Presente na maioria dos carros vendidos no país, o câmbio automático é um dos itens mais requisitados pelos motoristas brasileiros nos últimos anos. Como já mostramos aqui no WM1 as vantagens e desvantagens da transmissão automática de conversor de torque, agora vamos falar sobre o câmbio CVT.
A sigla CVT é a abreviação para Continuously Variable Transmission, que significa transmissão continuamente variável, na tradução livre para o português.
Diferentemente do câmbio automático de conversor de torque, que é formado por um conjunto de engrenagens planetárias e possui um número determinado de marchas, a transmissão CVT tem uma concepção bem diferente. Esse sistema é composto por duas polias de diâmetros variáveis, ligadas por uma correia metálica de alta resistência. Uma das polias é ligada ao motor também por meio de um conversor de torque, enquanto a outra é atrelada ao diferencial para enviar a força do propulsor às rodas do veículo.
Conforme o diâmetro de uma das polias diminui, o da outra a aumenta. Sendo assim, a relação de transmissão dos eixos é alterada. Essa relação do diâmetro entre as polias e a variação da velocidade de rotação definem a força transmitida às rodas, e isso faz o motor funcionar a maior parte do tempo no regime ideal de rotações.
Dirigir um carro com câmbio CVT é praticamente igual a um modelo com transmissão automática de conversor de torque. O sistema também dispensa o pedal de embreagem e a sua manopla possui as mesmas funções: P (estacionar), D (dirigir), N (neutro), R (marcha à ré) e, às vezes, comandos como L (freio-motor) ou S (modo esportivo que prioriza o desempenho).
No entanto, o motorista percebe que o CVT não proporciona trocas perceptíveis de marcha, uma vez que as relações se alternam progressivamente conforme a movimentação das polias. Em alguns modelos, as montadoras até programam as suas transmissões CVT para que simulem trocas de marchas.
Uma curiosidade sobre o câmbio CVT é que o primeiro esboço de uma transmissão desse tipo foi idealizada por ninguém menos que Leonardo da Vinci. O conceito, obviamente, não era para um automóvel movido a combustão, mas sim para veículos de tração humana. O câmbio CVT só foi introduzido na indústria automotiva nos anos 1950, pela empresa holandesa DAF.
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