Mas foram apenas rumores. Para espantá-los, a marca abriu a pré-venda de dois modelos no mês de novembro e, nesta semana, inaugurou sua primeira concessionária no país, no Rio de Janeiro (RJ). Segundo a Neta, o objetivo é chegar a 40 lojas até o final desse ano, espalhadas por 20 cidades.
Mas não podemos negar que os planos da empresa eram maiores - a meta inicial da Neta era abrir 70 concessionárias até o final desse ano, o que não vai acontecer. Joseph Zhu, gerente-geral da Neta no Brasil, não negou a crise lá fora, mas estimou que a marca conseguirá vender 6 mil carros no mercado brasileiro ainda este ano.
Quais são as armas da Neta?
Conforme já noticiado pelo WM1, a Neta Auto começou sua fase de pré-venda no fim do ano passado com dois modelos, embora no anúncio do meio do ano a ideia fosse começar com três. Esse terceiro seria um modelo chamado GT, rival do BYD Seal, mas também atrasou.Nesta semana, porém, veio a informação de que a marca não vai parar somente nesses três. Outros dois devem estrear esse ano, sendo que um deles já é conhecido: o Aya, de cinco lugares, que chegará para complementar a linha atual - que tem apenas a versão para quatro passageiros. Algo parecido com o que aconteceu com o BYD Dolphin Mini.
A segunda novidade é o possível lançamento do Neta L, um SUV eletrificado de autonomia estendida que levou o prêmio de carro do ano na China e será oferecido em versão 100% elétrica ou híbrida. O modelo promete rodar mais de mil quilômetros com um tanque. O foco é no consumo, justamente porque não há muita potência: apenas 197 cv.
Dessa forma, a marca espera encerrar o ano com o seguinte line-up:
- Neta Aya quatro lugares
- Neta X
- Neta GT
- Neta Aya cinco lugares
- Neta L
E a fábrica?
E veja só como tudo pode mudar. A Neta ainda revelou que não está certo se irá construir uma planta própria e exclusiva, ou se vai preferir encontrar parceiros para viabilizar a produção nacional de seus carros.Vale lembrar que várias empresas chinesas começaram a operar no Brasil em esquemas fechados com produtores uruguaios - e que, portanto, estão no Mercosul e não pagam imposto de importação. O passo seguinte seria começar a montar automóveis em solo brasileiro.
"Primeiro temos que aumentar as vendas. Mas precisamos, sim, considerar uma fábrica. Estamos fazendo estudos e negociando com parceiros, mas ainda não temos a decisão", diz Joseph Zhu. Alguns rumores de bastidores afirmam que a Neta estaria de olho na antiga fábrica da Troller que fica em Horizonte (CE). Nesse processo, uma empresa especializada em automóveis assumiria a planta cearense e faria carros em esquema CKD (que chegam prontos, mas desmontados). No entanto, a Neta seria apenas uma de outras marcas que fariam parte desse processo.
Dessa forma ou de outra, a marca já traçou seu plano: produzir carro em solo brasileiro até o primeiro semestre do ano que vem.
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