinge a máxima de 162 km/h. O peso bruto total do carro com câmbio manual é de 1.267 kg. Com a transmissão automática, o modelo fica 20 kg mais pesado. Mesmo assim, a relação peso/potência em ambos os casos fica em torno de 10,2 kg/cv. Com transmissão automática, o Kia Soul é oferecido por R$ 60,9 mil e R$ 64,9 mil.

Como adiantamos, segundo Gandini, existe a possibilidade de o motor 2-litros, que inclusive já foi homologado, vir ao Brasil, porém isso só deve acontecer a longo prazo. Com relação à tecnologia flexível em combustível, Gandini afirma que ela está prevista para chegar no final de 2010, com o sedã Cerato.

Comportamento de carro

Na largada do teste, enfrentamos uma boa chuva, por isso mencionamos no início que a tocada foi mais branda. A vantagem deste efeito natural foi que deu para sentir o grau de segurança do automóvel. A versão de entrada R$ 51,49 mil não oferece ABS nem EBD. Mas a que o WebMotors andou contava com estes itens de segurança.

Durante o trajeto, com a pista encharcada, o Kia Soul se manteve perfeitamente na trajetória. Em nenhum momento foi necessário tirar o pé ou sentir apertos. O ruído do motor é baixo e as respostas são rápidas. A direção eletro-hidráulica progressiva gera firmeza e conversa perfeitamente com a suspensão. O encaixe dos punhos ao volante permite que você apóie levemente os dedos, gerando conforto e segurança.

O Kia Soul, que conta com um subchassi que suporta o motor e a transmissão, conta com suspensão do tipo McPherson, com molas helicoidais. Na parte traseira, a suspensão também está montada em um subchassi e utiliza um eixo transversal de torção com braços articulados.

Cereja do bolo

Nas versões topo há uma câmera para manobras de marcha à ré montada logo abaixo da maçaneta da tampa traseira. Ela tem uma lente grande angular de 130º e transmite imagens para uma tela de LCD de 3.5 polegadas instalada no retrovisor interno. O sistema, que só opera quando a marcha à ré é selecionada, permite que o motorista verifique simultaneamente a visão traseira e o ponto cego debaixo da janela traseira.

Com 4,10 m de comprimento, 1,78 m de largura, 1,61 m de altura e 2,55 m de entreeixos, o Soul tem estilo, números e quantidade de equipamentos para emplacar no mercado nacional, além da garantia de cinco anos que é padrão da Kia.

FICHA TÉCNICA – Kia Soul

MOTORQuatro tempos, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, refrigeração a água, de 1.591 cm³
POTÊNCIA124 cv a 6.300 rpm
TORQUE156 Nm a 4.200 rpm
CÂMBIOManual de 5 velocidade e automático de quatro velocidades
TRAÇÃODianteira
DIREÇÃO Por pinhão e cremalheira; eletro-hidráulica
RODAS Dianteiras e traseiras em aro 16” versões topo 18”, de liga-leve
PNEUS Dianteiros e traseiros 205/55 R16 versões topo 225/45 R18
COMPRIMENTO 4,10 m
ALTURA 1,61 m
LARGURA 1,78 m sem espelhos
ENTREEIXOS 2,55 m
PORTA-MALAS 700 l dois lugares, 222 l com a bandeja abaixo e 350 l com a bandeja
PESO em ordem de marcha 1.267 kg manual e 1.287 kg automático
TANQUE48 l
SUSPENSÃO Dianteira totalmente independente, suspensão McPherson, com molas helicoidais e amortecedores a gás. Barra estabilizadora. Traseira com barra de torção transversal semi-independente, com braços articulados, molas helicoidais e amortecedores a gás
FREIOS Discos ventilados na dianteira e na traseira com tambor. ABS e EBD opcionais
CORES Pinturas metalizadas: Bright Silver, Green Tea Latte, Java Brown, Moon Light Blue, Cocktail Orange e Titanium Silver. Pinturas sólidas: Black Soul, Blue Stone, Clear White, Vanilla Shake e Tomato Red.
PREÇO Câmbio manual: R$ 51,49 mil entrada, R$ 55,9 mil intermediária e R$ 59,9 mil topo. Com transmissão automática: R$ 60,9 mil intermediária e R$ 64,9 mil topo


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