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VW Polo GTi, o primeiro passo no mundo esportivo

Pequeno foguete é o 1º esportivo dos sonhos – pena ser caro...

por Luís Felipe Figueiredo

- Inicie-se no mundo dos carros esporte com o VW Polo GTi. As razões virão a seguir, mas adianta-se que esse é um carro capaz de dar muito prazer tanto a quem está começando nessa vida quanto a quem está habituado a ela. O problema é seu preço. Sem qualquer opcional, o pequeno foguete é vendido em pacote fechado de equipamentos por R$ 99.800,00.
Nada melhor do que uma sucessão de curvas travadas tomadas rapidamente para comprovar a agilidade e o bom acerto do Polo GTi. Controle de estabilidade ESP desligado, freia-se forte, elevando o giro do motor, ataca-se a curva e percebe-se o bom equilíbrio do esportivo. Os pneus Dunlop 205/45 R16 montados em rodas de 16 polegadas calçam o GTi perfeitamente e ainda trazem o charme de ter o nome gravado na banda de rodagem.
As suspensões são muito bem acertadas e transmitem a sensibilidade ideal a um esportivo. O conjunto dianteiro, independente tipo McPherson, garante tração em saídas de curva, ainda que o carro não tenha diferencial autobloqueante. A traseira, por eixo de torção, também ajuda a sentir quão mal-conservadas são algumas de nossas estradas.
A carroceria mostra sua grande rigidez torcional e inclina pouco. O comportamento do Polo é quase neutro, tendendo bem pouco ao subesterço sair de frente. Pé no fundo novamente, em vez do esportivo arrastar para fora da curva, é na direção que se aponta o volante que ele vai. Perfeito em aderência e retomada de velocidade – além de seguro, pela acentuada estabilidade. Sua direção é precisa, mas há outras mais rápidas relação de 15,84:1; a do Civic Si é de 13,6:1, mais arisca.
O motor, produzido pela Audi, é o quatro-cilindros de 1,8 litro de cilindrada e 5 válvulas por cilindro 3 para admissão, 2 para escapamento, com bloco de ferro fundido e cabeçote de alumínio, com duplo comando. A potência máxima de 150 cv vem a 5.800 rpm. A partir daí o motor perde rendimento, devido ao tamanho da turbina, que é menor e destinada a render melhor em baixa rotação. O corte de injeção ocorre a 7.000 rpm.
A relação peso/potência é de 7,76 kg/cv, que é boa, mas não chega a chamar a atenção. O que enche os olhos e anima o motorista é o torque disponível para o carro de apenas 1.164 kg. São 22,4 kgfm muito bem distribuídos na faixa de 1.950 rpm a 4.500 rpm. Como comparação, o motor cinco-cilindros de 2,5 litros do VW Jetta gera 23,2 kgfm para mover os 1.468 kg do sedã.
Isso significa que, cruzando a 120 km/h e com o motor trabalhando a apenas 3.000 rpm, basta um leve toque no acelerador para que o Polo GTi estilingue para a frente e ganhe velocidade. Essa pronta resposta passa muita segurança e pode ajudar na hora de livrar-se de um caminhão que ameaça cruzar a pista, por exemplo. A 140 km/h o conta-giros está aponta 3.500 rpm. Segundo a VW, o GTi chega a 216 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 8,2 segundos.
Seus números de consumo são razoáveis. Aferindo pelo computador de bordo, em que a informação é em litros por 100 km, o resultado “traduzido” para o habitual ao brasileiro é de 11 km/l na estrada. Isso rodando tranquilamente, sem exigir do acelerador. No trecho sinuoso a que o carro foi submetido o número caiu para 5 km/l. Na cidade, beneficiando-se com parcimônia da agilidade do Polo, foram 7 km/l. Com o tanque de apenas 45 litros, sua autonomia é reduzida: mantido o consumo moderado na estrada, tem-se 495 km, suficiente para ir de São Paulo ao Rio de Janeiro e voltar, mas sem abusar na subida da Serra das Araras.
