Subaru Legacy foca em prazer ao dirigir

Motor 3.5 Boxter e tração AWD são ponto alto, mas falta tecnologia e modernidade ao sedã


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Lukas Kenji
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Direção hidráulica, transmissão CVT e suspensão macia. Características que deixariam qualquer carro insosso. Não é o caso do Subaru Legacy. O sedã de R$ 161.900 é uma tradução prática do sentimento de prazer ao dirigir.

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Dois componentes protagonizam as qualidades do carro. O primeiro deles é o motor 3.6R Boxter de seis cilindros, injeção direta e 24 válvulas. O segundo é o sistema de tração integral chamado de SAWD (Symmetrical All-Wheel Drive).

O propulsor de 256 cv a 6.000 rpm é vigoroso e obedece com rigor aos comandos do motorista. É silencioso e esperto em cenário urbano, mas acorda assim que for preciso dispor dos 35,7 kgf.m de torque a 4.400 giros em retomadas e arrancadas. Já a tração nos dois eixos permite um guiar estável e que faz faz diferença em curvas de alta.

A transmissão continuamente variável contibui para o conforto, mas seria muito mais agradável se tivesse escalonamento independente. É verdade também que um sistema afeito à comodidade seja mais adequado ao sedã focado em um público mais velho do que um câmbio agressivo. Um alento são as borboletas para trocas manuais que simulam seis velocidades, além de três modos de direção que alteram o intervalo das trocas.

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O quesito que chancela a sensação de deleite ao dirigir o Legacy é a ergonomia. É possível ajustar direção e bancos como quiser. O encaixe nos bancos de couro beira à perfeição. Como um bom Subaru, tudo ao redor parece apropriado para que o único aborrecimento do condutor seja o pouco tempo de guiar o carro.

O ponto alto do ambiente interno é o sistema da renomada marca norte-americana Harman/Kardon. Há poucas opções de customizá-lo, porém, ele apresenta-se com qualidade de qualquer maneira.

O acabamento é bem típico dos carros japoneses. A distribuição e formato dos componentes são comedidos. Não há nada que leve para o caminho da ousadia ou modernidade. No entanto, tudo soa harmônico, os materiais apresentam qualidade ao toque e os botões estão sempre à mão.

A central multimídia com tela de 7 polegadas vai na contramão. Apesar de intuitiva e do touch screen bem calibrado, a iconografia é antiquada, não há conectividade de interface com smartphones ou redes sociais, além de não conter GPS. O item mais moderno dentro do sistema é a vizualização de imagens da câmera de ré.

A lista de itens de série também não é das mais vastas. Há ar-condicionado de duas zonas, volante multifuncional, teto-solar elétrico, regulagem elétrica dos bancos revestidos em couro, piloto automático e pedaleiras esportivas em alumínio.

Por fora, chamam atenção as rodas de liga leve de aro 18”, os faróis de xenônio com contorno em LED, além da dupla saída do escapamento. No mais, a mesma austeridade do interior, invade o desenho da carroceria. O desenho é elegante, mas não atraente. O Legacy parecce chamar mais atenção pela raridade do que pela exuberância.

Vale mais para as qualidades que a carroceria não mostra a olho nu. A carroceria do sedã de 1.538 quilos é desenvolvida em aço de alta resistência e há sete airbags. Os itens conferiram ao carro cinco estrelas nos testes de impacto do Euro Ncap.

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Voltando ao tema conforto, um dos mais relevantes tratando-se de um sedã médio de luxo, vale destaque para as medidas do Legacy. O porta-malas de 506 litros abriga tranquilamente as tralhas do carro que comporta bem cinco ocupantes. O desenho simples da parte externa faz parecer com que o carro tenha menos do que os 4,79 metros de comprimento que dispõe. Com 2,75 m de entre-eixos, a galera que vai no banco traseiro tem bom espaço para as pernas.

Confortável para os passageiros e prazeroso para o motorista, o Subaru Legacy é opção para puristas que importam-se mais com que o conjunto mecânico do carro tem a oferecer do que com os equipamentos modernos e tecnológicos que o sedã não dispõe.

É uma alternativa mais intensa do que modelos como Honda Accord, Nissan Altima e Toyota Camry, que focam estritamente no conforto e requinte. Oferece mais equipamentos do que os alemães Mercedes-Benz Classe e BMW Série 3, mas perde na qualidade e diversidade do acabamento interno. Também pode ser preterido pelo Ford Fusion, opção com design mais esportivo e preço mais atraente por conta da importação do México (vale R$ 143.400 na versão topo de linha).

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