Teste WebMotors: atualizado, Chevrolet Captiva 2011 melhora nos detalhes

Com novo câmbio e motor otimizado, SUV tenta afastar fantasma do consumo elevado


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Rodrigo Ribeiro
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– O consumo de combustível de um utilitário esportivo sempre será mais elevado do que o de um carro equivalente. Contudo, alguns modelos surpreendem, seja pela economia ou pela sede excessiva – neste último caso está o Chevrolet Captiva. Lançado em 2008, o SUV foi perseguido pelo fantasma do consumo elevado. Por isso a Chevrolet lançou em 2009 uma versão mais fraca e, neste ano, atualizou ambas as variantes para tentar exorcizar a sede do mexicano. Mas será que ela conseguiu?

A resposta nos foi dada logo após o primeiro abastecimento do novo Captiva Ecotec 2011, que ficou por uma semana nas mãos do WebMotors. Mas antes desse momento conseguimos rodar um bocado com o SUV para atualizar nossa opinião sobre ele, que você confere a seguir.

Sem esforço
Dê uma olhada nas fotos do novo Captiva do lado direito da página. Achou todas as mudanças feitas nele? Se não, tudo bem. Externamente, o modelo é exatamente igual ao 2010. O que foi alterado está dentro dele.

Para os olhos a principal mudança está no freio de mão – ou melhor, na ausência dele. O mecanismo foi substituído por outro elétrico, de manuseio mais fácil e automático. Afivele os cintos e acelere que o carro cuida de liberar o sistema. Ladeiras não são motivo para preocupação, pois os freios são acionados brevemente nesse tipo de saída.

Outra novidade está escondida sob o porta-copos móvel: entrada auxiliar e USB para o sistema de som. Achou estranho o Captiva não ter esses itens no modelo anterior? Pois saiba que a versão 2011 continua abrindo mão do Bluetooth. Espaço interno e acabamento também continuam os mesmos, ou seja, não há aperto para quatro adultos e suas bagagens são 821 litros de volume no porta-malas e os materiais usados na forração são de qualidade.

Mudanças no coração
Mas todo dono de Captiva – até mesmo da versão quatro-cilindros – esquecia as virtudes do SUV no posto de gasolina. Por isso a GM fez uma mudança drástica na versão V6 trocando o bloco 3,6L para o 3,0L e uma grande atualização no Ecotec. Baseado no mesmo propulsor do Malibu, o 2,4L 16V agora tem injeção direta de gasolina. Além de melhorar o consumo, a mudança ampliou a potência de 171 cv para 185 cv. Também visando fechar a “boca” do Captiva, o câmbio automático de quatro marchas foi substituído por outro de seis. Com opção de trocas sequenciais na manopla, a nova transmissão troca as marchas em rotações mais baixas quando o botão “Eco” está acionado.

No dia a dia essa força extra não chega a ser percebida, mesmo em ultrapassagens. Se comparado com o modelo V6, o Captiva Ecotec tem desempenho apenas moderado, mas quando posto lado a lado com seus principais rivais, ele tem boa disposição no trânsito urbano. Mas não se anime muito, pois a suspensão continua como sempre: ótima para passar por buracos, péssima para andar rápido. Nada mais justo, pois o Captiva está longe de ser um esportivo. Se o que você busca é um SUV silencioso e confortável para trafegar pelas péssimas ruas brasileiras, o Captiva continua sendo uma ótima opção.

O custo-benefício permaneceu próximo de seu principal concorrente, o Honda CR-V, cujo motor mais fraco é compensado pelo preço menor – R$ 85.700, contra R$ 91.792 cobrados pela Chevrolet. Neste ponto, vale um adendo: a tabela “oficial” do Captiva parte de R$ 90.299. O valor não inclui nenhum opcional, entre eles, a pintura metálica. Até aí, nada demais, se não fosse o fato de que não há opções de cores sólidas.

Além dessa escorregada da GM, ainda há detalhes para serem melhorados, como o engate da primeira e segunda marcha do câmbio automático que poderia ser mais suave e a ausência de sensor de estacionamento. Contudo, antes disso é melhor os engenheiros mexicanos darem uma olhada em outra coisa...

Problema persistente
Rodamos mais de 200 quilômetros com o Captiva pelas ruas e estradas paulistas, na maior parte do tempo com o ar-condicionado desligado e somente com a tecla “Eco” ligada. Com isso, percorremos em média 5,8 quilômetros com um litro de gasolina na cidade e 7 quilômetros na estrada. O índice é ainda pior do que o medido por nós há dois anos, mas por termos mudado o método de medição a comparação direta não pode ser feita.

O fato é que o Captiva Ecotec – o V6 será avaliado em breve – ainda mantém a sina de ter o ponteiro do medidor de combustível apressado. O lado bom é que, além de manter suas virtudes, o Captiva ainda ganhou outras em sua atualização. Resta ao consumidor escolher se vale a pena pagar por isso cada vez que for encher o tanque.

Ficha técnica: Chevrolet Captiva Ecotec 2011

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Motor

Quatro cilindros em linha, dianteiro, transversal, 16 válvulas, 2.384 cm³

Potência

185 cv gasolina a 6.700 rpm

Torque

228 Nm / 23,3 kgfm gasolina a 4.900 rpm

Câmbio

Automático, com seis marchas

Tração

Dianteira

Direção

Por pinhão e cremalheira, com assistência hidráulica

Rodas

Dianteiras e traseiras em aro 17” de liga-leve

Pneus

Dianteiros e traseiros 235/60 R17

Comprimento

4,58 m

Altura

1,70 m

Largura

1,85 m

Entre-eixos

2,71 m

Porta-malas

821 l

Peso em ordem de marcha

1.680 kg

Tanque

73 l

Suspensão

Dianteira independente, tipo McPherson; traseira independente, tipo multibraço

Freios

Disco ventilado na dianteira e traseira

Preço

R$ 91.792

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