Teste: smart ForTwo mhd é a racionalidade em forma de carro

Compacto se destaca pela economia de combustível


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Rodrigo Ribeiro
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Ser sustentável não é fácil. É necessário acelerar o banho, aposentar sacolas plásticas e se esforçar ao máximo para deixar o carro na garagem – ou racionalizar mais o transporte individual. Essa é a proposta do smart ForTwo mhd, versão mais barata do menor carro vendido no Brasil.


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Com preço sugerido de R$ 49.900, o modelo tem menos acessórios e é mais fraco do que a versão Passion. Em contrapartida ele conta com um recurso exclusivo e a promessa de economia de combustível. E dessa vez não é papo de vendedor. O consumo urbano do ForTwo mhd medido pelo WebMotors foi de parcos 15,6 km/l.


São Paulo ao Rio de Janeiro

Com os 33 litros de gasolina que cabem no tanque, o índice permite rodar mais de 500 quilômetros sem abastecer. E aqui não cabe uma comparação com uma viagem rodoviária, já que a proposta do ForTwo mhd é justamente de ficar dentro da cidade. Além do tamanho diminuto (2,65 m de comprimento), o modelo conta com um sistema inteligente para poupar gasolina: o start-stop.


Como a tradução aproximada indica, o mecanismo literalmente liga e desliga o motor do carro automaticamente. Acionou os freios e o carro está a menos de 8 km/h? O motor 1,0L de três cilindros apaga sozinho. O silêncio impera na cabine até que o motorista tire o pé do freio, momento em que o propulsor é religado. O sistema é, sem dúvida, inteligente – afinal, qual é o motivo de manter o carro ligado quando se está parado?


Microsauna

Após quase uma semana com o ForTwo mhd, pode-se dar uma resposta para a pergunta acima: para deixar o ar-condicionado ligado! Ao contrário do sistema do Ford Fusion Hybrid, o climatizador do mhd é convencional. Ou seja, desligou o motor, perdeu a refrigeração na cabine. Em paradas de semáforos até dá para encarar o desconforto, mas longos congestionamentos sob sol forte fazem até o mais ecológico ativista desistir da economia e desligar o sistema através de um botão ao lado da alavanca de câmbio.


Mas nem precisava: no trânsito de São Paulo até o mhd pediu água em alguns momentos. Explico: quando a central eletrônica detecta que a carga da bateria está chegando a um nível crítico, ela desativa temporariamente o start-stop, poupando e recarregando a bateria. No anda-e-para da congestionada capital paulista, essa proteção foi acionada algumas vezes.


Lento pra acordar

E, a Mercedes-Benz que nos desculpe, mas ainda há mais um porém que pesa contra liga-desliga. A já conhecida letargia do câmbio automatizado de cinco marchas é piorada pelo start-stop - por exemplo, quando você para em uma subida. Apesar do Hill-holder facilitar a partida, o tempo que o carro demora para ligar o motor, engatar a primeira marcha e iniciar o acoplamento da embreagem deixa o smart atrás até de motoristas menos experientes.


Para contornar tudo isso o motorista precisa de paciência e compreensão. Deixe de lado o acabamento plástico simples, a suspensão excessivamente dura e o isolamento acústico ligeiramente deficiente. Ignore também a velocidade do câmbio, que faz a gente sentir saudade dos automatizados nacionais.


A pegada do ForTwo é outra. Em troca de toda a sua simplicidade e dureza, ele oferece moderação no consumo e praticidade na cidade. Quando você se entende com o câmbio, percebe que os 71 cv do motor mantiveram boa parte da agilidade que fazem a versão mais potente (de 84 cv) divertida de se guiar.


Claro, agora é preciso ajustar os retrovisores manualmente, o sistema de som não tem GPS nem tela sensível ao toque, não há teto-solar, conta-giros, airbags laterais nem as simpáticas luzes de condução diurna. Mas todas essas ausências compensam a economia de R$ 15 mil do mhd em relação ao ForTwo Passion. Os quase R$ 50 mil cobrados pela Mercedes ainda são salgados, mas quem disse que ser sustentável é barato?


Ficha Técnica: smart ForTwo mhd 

 

 

Motor

Três cilindros em linha, traseiro, transversal, 12 válvulas, 999 cm³

Potência

71 cv (gasolina) a 5.800 rpm

Torque

92 Nm / 9,4 kgfm (gasolina) a 2.800 rpm

Câmbio

Automatizado, com cinco marchas

Tração

Traseira

Direção

Por pinhão e cremalheira, com assistência elétrica

Rodas

Dianteiras e traseiras em aro 15” de liga-leve

Pneus

Dianteiros 155/60 R15 e traseiros 175/55 R15

Comprimento

2,70 m

Altura

1,56 m

Largura

1,54 m

Entre-eixos

1,87 m

Porta-malas

220 l

Peso (em ordem de marcha)

750 kg

Tanque

33 l

Suspensão

Dianteira independente, tipo McPherson; traseira dependente, tipo eixo De Dion

Freios

Disco sólido na dianteira e tambor na traseira, com ABS

Preço

R$ 49.900,00

 



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