SUV médio sucessor do antigo GLK, feito sobre a base do sedã da Classe C, tem motor turbodiesel e bons consumo de combustível e espaço interno.
No teste de hoje vamos falar sobre o Mercedes-Benz GLC 220d (diesel), à venda no Brasil desde o ano fim de 2019 em duas versões de acabamento: uma de entrada, de R$ 294.900, e uma mais cara, que foi a escolhida e utilizada para essa avaliação, de R$ 329.900.
Há, ainda, uma versão preparada pela AMG e com motor a gasolina, vendida a R$ 425.900.
Aqui precisamos destacar que o novo Mercedes GLC não mudou de geração, mas passou por uma reestilização mais pontual para ficar parecido com a nova linha de design adotada pela Classe C, gama de carros médios da Mercedes.
A dianteira é mais bonitona e imponente, com detalhes cromados espalhados nos pára-choques e na grade e um belo farol full-LED, que concentra todas as necessidades de iluminação do SUV e até "aposenta" os faróis de neblina.
Já a traseira também mudou e ficou mais próxima do que vemos nos sedãs "acupezados" da marca, mas a lanterna, também de LED, tem um desenho menos harmônico que os faróis. Em suma, é um legítimo SUV.
Por baixo do capô, o Mercedes GLC 220d utiliza motor 2.0 turbodiesel de quatro cilindros com 194 cv (a 3.800 rpm) e bons 39 kgf.m de torque (a partir das 1.500 rotações). Sempre comandado por uma excelente caixa de câmbio automática de nove marchas.
O câmbio pode ser bem rápido, mas também é muito eficiente. A tração é nas quatro rodas, como diz o sobrenome "4Matic".
Na estrada, onde predominantemente rolou nosso teste, pudemos perceber que o GLC é realmente poderoso em termos de arrancadas e retomadas de velocidade graças ao ótimo conjunto mecânico.
E, além disso, ele também é econômico: rodamos quase 400 km com meio tanque, que tem 66 litros. Ou seja, 400 km para algo próximo de 33 litros, o que dá uma média de 12 km/litro.
Mesmo assim, precisamos destacar que seu comportamento é mais pacato e voltado ao conforto, e não o de um esportivo - para esse tipo de perfil recomendamos a versão AMG do GLC, que passa dos R$ 400 mil. Só que, ainda assim, ele também não vai mal quando exigido de forma mais nervosa.
Sem dúvidas que sim, já que o Mercedes-Benz GLC 220d atende a famílias com até dois filhos, pois oferece bom espaço interno e porta-malas considerável de 550 litros.
O espaço traseiro, por sinal, é muito bom para duas pessoas adultas, já que os bancos dianteiros são até côncavos para melhorar a área dos joelhos de quem vai atrás. Um terceiro ocupante vai com certo aperto por causa do assoalho central, que tem um belo degrau de sobressalto.
Por dentro há também escolha de ótimos materiais, bom nível de acabamento e luxo percebido para um carro de mais de R$ 300 mil. Mas a principal novidade tecnológica do SUV é a central multimídia MBUX de 10,2 polegadas, com respostas inteligentes a comandos de voz.
Na prática, você consegue controlar todo o sistema do carro pelo volante ou pela própria voz, desde que o sistema de inteligência artificial da Mercedes consiga te entender.
Dá, por exemplo, para pedir ao dispositivo para abrir ou fechar os vidros, alterar a estação do rádio, fazer ligações, aumentar ou diminuir o volume ou ainda manusear a temperatura do ar-condicionado.
Tem mais: o novo GLC também vem com quadro de instrumentos digital configurável de 12 polegadas e um carregador de celular sem fio, algo extremamente útil nos dias de hoje. Podia ter um roteador de internet wi-fi como já existe em Cruze, Tracker, Onix e Onix Plus, mas esse tipo de tecnologia ainda não chegou ao GLC, infelizmente.
Na parte semi-autônoma, ele dispõe do "Lane Tracking", um sistema de monitoramento de faixa com alerta e interferência ativa no volante. Tem, por fim, frenagem de emergência ativa, sensor de ponto cego e controle de cruzeiro adaptativo - que freia e acelera o carro de acordo com o veículo à frente.
Tem coisas que jogam contra, também, além do preço. Embora seja questão de costume, o câmbio na coluna de direção, onde normalmente fica a chave para comandos do limpador de para-brisa, é uma dessas coisas.
Demora para você se acostumar e pode acontecer, por exemplo, de você colocar o câmbio em "N" no meio da estrada se por acaso começar a chover.
O mousepad do console também exige praticamente o mesmo tipo de adaptação. E não há internet no carro que não seja a do celular dos ocupantes, como dissemos.
Outra coisa não muito legal é o revestimento de plástico do painel das portas e do console que imita madeira. Não é mal-feito, mas não combina com a proposta de um carro que custa R$ 329.900, né?
Afinal, vale a pena levar para casa? Como dissemos no vídeo acima, se você for um fã da marca e procura um carro dessa categoria, preço e porte, você estará assinando o cheque de um produto excelente.
Mas o Mercedes GLC é bem mais caro que seus rivais diretos, portanto, respondendo à pergunta do título, talvez valha à pena conhecer os rivais Audi Q5, BMW X3, Volvo XC60, Jaguar F-Pace e os Land Rover Evoque e Discovery Sport.
MERCEDES-BENZ - GLC 220D - 2020 |
2.0 TURBO DIESEL ENDURO 9G-TRONIC |
R$ 412900 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|