Cinco carros familiares que sobrevivem no Brasil
Apesar da "moda mundial" dos SUVs, modelos criados para situações cotidianas sobrevivem e oferecem conforto e desempenho
Durante muitos anos a tarefa de levar as crianças ao colégio, de levar as compras do mercado e de viajar com a patota de casa coube às station wagons, tradicionais carros familiares. Foram tempos gloriosos de modelos como Volkswagen Parati, Chevrolet Ipanema e muitas outras "peruas" que vieram depois.
Mas essas versões de modelos que originalmente eram hatches ou sedãs deram lugar às minivans. O consumidor brasileiro descobriu o espaço interno e a funcionalidade de modelos como Renault Scénic, Citroën Picasso e Chevrolet Zafira - que viraram uma febre.
Mas tudo tem início, meio e fim. E, embora depois tenham surgido outras minivans - inclusive maiores -, estas também caíram em desuso: o mercado nacional aderiu à moda mundial dos utilitários esportivos.
Pouca gente lembra, mas quem começou essa onda por aqui foi mesmo o Ford EcoSport, lá no ano de 2003. Demorou um pouco, mas as outras marcas aderiram progressivamente e hoje os chamados SUVs respondem por 44% das vendas no país, superando até as de modelos compactos.
Mas, apesar da moda dos SUVs, ainda existem modelos com proposta de uso muito familiar. O WM1 lista aqui cinco opções de carros familiares para quem não dá muita bola para tendências e quer mesmo é muito espaço interno para família e bagagens, seja no uso diário ou nas viagens de fim de semana. Os preços são do Catálogo 0 km da Webmotors.
Carros familiares que sobrevivem no Brasil:
Kia Carnival
A Kia Carnival é um dos últimos representantes no Brasil do segmento das minivans. Mesmo assim, é uma opção interessantíssima para aqueles com o orçamento (bem) mais folgado e que fazem questão de muito espaço.
Oferecido apenas na versão EX, com motor 3.5 V6 de 272 cv e câmbio automático de oito marchas, a Carnival sai por R$ 544.990 e leva oito ocupantes com bastante conforto, em uma cabine luxuosa e com vários equipamentos.
De série, a minivan tem itens como portas laterais com abertura e fechamento motorizados, ar-condicionado digital de três zonas e sistema de som premium Bose.
Chevrolet Spin
No mesmo espírito da Carnival, mas em um pacote mais econômico, está a Chevrolet Spin. É a única opção de carro brasileiro de sete lugares para quem não quer comprar um SUV.
Com preços que variam entre R$ 106.560 e R$ 131.490, a Spin é uma opção que se destaca pela combinação de preço acessível e ótimo espaço interno. Além das versões para sete passageiros, a linha também tem configurações de cinco lugares, com um porta-malas de ótimos 710 litros.
Com espaço de sobra, a Spin é indicada para motoristas sem pressa. O motor é o veterano 1.8 8V de 111 cv, combinado com um câmbio automático de seis marchas.
Peugeot Expert
Fiat Cronos
O fim das peruas foi cruel com aqueles que precisam de um automóvel acessível para levar a família. Afinal, entre os veículos zero-quilômetro abaixo de R$ 100 mil, só restaram os sedãs compactos como opções de carros familiares com grandes porta-malas.
Com um bagageiro com capacidade de 525 litros - o maior entre os sedãs médios e compactos -, o Fiat Cronos é uma opção interessante para quem precisa de muito espaço para as compras ou para as malas da família.
Com preços entre R$ 82.698 e R$ 103.417, usa os motores 1.0 e 1.3 Firefly. Este último propulsor, aliás, pode ser combinado com um câmbio automático CVT. É a configuração que testamos recentemente aqui no WM1.
Honda City Hatchback
Diferentemente do que acontece em outros mercados, os hatches compactos no Brasil não ficam restritos ao uso nas cidades. Esse mesmo automóvel precisa ser capaz, também, e levar a família em uma viagem.
Para aqueles que querem um compacto capaz de fazer tudo, uma opção é o Honda City Hatchback, com preços que variam entre R$ 121.200 e R$ 130.700. O espaço no banco traseiro é um dos pontos fortes do modelo, embora o porta-malas leve apenas 268 litros.
Por outro lado, o City Hatchback herdou do Fit o sistema de bancos modulares que permite transformar a cabine em um amplo espaço para cargas. Ótima alternativa para os casos em que a família é composta por um casal sem filhos.