Teste: Novo VW Jetta aspirado tem espaço, mas falta fôlego

Com 120 cv, sedã não empolga e tem poucos itens de série


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Rodrigo Ribeiro
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A última vez que a Volkswagen teve um representante de peso no segmento de sedãs médios foi com o Santana, há mais de uma década. Depois dele a marca tentou emplacar uma geração antiga do Jetta, chamada aqui de Bora, sem sucesso. A arma definitiva veio com o novo Jetta, reformulado para atacar em cheio um mercado dominado pelos japoneses. O modelo veio em duas versões – uma 2,0L Turbo, com 200 cv e custando quase R$ 90 mil, e outra, também 2,0L, mas com 120 cv e partindo de R$ 65,7 mil. Esta última foi a avaliada pelo WebMotors, equipada com câmbio automático.

Mas antes de falarmos do carro, um adendo. A unidade avaliada, como é de praxe nas frotas de imprensa da fábrica, é equipada com todos os itens opcionais, o que inclui, além da transmissão Tiptronic de seis marchas, pintura metálica, bancos de couro, teto-solar, sensor crepuscular e de chuva, rodas de liga-leve de 17 polegadas e ar-condicionado digital de duas zonas. Com tudo isso, o modelo pula para salgados R$ 81.830.

Pé-de-boi
Mas vamos deixar alguns itens de lado – afinal, bancos de couro esquentam mais no verão e o rádio pode ser colocado em uma loja de acessórios por um valor mais em conta. E você não precisa se importar em andar em um sedã de mais de R$ 60 mil equipado com calotas (de 16 polegadas).

Sob esse aspecto, o Jetta oferece o obrigatório para o segmento: ar-condicionado (manual), direção hidráulica, trio elétrico, ABS e quatro airbags, dois frontais e dois laterais. O sensor de estacionamento também é bem-vindo, afinal, são 4,64 metros de comprimento e 1,78 de largura para serem manobrados.

O acabamento para o segmento é bom, com materiais emborrachados e plásticos bem encaixados. A ênfase sobre o posicionamento do carro é importante, pois quando comparado com seu antecessor, o novo Jetta fica para trás no quesito forração interna. A compensação se dá no espaço, principalmente para quem vai atrás.

Comando do passageiro
Com 2,65 m de entre-eixos, o Jetta leva confortavelmente quatro adultos (cinco, só em viagens curtas, pois a distância entre os ombros é apenas razoável). Todos têm encosto de cabeça e cinto de três pontos, e o banco traseiro tem sistema de fixação de cadeirinhas Isofix. O curioso aqui é o comando adicional para destravamento das portas. Localizado atrás do descanso de braço dos passageiros dianteiros, ele tem a mesma função dos botões na dianteira, destravando as quatro portas do carro.

Sua função não é muito prática. Além das portas do Jetta se destravarem automaticamente ao acionar a maçaneta interna, o comando permite que uma criança destranque as portas inadvertidamente.

Força pelo câmbio
Fora o detalhe exótico, o Jetta se comporta como a maioria de seus rivais, inclusive na hora de guiar. Empurrado pelo veterano motor 2,0L aspirado de 120 cv (116 cv com gasolina), o carro se beneficia do câmbio automático de seis marchas para compensar a fraqueza congênita do propulsor, versão moderna do clássico AP 2,0L que equipava o Santana. O torque é de bons 18,4 kgfm a 4.000 rpm, que, associado ao aumento de torque inicial provocado pelo câmbio automático, permite que o carro acelere seus quilômetros iniciais com o mesmo vigor de carros mais potentes.

Segundo a Volkswagen, este modelo é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 12 s com gasolina e 11,1 s com etanol. Mas o consumidor desse carro deve focar mais no conforto do que em números de desempenho. Com suspensão mais macia do que o Jetta anterior, o sedã garante um passeio tranquilo na cidade e uma viagem com algumas breves interrupções para reabastecimento. Com etanol, o consumo medido pelo WebMotors chegou a 6,7 km/l na cidade e 9,8 km/l na estrada.

8 ou 80
Na prática, o Jetta tem o essencial para disputar o pódio do mercado: espaço interno, bom acabamento e comportamento dinâmico condizente com sua proposta. Não à toa, o modelo está na quarta posição do segmento, atrás de Toyota Corolla, Chevrolet Cruze e Honda Civic. Mas aqui vale um adendo – mais da metade das vendas é da versão topo linha, com motor turbo e câmbio automatizado de seis marchas e dupla embreagem.

A divisão faz sentido. Quando equipado com acessórios iguais ao da concorrência, o Jetta Comfortline fica com preço próximo ao do modelo Highline, que oferece desempenho próximo ao de um esportivo. Na prática, quem está de olho do modelo fica com duas opções: a mais barata, sem opcionais, ou a mais cara – e divertida.

Ficha Técnica – Volkswagen Jetta Comfortline
FICHA

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