Por que carro elétrico não pode ser rebocado?

Entenda por que veículos movidos a eletricidade não podem ser puxados como os carros a combustão

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Guilherme Silva
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Os carros elétricos ainda estão distantes da realidade da maioria dos brasileiros por serem consideravelmente mais caros que os modelos similares a combustão. Ainda assim, os modelos movidos a eletricidade vêm ganham cada vez mais espaço no país.

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Tesla Model X é rebocado como se deve: com as rodas suspensas
Crédito: Reprodução
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Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram 38.687 carros de passeio e comerciais leves elétricos e híbridos emplacados no Brasil entre janeiro e outubro de 2022. Ou 9,6% a mais do que em todo ano de 2021.

No entanto, os elétricos ainda geram muitas dúvidas, pois esse tipo de veículo possui algumas particularidades em sua operação.

Já mostramos aqui no WM1 dez das principais questões relacionadas aos modelos movidos a bateria, e agora explicaremos por que um carro elétrico não pode ser rebocado como um veículo convencional em caso de pane ou falta de carga na bateria.

Por que não se pode rebocar carros elétricos?

A limitada estrutura de recarga é o maior empecilho para os usuários de veículos elétricos no Brasil. Com exceção dos carregadores domésticos e dos pontos de recarga instalados em poucos locais públicos, o alcance desses veículos fica limitado ao uso majoritariamente urbano.

Devido à escassez de locais de recarga, viajar pela maior parte do território brasileiro com um veículo movido a eletricidade é uma adversidade que ainda vai levar algum tempo para ser superada.

Instruções da Tesla de como rebocar um carro elétrico
Crédito: Tesla
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Mas caso o carro elétrico fique sem carga para rodar, mesmo na cidade, é preciso saber que ele não pode ser rebocado como os veículos a combustão que param de funcionar por problemas mecânicos ou pane seca, por exemplo.

Isso acontece porque os carros elétricos não possuem o ponto neutro (ou morto) da embreagem, que existe nos veículos a combustão. O ponto neutro é o que faz a embreagem desconectar a transmissão do motor e deixa as rodas livres para girar, o que permite que o carro seja rebocado sem grandes problemas (com exceção daqueles dotados de sistema de tração nas quatro rodas).

Nos elétricos (ou na grande maioria deles), não existe o chamado ponto neutro pelo fato desses modelos não possuírem uma transmissão como os modelos a combustão.

Nos carros movidos a bateria, a função “N” serve apenas para desconectar os freios do motor para permitir que o veículo seja empurrado por alguns metros até um local seguro em caso de pane ou falta de carga nas baterias.

O resgate de um carro elétrico deve ser feito em guinchos do tipo plataforma, aquele em que o veículo vai em cima de um caminhão, e não puxado com duas rodas no chão.

Tesla Model S é rebocado
Crédito: Reprodução YouTube/DamienG
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Os fabricantes recomendam não rebocar os carros elétricos pelo elevado risco de danificar os freios regenerativos, entre outros componentes eletrônicos.

Nos modelos de tração dianteira, as rodas traseiras não movimentam o veículo, mas acionam o sistema que recupera parte da carga das baterias durante as frenagens. Nos de tração traseira, acontece o oposto: as rodas dianteiras não impulsionam o carro, porém, são responsáveis pela recarga parcial quando os freios são acionados.

Pode fazer “chupeta” em veículos elétricos?

Não. O procedimento usado para recarregar a bateria de 12 volts dos carros a combustão não é capaz de fornecer energia suficiente para abastecer a bateria principal de um veículo elétrico. Apenas o carregamento em tomadas domésticas de 220 volts ou em estações recarga apropriadas resolvem o problema da falta de energia.

Se um carro elétrico ficar sem carga na rua, o jeito é acionar o seguro ou um guincho particular (mas lembre-se que tem de ser do tipo plataforma) para levá-lo até um ponto de recarga específico para “abastecer” as baterias.

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