VW Kombi 1.4 Total Flex


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Luís Figueiredo
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- A VW Kombi passou por um “transplante de coração” e deu adeus ao motor boxer de quatro cilindros contrapostos, 1.600 cm³ de cilindrada e refrigerado a ar. O motor que passa a equipá-la é o EA-111 de 1.400 cm³, quatro cilindros em linha e refrigerado a líquido, flexível em combustível pode ser abastecido com álcool, gasolina ou qualquer mistura de ambos. Fabricado em São Carlos, SP esse motor é também utilizada no Fox exportado à Europa mas em versão abastecida apenas com gasolina. A melhor notícia é que os preços de todas as versões permanecem os mesmos – começa em R$ 36.192,00 para a Kombi Furgão e chega a R$ 43.684,00 para a Escolar.

A substituição do clássico motor boxer que equipou o Fusca e a Brasília, entre outros modelos é um marco na história da Volkswagen no Brasil. A unidade “a ar”, que desenvolvia potência de 58 cv na versão a gasolina com álcool chega a 67 cv, estava em seu limite de desenvolvimento e não atenderia às legislações sobre emissão de poluentes e de ruídos, que entram em vigor a partir de janeiro de 2006.

Já o motor EA-111 é moderno e atende com folga às determinações legais, além de ser bem mais potente – 78 cv com gasolina e 80 cv com álcool, sempre a 4.800 rpm. A unidade foi acomodada no mesmo compartimento traseiro, com algumas alterações de sustentação e a introdução de um radiador na dianteira do veículo – a única mudança no desenho da Kombi.

Em relação ao nível de ruídos, o novo motor fica 2 decibéis abaixo do limite a ser imposto, de 77 dBa o antigo chegava a 78 dBa. Para emissão de poluentes, o 1.400 é 50 % mais eficiente do que seu antecessor. O novo motor tem, também, maior intervalo para troca de óleo – 10.000 km, o dobro do anterior.

O desempenho, naturalmente, melhorou. A Kombi demora 16,6 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h com 100 % de gasolina; com álcool, a marca é 0,5 segundo melhor, capaz de fazer inveja a muitos carros equipados com motor de 1 litro. O modelo antigo fazia 0-100 km/h em 26,1 segundos na versão a gasolina 21,2s na a álcool. A velocidade máxima agora é de 130 km/h tanto para gasolina quanto para álcool 120/125 km/h no antigo com gasolina e álcool, respectivamente.

A Kombi está mais econômica com o novo motor. Segundo a Volkswagen, com 1 litro de gasolina o modelo percorre 10,4 quilômetros na cidade e 11,8 na estrada média de 11 km/l. Com álcool, a marca é de 7,1 km/l na cidade e 8,6 km/l na estrada, com a média de 7,8 km/l.

Embora não se tenha feito qualquer alteração estrutural ou de segurança como a introdução de apoios de cabeça para os bancos traseiros, é possível dizer que a Kombi – que em 2007 completará 50 anos de mercado nacional – rejuvenesceu. Os mais saudosos notarão logo na partida o ruído do motor. Depois, o acelerador: foi-se embora a indefectível “prancha” e veio o pedal do Fox. Também se substituiu o cabo de aço por sensores eletrônicos – a Kombi agora tem acelerador E-GAS, mais eficiente e suave de operar do que o anterior. Pedais de freio e embreagem, no entanto, ficam inalterados.

Ao volante, percebe-se a direção mais direta e pouco mais pesada. Suas suspensões não foram alteradas, o que significa: sua estabilidade continua a mesma – o veículo é facilmente afetado pelo vento e requer permanente correção de direção.

Está lá do mesmo jeito o velho conhecido câmbio de quatro marchas. Foram apenas introduzidos reforços nas engrenagens, de forma a suportar o maior torque agora de 12,5 kgfm a 3.500 rpm. Mas o diferencial foi alongado, alteração que visa adequar-se ao novo motor. Com isso a Kombi melhorou em dois aspectos importantes: consumo e conforto de marcha. Os engates, no entanto, mantêm sua imprecisão, característica do carro.

O painel continua espartano ao extremo e só ganhou novo quadro de instrumentos, uma adaptação do que equipa o Fox. Há apenas velocímetro números com novo grafismo e medidor do nível de combustível, além das luzes-espia.

Tudo para ampliar a já grande margem que a Kombi tem no segmento de “veículos de carroceria fechada com capacidade de carga de 1 tonelada”, conforme explicado pelo diretor de Vendas e Marketing da VW, Paulo Sérgio Kakinoff. As vendas da Kombi têm crescido – até o início deste mês de dezembro foram vendidas 13.387 unidades; ano passado foram 12.400 no total.

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