Volkswagen Polo Sportline

Versão topo de linha do compacto premium da marca alemã mostra qualidades, mas valor de R$ 45,99 mil ainda está muito alto


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Gustavo Ruffo
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- Quando foi lançado, em setembro deste ano leia mais sobre o lançamento aqui, o Polo voltou a mostrar que merece ocupar no mercado uma posição bem melhor do que a que vem tendo. Com construção impecável, boa dirigibilidade e bem equipado, o carro só ficava a dever um preço mais em conta, fator fundamental de vendas no Brasil. Na versão Sportline, a topo de linha, o carro volta a mostrar qualidades, mas o preço, de R$ 45,99 mil, continua a deixá-lo num patamar que apenas apaixonados pelo carro aceitariam pagar.

A versão básica do Polo, a 1.6, já vem de série com ar-condicionado, direção hidráulica e sensor de estacionamento por R$ 39,49 mil. Na Sportline, o carro traz a mais bancos esportivos, retrovisores e maçanetas na cor do carro, alarme com controle remoto das portas na chave, coluna de direção regulável em altura e profundidade, computador de bordo, faróis de neblina dianteiros e traseiro, pára-brisa degradê, vidros elétricos com acionamento contínuo e limitador de força que deveria ser de série em todos os carros com vidros elétricos, para evitar acidentes com crianças, pára-sóis biarticulados e porta-malas com iluminação, porta-copos e indicador do nível de água do limpador de pára-brisa.

É uma lista grande e interessante, mas vale R$ 6.500 a mais, ainda mais considerando que não inclui ABS, airbag ou outros dispositivos mais caros? A resposta do mercado dirá, mas é bem provável que ela não seja aquela que a Volkswagen espera. Equipado com estes itens mais retrovisores elétricos, sensor de chuva, ar-condicionado digital e toca-CD com MP3, a exemplo do modelo avaliado pelo WebMotors, o Polo chega aos R$ 54,65 mil.

O consolo de quem simplesmente adora o carro é que as revendas nunca ficam no valor sugerido pela marca, oferecendo constantemente descontos que tornam o carro bem mais atrativo. A má notícia é que boa parte das concessionárias Volkswagen, mal acostumadas aos tempos em que a fabricante dominava mais de 50% do mercado, são bastante resistentes em oferecer ao consumidor estes descontos sob a desculpa de que estão vendendo “um Volkswagen”, uma atitude que poucos consumidores ainda toleram.

Mesmo que fosse de outra marca o Polo, por si mesmo, já seria um belo cartão de visita, digamos. Em primeiro lugar, pela apresentação. A mudança de desenho o deixou mais atual, alinhado com a aparência do carro no estrangeiro. Isso a fabricante inteligentemente destaca em suas propagandas mais recentes.

O Polo também acompanha o estilo dos importados da marca, como o Passat, o Touareg e o Jetta, automóveis que gozam de excelente reputação entre seus proprietários e que são objeto de desejo de muitos consumidores. Como pelo menos o Passat e o Touareg têm preços muito acima do dos nacionais, o Polo acaba sendo a opção acessível, ou seja, é ele que acaba indo para a garagem.

Na avaliação do carro, o WebMotors pode afirmar que os itens a mais que o Polo Sportline traz em relação à versão “básica”, se é que se pode dizer isso do Polo, tornam a condução muito mais agradável.

O ajuste da coluna de direção em altura e distância, por exemplo, permite que motoristas de todas as alturas encontrem sempre a melhor posição de dirigir. Vale lembrar que o banco também tem regulagem de altura, o que torna praticamente impossível alguém reclamar que não se sente confortável ao volante do Polo.

Os cintos de segurança dianteiros também têm regulagem, acabando com a desculpa dos engraçadinhos que se recusam a usar o cinto porque ele os enforca. No Polo, isso vira cascata da grossa.

Os retrovisores elétricos, com comando bem posicionado, junto ao puxador da porta do motorista, também contribuem para o conforto e evitam que o motorista tenha de se retorcer dentro do carro para alcançar o comando da porta direita ou tenha de ficar pedindo ao passageiro que empurre a alavanca da regulagem mais para dentro ou mais para fora. Isso é especialmente importante em carros que são dirigidos por mais de um motorista.

O porta-copos, mania de americanos que tomam copos de café de 300 ml pela manhã, deve encontrar entre os brasileiros um ou outro consumidor que consiga utilizá-los, mas é mais um elemento decorativo do que propriamente funcional. Melhor que ele são os espelhos individuais nos pára-sóis que têm iluminação própria, o que evita que se tenha de ficar acendendo a luz interna a torto e a direito.

Outra facilidade, o alarme com controle remoto das portas e do porta-malas, é bastante cômoda e prática. O computador interno do Polo, aliado ao sistema, permite que se configurem diversas funções, como o levantamento automático dos vidros quando o carro for fechado.

Todos os demais itens são mais uma questão de estética, com exceção do pára-brisa degradê, bom auxiliar na condução em estradas quando o sol está nascendo ou se pondo.

Ao volante, o motor 1,6-litro se mostra bem disposto e agradável. Não há hesitações na aceleração, seja com álcool ou com gasolina, já que ele é flexível. Com álcool, ele rende 103 cv. Aqui, palmas para a Volkswagen, que deve ter estabelecido um bom acordo entre marketing e a engenharia e criou um motor com torque em baixa, sem a preocupação de exibir a maior potência da categoria. Até porque, como insistimos, o que importa, para a condução na cidade, é torque.

Quando exigido, o motor do Polo é gastão, fazendo, com álcool, uma média de 5,5 km/l a 6 km/l. Sem pressão, desnecessária, aliás, já que o motor sobra para o carro, ele chega fácil aos 7,5 km/l, talvez até a 8 km/l, mas não foi possível atingir essa marca devido ao período de avaliação que, quando o carro é gostoso de dirigir, é sempre muito curto.

Continuaremos a insistir na adoção do motor 1,4-litro para o Polo. Já convertido para o sistema Totalflex e utilizado no Polo de exportação e na Kombi, ele cairia muito bem em uma versão de entrada do Polo nacional. Ela poderia canibalizar o Fox 1.6? Dificilmente, já que Fox e Polo são voltados a públicos com estilos de direção distintos. O Fox agrada quem gosta de posição alta de dirigir, mas desagrada quem quer conduzir o carro esportivamente. O Polo é justamente o contrário. Por que não oferecer ao consumidor um Polo mais em conta?

Em termos de espaço, os passageiros do banco de trás viajam bem, mas sem muitas folgas. O porta-malas é pequeno para um carro de seu porte, apenas 270 l. É menor que o do Gol, que tem 285 l. Em compensação, quem dirige o Polo não tem um volante tão deslocado para a direita quanto o do Gol, ou seja, há compensações. Basta saber se o consumidor acha que o preço cobrado por elas compensa.

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