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Toyota toma decisão para não paralisar fábricas

Montadora estuda importar motores de outras unidades globais após tempestade afetar planta em Porto Feliz (SP)

por Nicole Santana

A Toyota revelou que busca alternativas para evitar a paralisação completa da produção de veículos no Brasil, e uma das alternativas é a importação de motores de outras unidades globais da marca.

A medida foi anunciada na quinta-feira (25/9) em virtude da destruição parcial da fábrica de motores na cidade de Porto Feliz, no interior de São Paulo, atingida por uma forte tempestade na última segunda-feira (22/9).

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Fábrica de motores da Toyota ficará paralisada por meses

Segundo a fabricante, o levantamento preliminar indica que a retomada das atividades em Porto Feliz pode levar meses, já que os danos estruturais foram severos.



Vale lembrar que essa planta é responsável por fabricar os motores que equipam os carros produzidos em Sorocaba (SP), onde são feitos o Corolla Cross e o Yaris para exportação. A planta também será responsável pela produção do Yaris Cross, que deve ter lançamento adiado por conta do desastre natural.

Os motores feitos em Porto Feliz também vão para Indaiatuba (SP), responsável pela produção do Corolla. Com isso, a paralisação da linha de motores impactou diretamente as outras duas unidades.


"Em uma primeira análise, a retomada da planta de motores deverá levar meses e, considerando essa situação, a empresa está buscando alternativas de fornecimento de motores junto a unidades da Toyota em outros países, com o objetivo de retomar a produção de veículos nas plantas de Sorocaba e Indaiatuba”, informou a montadora em comunicado oficial.

Veja também: Toyota GR Corolla: quem é o carro do vovô aqui?

O que aconteceu em com a fábrica da Toyota em Porto Feliz?

A tempestade atingiu a região por volta das 13h do dia 22 de setembro, com fortes chuvas e ventanias. A estrutura da fábrica de Porto Feliz foi seriamente comprometida, o que levou à interrupção imediata da produção.

Apesar da gravidade da situação, a Toyota informou que não houve vítimas fatais e que todos os colaboradores e prestadores de serviço estão bem.

Alguns trabalhadores chegaram a se ferir, mas, segundo a companhia, já estão em casa junto às famílias. "A segurança das pessoas é a prioridade da Toyota. Neste sentido, a empresa está acompanhando cuidadosamente a situação e oferecendo todo o suporte necessário", informou a montadora.

Um relatório detalhado dos danos ainda está em elaboração, mas a companhia adiantou que os reparos exigirão tempo e planejamento para que a planta possa voltar a operar em condições normais.




A unidade é fruto de investimento da ordem de R$ 580 milhões. É a primeira planta da fabricante a produzir propulsores na América Latina, tem capacidade para fazer 108 mil unidades por ano e conta com cerca de 700 colaboradores.

As negociações da Toyota com os sindicatos para a manutenção dos empregos

Diante do cenário, a Toyota abriu diálogo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) para discutir medidas que assegurem empregos e renda durante o período de paralisação.

Entre as alternativas em pauta estão férias coletivas, lay-off e outras ferramentas previstas em lei. Representantes da montadora se reuniram com a entidade sindical na quarta-feira (24/9).


“Nossa prioridade inicial foi assegurar o bem-estar de todos. Felizmente não tivemos fatalidades, e os trabalhadores que se feriram já estão em casa com suas famílias. Ainda não temos uma previsão para o retorno das atividades, mas estamos trabalhando para entender a extensão dos estragos e definir os próximos passos, sempre em diálogo com o sindicato”, afirmou Celso Simomura, responsável pela área de Recursos Humanos da Toyota.

A entidade também destacou que continuará informando a categoria e cobrando garantias de estabilidade. "Nossa atuação é para dar tranquilidade aos trabalhadores e às trabalhadoras. Podem ter certeza de que não mediremos esforços para garantir seus direitos", completou Ferreira.



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Próximos passos

Enquanto o levantamento de danos prossegue em Porto Feliz, a Toyota tenta acelerar a logística para importar motores e, assim, reduzir os impactos sobre as linhas de montagem de Sorocaba e Indaiatuba. Ainda não há previsão oficial para a normalização da produção, mas a empresa se diz confiante em superar o momento.

“Mesmo diante desse cenário desafiador, a Toyota do Brasil segue confiante na superação de todos os obstáculos para uma rápida recuperação de suas atividades de produção de motores e veículos no país”, concluiu a montadora, em nota.

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