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Civic ou HR-V? Sedã e SUV disputam a sua garagem

Em nosso duelo virtual com os modelos da Honda, mostramos onde cada carro se sai melhor

por Fernando Miragaya

Dizem que, depois das minivans, os sedãs foram os que mais sentiram o golpe a partir do momento em que os SUVs viraram os queridinhos do mercado. Porém, é preciso estar atento a vários detalhes para saber se o utilitário é mesmo a melhor opção.
Resolvemos fazer essa comparação dentro da mesma marca. Pegamos o Civic, um sedã médio consagrado, e o HR-V, SUV compacto dos mais elogiados dentro do segmento, para saber em quais quesitos cada um se sobressai dentro da linha Honda.
De um lado, a versão EX do Civic, que custa R$ 112.300 e usa o motor 2.0 aspirado. Do outro, o HR-V EXL, com preço de R$ 116.200 e unidade motriz 1.8, igualmente aspirada. Já adiantamos que eles são bem parecidos em muitos dos quesitos deste comparativo virtual.

Desempenho

Para quem quer uma tocada mais, digamos, esportiva, o Civic chama a atenção. Não que o 2.0 de 155/150 cv confira desempenho de bólido, mas o conhecido motor da Honda tem certa elasticidade e responde melhor em médias rotações.
O 1.8 de 139/140 cv do HR-V tem um comportamento mais pacato. Acelerações boas, porém suaves, e retomadas competentes. Além disso, o câmbio CVT do sedã com sete marchas simuladas pontua mais o desempenho e tem aletas para trocas sequenciais no volante, enquanto o do utilitário privilegia o conforto e praticamente nem se faz notar.

De qualquer forma, os dois se aproximam nas acelerações. O 0 a 100 km/h do Civic é feito em 10,9 segundos. O HR-V, por sua vez, precisa de 11,2 segundos para cumprir a mesma velocidade.
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No comportamento dinâmico, o Civic também se mostra mais firme. A direção elétrica é bem direta, com comunicação precisa com as rodas, e o carro aponta bem nas curvas. O SUV tem boa estabilidade, apesar do vão livre do solo maior, mas a proposta é mais para o conforto, com volante aliviado e respostas não tão imediatas.

Conforto

Aqui praticamente há um empate técnico. Os dois modelos são referência quando o assunto é conforto. Não obstante, costuma-se dizer que o HR-V é um SUV com comportamento de sedã. A posição mais alta de dirigir do jipinho urbano não cobra a conta, os bancos acomodam bem o corpo e a posição de dirigir é um dos destaques.
No Civic o motorista fica um pouco mais baixo - mesmo em relação a rivais do segmento de médios - e a ergonomia não é tão intuitiva como no companheiro de concessionária. O isolamento acústico do sedã, contudo, beira a perfeição e o motor roda suave abaixo das 2.000 rpm já a 100 km/h.
Curiosamente, no banco traseiro a sensação de espaço é maior no HR-V. Apesar de ser 2 cm mais largo, no Civic o teto baixo limita o vão para as cabeças. Em compensação, o sedã tem mais folgas para o joelho, apesar de o túnel da transmissão atrapalhar um pouco o conforto das pernas.

Em termos de suspensão, o três-volumes se vale de um jogo independente multibraço na traseira e calibragem levemente mais rígida. O sedã bsorve muito bem os impactos, mas o eixo de torção na parte de trás do HR-V também filtra de forma exemplar a buraqueira e preserva o corpo dos ocupantes de sacolejos desnecessários.
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O SUV optou pela suspensão semi-independente por questões de custo, mas também por razões de espaço. A geometria multilink na traseira iria comprometer o volume no porta-mala, um os destaques do HR-V na categoria de utilitários esportivos compactos, graças aos seus 437 litros. O do Civic, contudo, é bem mais espaçoso: 519 litros e ótimo vão de entrada.

Equipamentos

Na linha 2020, toda a gama do Civic passou a ter ar-condicionado automático, freio de estacionamento eletrônico, câmera de ré e rodas de liga leve aro 17". Esta variante EX é a versão intermediária entre as opções aspiradas do sedã e ganhou na mudança de ano/modelo retrovisor eletrocrômico, bancos de couro e sistema de som com oito alto-falantes.
Além disso, é equipado com seis airbags, controles de estabilidade, de tração e de subida, Isofix, monitoramento dos pneus, central multimídia com tela de 7" e conectividade com Apple CarPlay e Android Auto, controle de cruzeiro, aletas para trocas de marcha no volante e retrovisores rebatíveis eletricamente,

Já o HR-V EXL é o topo de linha aspirado - acima dele, só o Touring, com turbo e por mais de R$ 140 mil. Recebe basicamente os mesmos itens de segurança e conforto do sedã. Leva a mais o sensor de estacionamento dianteiro, enquanto a central multimídia tem roteador de wi-fi, GPS nativo e entrada HDMI.

Consumo e pós-venda

O HR-V se ressente da aerodinâmica pior que a do seu parente sedã na estrada. Segundo dados do Inmetro, o SUV faz médias rodoviárias de 8,6 km/l com álcool e de 12,3 km, quando abastecido com gasolina. O Civic, ainda beneficiado pela bastante longa sétima marcha simulada do seu câmbio, alcança respectivos 8,9 km/l e 13,0 km/l.
Na cidade, os papéis se invertem. O utilitário compacto registra médias de 7,7 km/l com etanol e de 11,0 km/l, com combustível fóssil. O sedã fica em 7,2 km/l e 10,5 km/l, respectivamente.

Na parte de manutenção, os dois têm fama de carros que não quebram. A garantia é a mesma (três anos) e o preço fixo das revisões obrigatórias é puxado - veja os valores (arredondados) de julho de 2020 com mão de obra inclusa e base São Paulo.

HR-V 1.8

Civic 2.0

Conclusão

Como dito, os dois são distintos na carroceria, mas se parecem muito na essência. O Civic é a pedida para quem gosta de sentir mais o carro e que frequentemente quer pegar a estrada para longas viagens. Já o HR-V é um típico citadino, confortável e prático, seja para ir e voltar do trabalho, seja para apenas fazer compras no shopping ou pegar os filhos no colégio.
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