Os freios são a disco nas quatro rodas dianteiros de 288 mm e traseiros de 232 mm, com as pinças pintadas em vermelho – ficam mais evidentes no GTi prata. São equipados com sistema antitravamento ABS e EBD, que distribui as forças de frenagem. No carro há no painel a tecla "Set", que serve para identificar se há problema de pressão nos pneus.
Xadrez nos bancos
O Polo GTi é bem-acabado internamente. Seus bancos possuem revestimento de tecido, com a sigla em baixo-relevo no encosto e padronagem xadrez, com linhas vermelhas. Têm estilo para o qual há quem torça o nariz. Mas para aquilo a que se destinam, acomodar confortavelmente motorista e passageiro, garantindo apoio lateral em curvas, são corretos. Têm a firmeza adequada, colaborando para a perfeita posição de dirigir em que ajuda o ajuste do volante em altura e distância.
Seu volante é o mesmo do Polo “normal”, apenas recebendo revestimento de couro e aplique em alumínio no miolo alusivo à versão. Poderia ser outro, com desenho diferenciado, como no novo Golf GTi, que será apresentado no final de março. Ainda assim, tem diâmetro adequado e boa empunhadura, sem prejuízo à dirigibilidade do carro. Seu sistema de som tem fidelidade sonora razoável e o toca-CD não lê arquivos MP3.
Destaca-se pelo baixo nível de ruído na cabine em velocidade de cruzeiro 120 km/h. Mas basta pressionar o acelerador para que o rondo produzido pelo 1,8-litro turbo se manifeste. “Parece ronco de carro italiano”, observou o fotógrafo Venício Zambeli ele mesmo descendente de italianos. Que os alemães da VW não o ouçam.
Seu espaço interno é o que se espera de um compacto. Com 2,46 metros de distância entre eixos, é um carro destinado, no máximo, a um casal jovem com filho pequeno há fixação Isofix no banco traseiro, para cadeira de criança. E que não leve muita bagagem, pois o porta-malas tem apenas 281 litros de capacidade. O espaço no banco traseiro é escasso e para apenas duas pessoas, desde que não sejam altas. Mas o melhor é apreciar o Polo GTi sozinho – ou, quem sabe, muito bem acompanhado, desde que seja por uma pessoa apenas.
O objetivo da Volkswagen ao importar da Alemanha o Polo GTi foi, mais do que explorar um nicho de mercado, melhorar e rejuvenescer a imagem do Polo no País. O modelo está disponível apenas nas cores prata e vermelho, como o avaliado pelo WebMotors. Na prata, fica mais evidente o filete vermelho que marca o “V” na grade dianteira.
Para quem gosta de personalização, a VW está desenvolvendo um "kit" para os proprietários de Polo hatch 1.6 que queiram torná-lo semelhante ao GTi. Esse pacote de equipamentos ainda não está à venda, mas deverá, em breve, ser encontrado na rede da marca.
Todas as 30 unidades trazidas inicialmente foram vendidas. A VW pretende manter o programa de importação sob encomenda, com previsão de um volume de apenas 50 unidades anuais. Certamente o Polo GTi se tornará outro clássico esportivo no futuro...
Curiosidade: a sigla GTi tem origem nos anos 1970 e significava Gran Tourism Injection. Hoje, seu uso se dá mais pela tradição é usada há décadas em esportivos Volkswagen do que propriamente por seu significado. Afinal, atualmente todos os motores possuem injeção eletrônica e o carburador é coisa do passado distante.
Chevrolet Corsa GSI
Fiat Uno Turbo
Ford Ka Action
Ford Fiesta CLX 1.4
Honda Civic VTi
Volkswagen Gol GTi Nissan Sentra 2008
Honda Civic Si
Renault Mégane Grand Tour x Toyota Fielder
Fiat Palio 2008
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