Você viu aqui no WM1 que a Chevrolet acaba de oficializar a chegada do Tracker 2026 ao Brasil, com uma versão abaixo do teto de isenção para pessoas com deficiência (PcD) e preços que partem de R$ 119.900.
Mas o que mudou na prática? Neste começo de semana, rodamos com a configuração topo de linha Premier, que custa R$ 189.590. E confirmamos que o SUV continua apostando em equilíbrio - como a própria marca enxerga. Mas vale o registro: isso não significa que se destaque em alguma frente.
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Como ficou o Tracker 2026
O visual externo do Tracker foi levemente atualizado e agora segue a linha global da GM, com grade frontal redesenhada, faróis divididos e para-choques mais robustos.
A versão RS, agora topo de gama, continua com o visual esportivado. Mas causa estranheza na parte interna, com os bancos: a cor vermelha em contraste com a preta que forra o revestimento é controversa e tende a desagradar quem busca mais sofisticação ou conforto.
Já a Premier - a que avaliamos, cujo preço é R$ 1 mil mais em conta que o da RS - tem acabamento bacana e cabine mais sóbria que a versão RS. Mas fica o recado: assim como em várias características, há carros no segmento de SUVs compactos com nível de sofisticação superiores ao do Tracker.
Em resumo, o Tracker é aquele carro que vai bem em todas as investidas que faz, enquanto a maioria dos rivais se destaca por alguma virtude - ao mesmo tempo em que peca em outros pontos.
Cabine de SUV e motor valente
O espaço interno continua compatível com a proposta de um SUV compacto: bom para quatro adultos, com porta-malas suficiente para viagens curtas.
A multimídia agora é aquela com a nova interface da Chevrolet, presente nos últimos lançamentos da marca, e o carro oferece seis airbags como itens de série. O cockpit virtual só aparece a partir da versão LT, de R$ 154.090; e os recursos de auxílio à condução começam a surgir na LTZ, de R$ 169.490.
O desempenho do motor 1.2 turbo é decente, mas está longe de empolgar. Até ficou mais forte na linha 2026 - passou de 133 para 141 cv -, mas não faz do Tracker um carro "esperto". Para quem roda com calma, é mais do que suficiente. O câmbio automático de seis marchas também agrada.
Só que comparar com os rivais é inevitável: os motores turbo de Volkswagen (1.4 TSI), Hyundai (1.6 TGDi) e Honda (1.5 VTEC) entregam mais fôlego e refinamento. Na prática, dá para dizer que o 1.0 turbo da Fiat (T200) está mais próximo do conjunto que o Tracker oferece.
O consumo é razoável - nada que comprometa, mas também sem surpreender. Mais uma vez. Em nosso teste, com etanol no tanque, fizemos médias de 9 km/l na estrada. Mas é importante ponderar que estávamos em quatro pessoas no carro, com ar-condicionado ligado e porta-malas cheio.
O consumo oficial do Tracker 2026 com motor 1.2 registrado pelo Inmetro é 7,6 km/l na cidade e 9,7 km/l na estrada com etanol; e 11 km/l na cidade e 13,7 km/l na estrada com gasolina.
Conclusão
No geral, o Tracker 2026 cumpre o que promete: entrega um pouco de tudo que os fãs do segmento de SUVs compactos esperam. Sem grandes excessos, mas também sem se destacar em algum ponto específico.
É por isso que o preço de R$ 190 mil na versão Premier parece alto diante do que o carro oferece.
Em resumo, o Chevrolet Tracker 2026 é exatamente o SUV que a marca quer ter no mercado: um carro equilibrado, com visual renovado, equipamentos de segurança e tecnologia atualizados, e que joga de forma segura em desempenho e acabamento.
Ou seja, para quem busca um modelo confiável e versátil, o Chevrolet Tracker continua sendo uma escolha sólida.
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