WebMotors avalia Renault Sandero Automatic

Veja como se comportou o Renault Sandero que não tem o pedal da embreagem para trocar as marchas


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Rodrigo Samy
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- Hoje em dia, cada vez mais o consumidor está buscando os câmbios automáticos pelo simples prazer de encarar o trânsito sem ter de desperdiçar preciosas calorias energéticas ao músculo que move a perna esquerda. Um exemplo de tal momento inédito no cenário da indústria está na enxurrada de modelos automatizados, robotizados e automáticos lançados nos últimos meses. O momento é tão preciosos que em três ocasiões o WebMotors tratou desse assunto, veja os momentos: Com que câmbio eu vou?, Guerra dos câmbios automáticos e automatizados e Consumidor descobre vantagens do câmbio automático.

Com uma média de 8 mil unidades emplacadas ao mês, o Renault Sandero que recebeu uma reestilização no início deste ano ganhou mais uma novidade. Trata-se da versão equipada com câmbio automático de quatro velocidades. O WebMotors rodou durante uma semana com a novidade e pôde concluir que: o automóvel é melhor que os modelos automatizados da Fiat e da Volkswagen e ao mesmo tempo o menos ágil das opções automáticas.

O motor que equipa o modelo denominado de Automatic é o mesmo que equipa as versões StepWay, a extinta GT Line. Trata-se do conjunto de 1,6 L, flexível em combustível, que oferece 107 cv gasolina a 5.750 rpm ou 112 cv álcool a 5.750 rpm. De acordo com a Renault, o Automatic acelera de 0 a 100 km/h em 11,7 s quando está abastecido com álcool e atinge a velocidade máxima de 171 km/h.

O extinto Renault Sandero GT Line que utiliza o mesmo motor de 16V atrelado ao câmbio manual registra de acordo com as medições da Renault, uma aceleração de 0 a 100Km/h em 10,2 s e a máxima de 181 km/h. Ou seja, o modelo automático tem uma leve defasagem de desempenho se comparado com o modelo equipado com câmbio manual. Como grau comparativo o GT Line registrava uma relação peso/potência de 9,7 kg/cv. Já o Automatic marca 9,6 kg/cv.

Conforme apontado no vídeo sobre o Guia de compra do Renault Sandero, a novidade chega como mais uma opção ao consumidor. A diferença do Sandero Privilège equipado com motor 1,6 L de 8 válvulas para o automático de 16 válvulas é de R$ 3,5 mil, total de R$ 43,90 mil.

Impressões do WebMotors ao dirigir o Sandero Automático

O Renault Sandero é um carro que agrada por oferecer excelente espaço interno e uma boa visibilidade. Outro ponto forte do hatch da francesa está na sua robustez. O calcanhar de Aquiles do modelo está no acabamento mediano e na ergonomia. No Sandero reformulado a Renault aplicou calhas nas portas mais resistentes, carpetes mais espessos no porta-malas e espumas entre o para-brisa dianteiro e o console. O resultado é sim um modelo aparentemente mais silencioso e requintado.

Outro item que melhorou e que é de série nas versões Privilège é o sistema de som. A fonte anterior era antiquada e nem oferecia entrada para USB. Porém, um detalhe que continua sem sal nas fontes da Renault é a recepção do sinal de FM.

Ao rodar com o Automatic é perceptível que falta uma velocidade a mais relação. Apesar dessa falta, as trocas são adequadas e não ocasionam trancos incoerentes. A agilidade não é o ponto forte desta versão, uma vez que as mudanças acabam sendo lentas. O consumo do Sandero foi um pouco diferente do apresentado no seu irmão extinto GT Line. Enquanto o manual, equipado com o mesmo motor do Automatic fez 8,9 km/l de álcool no circuito rodoviário e 7,4 km/l de etanol na cidade, o automático testado agora pelo WebMotors registrou 6 km/l de etanol e 11 km/l de gasolina. As duas situações de combustível foram aferidas no circuito urbano.

Automatizado ou automático?

Opinião do repórter:

Apesar de o esforço mútuo de fabricantes para que os robotizados e automatizados entrem no mercado com louvor, o sistema não é um milagre da ciência e nuca irá substituir os automáticos de verdade. Em uma amostra de 10 taxistas entrevistados que já tiveram modelos automatizados há oito infelizes com a compra. Eles reclamam tanto do robô do Meriva como do do Ideia. As principais reclamações são: embreagem que patina precocemente e da falta de força em determinadas subidas.

Para os motoristas mais leigos os automatizados não têm a opção parecida com o hill-holder e nem a embreagem para segurar o carro em determinadas situações, como em ladeiras, por exemplo. O mesmo ocorre em vagas mais precisas, onde você precisa só tirar o pé do freio para que o carro avance apenas aqueles milímetros. Já está em desenvolvimento na linha de pesados da Mercedes-Benz um motor elétrico para atuar junto do automatizado. De acordo com a fonte pesquisada pelo WebMotors o propulsor elétrico funcionaria como um atuador nas manobras específicas.

O câmbio automatizado é uma boa saída para eliminar o conversor de torque e deixar o carro menos manco, mas por ora não é a melhor saída. Outra crítica bem construtiva é o efeito do pêndulo ocasionado nas trocas de velocidades.



Veja os concorrentes do Sandero que custa R$ 43.900:

C3 1.6 Automático: R$ 48.310
Peugeot 207 Automático: R$ 48.590
Kia Picanto 1.0 Automático: R$ 39.900

Automatizados:

Volkswagen Fox 1.6 I-Motion: R$ 44.810
Volkswagen Gol 1.6 I-Motion: R$ 34.500
Fiat 1.6 Dualogic: R$ 39.230

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