Strada 1,4-litro tem baixo consumo com álcool


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Gustavo Ruffo
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- Muitos casais jovens seja de idade ou de espírito, sem filhos ou com eles já criados, vêm optando pelas picapes como um meio de transporte mais econômico e acessível. A caçamba, quando vê carga, se enche de equipamentos de lazer. Para essas pessoas é que a Fiat propõe a Strada Trekking 1,4-litro. Na avaliação feita por WebMotors, o carrinho se mostrou valente, como toda picape deve ser, e econômico, como é raro que algum deles se apresente, ainda mais com álcool no tanque.

Em uma medição rápida, o motor 1,4-litro Flex registrou média de 7 km/l com etanol, menor que a economia apontada pela fábrica, de 8,5 km/l, mas bastante boa considerando-se a proposta do veículo e o combustível utilizado. Veículos como o Fiesta Flex não chegam a muito mais de 6 km/l com álcool. Não foi feita uma medição com o uso de gasolina.

Por que a Strada Trekking se destina a pessoas que a utilizarão primordialmente para o transporte pessoal e o lazer? Simples: ela é uma versão que vem muito bem equipada de série, com luxos que uma versão de trabalho não necessitaria adotar. Estão no pacote de itens de série do carro, por R$ 32,49 mil, protetor interno da caçamba, Fiat Code, Follow Me Home e relógio digital. Mas o mais significativo é a direção hidráulica, algo quase supérfluo, visto que a Strada tem direção leve mesmo sem a assistência.

De qualquer modo, são os opcionais que mostram mais a vocação recreativa da picape: toca-CD com MP3, vidros e travas elétricos, airbag duplo, freios ABS, capota marítima e condicionador de ar. A não ser por algumas poucas empresas conscientes e de bom porte, ABS e airbag jamais equipariam carros de frota, por exemplo.

Além de econômico, o motor 1,4-litro Fire tem disposição, sem empolgar. Capaz de render até 81 cv com álcool e 80 cv com gasolina, a 5.500 rpm nos dois casos, ele permite à picapinha uma velocidade máxima de 162 km/h, com 0 a 100 km/h em 12,8 s. Com a carga máxima que ela admite, 705 kg, imagina-se algum sofrimento ao acelerador, porém menos do que na versão 1,3-litro anterior.

O modelo avaliado pelo WebMotors trazia cabine simples, possivelmente a que será menos escolhida pelo público consumidor da Strada. A versão com cabine estendida, uma idéia genial da engenharia da marca italiana, se presta melhor ao transporte de malas ou compras.

Não se pode dizer, porém, que a cabine mais simples não tenha seu brilho. Atrás do banco do motorista cabem compras pequenas e, dependendo da estatura de quem dirige, até uma mala. O banco do passageiro ofereceria a mesma facilidade não fosse pelo estepe, que também pode ser colocado na caçamba, mas essa solução não é recomendável em tempos de pneus caros e “amigos do alheio” além do que as cadeias conseguem suportar.

No interior da Strada reside um de seus pontos altos: o bom acabamento. Os plásticos são de boa qualidade e oferecem soluções muito inteligentes de aparência. Texturas diferentes dão a impressão de cores diversas, o que confere ao painel uma riqueza que ele não tem, mas que parece ter. Isso basta para agradar muitos consumidores e é bonito de ver.

Nas portas, aplicações de tecido também remetem a mais sofisticação, mas a cobertura de plástico, que deveria cobrir a porta toda, falha por deixar à mostra partes da lataria do carro, o que, no caso do veículo avaliado, vermelho, tornava esse detalhe ainda mais evidente.

Ao volante, a Strada oferece facilidade para se encontrar a melhor posição de dirigir, ainda que não tenha regulagem de altura do volante nem do banco. Os comandos, bem posicionados, não se fazem notar, o que é positivo. Normalmente, quando eles chamam muito a atenção, é porque estão no lugar errado. Em marcha, a suspensão se comporta bem, sem causar sustos ao motorista. O eixo traseiro, com molas parabólicas longitudinais, está mais preparado para o transporte de carga que o da Volkswagen Saveiro, que usa molas helicoidais, mas picapes com tração dianteira costumam apresentar perceptíveis reações de torque o volante puxa mais para um lado em acelerações. A da Fiat não foge à regra.

Na unidade testada, a embreagem apresentou comportamento estranho, fazendo o carro dar solavancos em situações de subida, especialmente quando era necessário soltar o pedal com mais vagar. Aparentemente ela estava gasta, mas vale ficar atento para detectar se isso não é um problema recorrente na linha.

Se alguém se interessar por uma picape pequena, mesmo que não entre na descrição feita no início do texto, a Strada pode ser apontada como uma das melhores opções do mercado, deixando bem para trás modelos de concepção mais antiga, como Saveiro e Courier. A Montana, apesar de mais moderna, não é tão versátil, é mais gastona e mais cara, por ter apenas o motor 1,8-litro. Mas picape também é uma questão de estilo de vida. Se a Strada atende ao seu, aproveite bem o final de semana na praia!

Confira as opções de Strada anunciadas no WebMotors
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