Com preço sugerido de R$ 49.900, o modelo tem menos acessórios e é mais fraco do que a versão Passion. Em contrapartida ele conta com um recurso exclusivo e a promessa de economia de combustível. E dessa vez não é papo de vendedor. O consumo urbano do ForTwo mhd medido pelo WebMotors foi de parcos 15,6 km/l.
São Paulo ao Rio de Janeiro
Com os 33 litros de gasolina que cabem no tanque, o índice permite rodar mais de 500 quilômetros sem abastecer. E aqui não cabe uma comparação com uma viagem rodoviária, já que a proposta do ForTwo mhd é justamente de ficar dentro da cidade. Além do tamanho diminuto (2,65 m de comprimento), o modelo conta com um sistema inteligente para poupar gasolina: o start-stop.
Como a tradução aproximada indica, o mecanismo literalmente liga e desliga o motor do carro automaticamente. Acionou os freios e o carro está a menos de 8 km/h? O motor 1,0L de três cilindros apaga sozinho. O silêncio impera na cabine até que o motorista tire o pé do freio, momento em que o propulsor é religado. O sistema é, sem dúvida, inteligente – afinal, qual é o motivo de manter o carro ligado quando se está parado?
Microsauna
Após quase uma semana com o ForTwo mhd, pode-se dar uma resposta para a pergunta acima: para deixar o ar-condicionado ligado! Ao contrário do sistema do Ford Fusion Hybrid, o climatizador do mhd é convencional. Ou seja, desligou o motor, perdeu a refrigeração na cabine. Em paradas de semáforos até dá para encarar o desconforto, mas longos congestionamentos sob sol forte fazem até o mais ecológico ativista desistir da economia e desligar o sistema através de um botão ao lado da alavanca de câmbio.
Mas nem precisava: no trânsito de São Paulo até o mhd pediu água em alguns momentos. Explico: quando a central eletrônica detecta que a carga da bateria está chegando a um nível crítico, ela desativa temporariamente o start-stop, poupando e recarregando a bateria. No anda-e-para da congestionada capital paulista, essa proteção foi acionada algumas vezes.
Lento pra acordar
E, a Mercedes-Benz que nos desculpe, mas ainda há mais um porém que pesa contra liga-desliga. A já conhecida letargia do câmbio automatizado de cinco marchas é piorada pelo start-stop - por exemplo, quando você para em uma subida. Apesar do Hill-holder facilitar a partida, o tempo que o carro demora para ligar o motor, engatar a primeira marcha e iniciar o acoplamento da embreagem deixa o smart atrás até de motoristas menos experientes.
Para contornar tudo isso o motorista precisa de paciência e compreensão. Deixe de lado o acabamento plástico simples, a suspensão excessivamente dura e o isolamento acústico ligeiramente deficiente. Ignore também a velocidade do câmbio, que faz a gente sentir saudade dos automatizados nacionais.
A pegada do ForTwo é outra. Em troca de toda a sua simplicidade e dureza, ele oferece moderação no consumo e praticidade na cidade. Quando você se entende com o câmbio, percebe que os 71 cv do motor mantiveram boa parte da agilidade que fazem a versão mais potente (de 84 cv) divertida de se guiar.
Claro, agora é preciso ajustar os retrovisores manualmente, o sistema de som não tem GPS nem tela sensível ao toque, não há teto-solar, conta-giros, airbags laterais nem as simpáticas luzes de condução diurna. Mas todas essas ausências compensam a economia de R$ 15 mil do mhd em relação ao ForTwo Passion. Os quase R$ 50 mil cobrados pela Mercedes ainda são salgados, mas quem disse que ser sustentável é barato?
Ficha Técnica: smart ForTwo mhd
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