A bateria do carro elétrico acabou. O que fazer?

Esses modelos não sofrem "pane seca" e processo de guincho pode ser mais complicado por falta de postos de abastecimento

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André Deliberato
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Ficar sem combustível no meio da rua, embora seja algo passível de multa, é algo comum de se ver, especialmente em veículos mais antigos, nos quais o ponteiro talvez não funcione mais. Mas e quando acaba a bateria de um carro elétrico? O que deve ser feito?

A resposta é praticamente a mesma: é preciso rebocar o carro para um ponto de abastecimento ou até a "tomada" mais próxima. É aí que começa o problema, já que mesmo em grandes metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro, ainda não há tantos locais assim para fazer a recarga.

Carro Elétrico Recarga F5
A recarga de EV pode até ser rápida (segundo a força do carregador), mas ainda há pouca estrutura
Crédito: Reprodução
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Remoção do carro elétrico

Mesmo que o procedimento seja relativamente simples (e também passível de multa se flagrado por um agente da CET, assim como acontece com os carros com motor a combustão), a remoção de um carro elétrico até a tomada de recarga pode ser mais demorada justamente pela pouca quantidade de postos de abastecimento.

De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o motorista do carro elétrico precisa ter ainda mais cautela justamente para que essa situação não aconteça.

Afinal, são poucos os lugares com pontos de recarga - e em muitos deles, como vagas específicas de shoppings, o caminhão do reboque simplesmente não consegue chegar.

 O Jaguar I-Pace, SUV elétrico de luxo, tem autonomia de aproximadamente 400 quilômetros. E se acabar?
Jaguar I-Pace
Legenda: O Jaguar I-Pace, SUV elétrico de luxo, tem autonomia de aproximadamente 400 quilômetros. E se acabar?
Crédito: Divulgação
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"A recomendação é ficar sempre ligado, pois o carro avisa quando a bateria está acabando. E mesmo quando 'acaba', na maioria deles não zera 100%. EVs têm uma artimanha para fazer o cliente não ficar na rua: aos poucos vai tirando potência do motor. O ideal é carregar até 90%, pois dificilmente a bateria chega a 100%, e circular entre esses 10% e 90% sem deixar o nível cair", explica a ABVE.

"O jeito é mudar a concepção que você tem de dirigir e ter parcimônia. É claro que se você atolar o pé ou usar muito o ar-condicionado, vai gastar mais. Mas se você conseguir usar a tecnologia de um carro elétrico, dosar o pé, souber recuperar energia pelo freio-motor... Ele vai entregar exatamente a autonomia no painel. A partir daí, o jeito é aprender a confiar", completa a entidade.

O BMW i3, carro elétrico de entrada da marca, tem um pequeno motor a combustão que ajuda na autonomia
Crédito: Divulgação
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Pane elétrica: procedimento é o mesmo?

Vamos ser francos: um carro elétrico pode "apagar" não só pela falta de energia da bateria, mas também por outros problemas técnicos, assim como um modelo movido por motor a combustão - além de ficar sem bateria pelo simples fato de ficar muito tempo parado, o que também acontece com telefones celulares e notebooks.

Nesse caso, a recomendação do Denatran e também da ABVE é exatamente a mesma: reboque o veículo diretamente para uma oficina capaz de atender e resolver o problema do veículo.

O procedimento de reboque é o mesmo que num carro normal?

Reportagem do WM1 já abordou o tema reboque de carro elétricoE explicou que esses veículos não podem ser rebocados como os modelos a combustão que param de funcionar por falhas mecânicas ou pane seca.

O resgate de um EV deve ser feito em guinchos do tipo plataforma, aquele em que o veículo vai em cima de um caminhão - o carro elétrico não pode ser puxado com duas rodas no chão.

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