O ano começou e uma das primeiras responsabilidades dos proprietários de automóveis é pagar o Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA) do veículo para poder continuar rodando sem problemas. Além do IPVA, muitos outros tributos são cobrados nesse período. Então é necessário redobrar a atenção ao efetuar o pagamento dos boletos.
Hoje, o IPVA pode ser pago de forma online. Por causa dessa maneira mais fácil e prática, alguns indivíduos agem de má fé e os riscos de fraudes digitais aumentam, como os golpes do phishing e do boleto falso.
No golpe chamado de phishing, os criminosos enviam e-mails, SMS ou até mesmo mensagens pelo aplicativo WhatsApp se passando pelo Detran ou algum órgão regulador.
Quando a vítima clica no link, é direcionada a um site falso muito similar ao original. Então, após inseridos os dados, as informações são roubadas ou a vítima pode ser induzida a fazer o pagamento ali mesmo, por meio de QRCodes ou boletos fraudulentos.
“Esse golpe é muito comum, mas fácil de ser evitado. Antes de acessar algum link, é sempre importante verificar se na mensagem há erros de digitação, pontuação e se o domínio do e-mail é realmente da instituição ou empresa" - explica Márcio D'avila, consultor técnico e especialista em segurança digital da CertiSign.
Segundo ele, antes de navegar e inserir dados em um site, também é importante confirmar se a página é autêntica e se está segura com um certificado SSL/TLS.
"Essa confirmação é feita com um clique no cadeado no navegador, onde é possível ver as informações sobre o site em questão” - acrescenta Márcio D'avila
Apesar de ser possível efetuar o pagamento do IPVA pela internet, ainda há quem prefira pagar o bom e velho boleto impresso. E essas pessoas também podem ser vítimas de um golpe.
Os golpistas enviam boletos falsos por meio dos Correios, ou até mesmo por e-mail. Nesse tipo de golpe, a informação passada é que existe uma nova via de pagamento ou então que houve um erro na transação. Nestes casos, a fatura costuma ser bem parecida com a original, mas ali estão os dados da conta bancária de quem está aplicando o golpe.
É bom ficar atento para os dados contidos no boleto, como informações do recebedor. No Estado de São Paulo, por exemplo, o pagamento deve ser feito sempre via rede bancária ou diretamente no portal da Secretaria da Fazenda e Planejamento.
Além do phishing e do golpe do boleto falso, hoje os criminosos também usam as redes sociais e até ligações telefônicas para aplicar golpes. São criados perfis falsos em nome de órgãos oficiais e, por meio de ligações ou mensagens, são feitas tentativas de obter dados e fazer com que a vítima efetue o pagamento de boletos falsos.
"A isca, muitas vezes, são descontos para a quitação de multas e regularização do veículo. A comunicação tem sempre um tom de urgência, com uma vantagem muito boa para a vítima-alvo", alerta Márcio D'avila.