Compass diesel x Commander flex: qual vale a pena?
Os dois modelos da Jeep têm preços parecidos, mas propostas diferentes. Qual deles é mais vantajoso para você?
O Jeep Commander foi lançado no fim do mês passado para ocupar o espaço que existia entre as versões topo de linha do Compass e o Grand Cherokee. O novo SUV de sete lugares é oferecido em duas configurações, que podem ser equipadas, cada uma delas, com motorizações turbo flex ou a diesel, o que totaliza quatro opções de compra.
Quando equipado com o motor 1.3 turbo flex, no entanto, o Jeep Commander invade a faixa de preços das versões mais caras do irmão menor Compass com propulsor turbodiesel. Mas, afinal, qual deles vale mais a pena; o Commander turbo flex ou o Compass turbodiesel?
Compass diesel x Commander flex
Dimensões
Ambos são construídos a partir da plataforma Small Wide Body, mas o Commander possui elementos estruturais concebidos para acomodar o entre-eixos 16 centímetros mais longos e as bitolas mais largas (distâncias entre as rodas de cada eixo).
Com isso, o Commander mede 4,77 metros de comprimento, 1,68 m de altura, 1,86 m de largura e 2,79 m de entre-eixos. O porta-malas acomoda 661 litros de bagagem ou 233 litros com a terceira fileira de bancos em uso. Já o peso em ordem de marcha varia entre 1.685 kg e 1.908 kg, de acordo com a versão.
Já o Compass tem 4,40 m de comprimento, 1,63 m de altura, 1,81 m de largura, 2,63 m de distância entre-eixos e porta-malas de 410 litros de capacidade. O peso não passa dos 1.790 kg na versão Trailhawk diesel, a mais equipada da gama.
Motorizações
A Jeep aproveitou no Commander os mesmos motores turbinados do Compass. O 1.3 turbo flex de quatro cilindros com injeção direta gera 180 cv de potência com gasolina ou 185 cv com etanol. O torque de 27,5 kgf.m é atingido com qualquer um dos combustíveis.
A exemplo do Compass, o Commander flex é vendido sempre com câmbio automático de seis marchas da Aisin e tração dianteira com o sistema de bloqueio eletrônico do diferencial, que confere maior aderência em pisos escorregadios.
O Compass diesel usa motorização 2.0 que entrega 170 cv de potência e torque de 35,8 kgf.m. O motor é sempre combinado à caixa automática ZF de nove velocidades e ao sistema de tração 4x4, em que a primeira marcha faz a função de reduzida. Portanto, o Compass turbodiesel entrega menos potência, mas tem maior torque que o Commander turboflex.
Vale destacar que o Commander turbodiesel utiliza o mesmo propulsor que o Compass. Mas o motor 2.0 passou por melhorias para lidar com o maior peso do SUV de sete lugares. Foram incorporados novos componentes e recalibração dos mapa de injeção do acelerador. Para atender às novas normas de emissões, o propulsor passa a utilizar o aditivo químico Arla 32, que transforma os gases expelidos pelo escapamento em substâncias menos nocivas ao meio ambiente.
O motor movido a diesel manteve os 170 cv de potência no Commander, mas o torque foi elevado de 35,7 kgf.m para 38,7 kg.fm a 1.750 rpm. Como ocorre no Compass, essa motorização é combinada à caixa automática ZF de nove velocidades e a tração é 4x4.
Equipamentos de Jeep Commander e Compass
O Compass Série S, com motorização turbo flex - R$ 203.490 (R$ 210.260/SP), é a versão que mais se aproxima do Commander em termos de equipamentos. Essa variante já sai de fábrica com o teto solar panorâmico, porta-malas com abertura elétrica, sistema de som Beats, central multimídia com tela de 10,1 polegadas e o pacote de assistências de condução (controle de cruzeiro adaptativo com frenagem de emergência, reconhecimento de placas de trânsito, sensor de mudança involuntária de faixa, faróis com acendimento automático do facho alto, sensor de fadiga do motorista).
Nas versões Limited e Trailhawk turbodiesel (ambas partem de R$ 226.990 / R$ 234.641 SP), as assistências ao condutor (R$ 9.900) e o teto solar (R$ 8.900) são oferecidos como opcionais. O Compass Limited ainda pode receber bancos revestidos de couro marrom (R$ 1.600).
Completas, as configurações Limited e Trailhawk tem custo de R$ 247.390 (R$ 255.041/SP) e R$ 245.790 (R$ 253.108/SP), respectivamente.
Já o Commander flex parte de R$ 199.990 (R$ 206.643/SP) na versão Limited e R$ 219.990 (R$ 227.308/SP) no caso da variante Overland. Ambas são equipadas com os itens citados acima. A diferença é que somente a Limited possui teto solar panorâmico, banco do passageiro com regulagem elétrica, sensor de fadiga do condutor e revestimento interno em couro e camurça com opção de tonalidade marrom.
Conclusão
As versões mais completas do Compass com motorização turbodiesel valem a pena para consumidores que rodam grandes distâncias anualmente e, por isso, necessitam de um veículo com maior autonomia – além da versatilidade da tração 4x4 para rodar em terrenos mais acidentados.
Fora isso, o Commander flex é uma opção mais vantajosa por já sair de fábrica com os equipamentos que são opcionais no Compass e com os dois lugares extras, que permitem levar até sete ocupantes.