Eclipse Cross: 3 motivos para ter e 3 para não ter

SUV médio é super recheado, tem motor turbo e mudou de visual para melhor na última atualização. Vale fechar o negócio?

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André Deliberato
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Você já deve ter ouvido falar do Mitsubishi Eclipse Cross, SUV médio que foi lançado no Brasil em 2018 - à época ainda importado - e resgatou o nome do clássico cupê esportivo de sucesso dos anos 1990.

Hoje feito no Brasil, ele custa entre R$ 190.990 e R$ 237.990 e tem como proposta oferecer um conjunto mecânico confiável e eficiente a compradores das versões mais caras de Jeep Compass, Volkswagen Taos, Ford Territory e Toyota Corolla Cross, entre outros.

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Para muitos, ele até briga para conquistar clientes de SUVs seminovos de marcas premium. Seu maior diferencial para isso é o sistema de tração 4x4 - que, no entanto, só se faz presente na versão mais cara, a HPE-S S-AWC, que em São Paulo (onde os preços são mais altos) custa R$ 245.861 e quase encosta nos R$ 250 mil.

Em resumo, assim como todos os carros à venda no Brasil, ele tem pontos positivos e outros que não são tão bacanas. Para te ajudar a saber se vale ou não a pena investir em um Eclipse Cross, reunimos abaixo três razões para ter um, e três para dispensá-lo.

Razões para comprar um Eclipse Cross

1. Fôlego de sobra graças ao turbo

O carro anda bem. É movido por um conjunto turbinado de 1,5 litro, da família Mivec de motores da Mitsubishi (que, em tradução direta, significa que o conjunto tem comando de válvulas variável), capaz de entregar bons 165 cv e 25,5 kgf.m de torque - exatamente os mesmos números do excelente conjunto THP (turbo de alta pressão) feito pela PSA em parceria com a BMW.

Além disso, o câmbio CVT que simula oito marchas é muito bem calibrado para o SUV, que consegue rodar com tranquilidade nos modos de direção tradicionais e com mais fôlego e com respostas mais espertas quando o motorista quiser mais esportividade.

Em registros oficiais, de acordo com o Inmetro, o Eclipse Cross consegue fazer 9,1 km/l na cidade e 11,2 km/l na estrada, sempre com gasolina no tanque, já que não é flex.

2. Bom espaço interno e porta-malas

O carro é espaçoso. Com 4,41 m de comprimento, 1,81 m de largura, 1,69 m de altura e 2,67 m de entre-eixos (um Jeep Compass tem 4,40 m, 1,82 m, 1,63 m e 2,64 m, respectivamente) e porta-malas com 473 litros de capacidade (o Compass tem 410 litros), o Eclipse Cross é um SUV médio com uma das maiores capacidades de espaço e bagageiro do segmento.

3. Design reformulado

O design controverso do Eclipse Cross lançado em 2018 mudou para melhor na última atualização. A frente sempre foi linda - e continua -, mas a traseira trazia um quê de Pontiac Aztek, que foi "resolvido" com a reestilização feita no começo deste ano.

Agora, reparem nas imagens exclusivas do WM1 nesta reportagem. A frente hiper-futurista dá ao SUV um aspecto de sofisticação e modernidade; a traseira não encanta como a parte frontal, mas agora não joga contra como fazia antes. E isso pode ser crucial na hora da decisão de fechar a compra.

O Mitsubishi Eclipse Cross mudou - para melhor - o design da traseira. Você gostou?
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Motivos para não comprar um Eclipse Cross

1. Preço

É caro. Pagar quase R$ 250 mil na versão mais completa é doloroso, ainda mais quando lembramos que por essa faixa de valor é possível encontrar carros com projetos mais novos, mais bem equipados e com preços mais atraentes - como Ford Bronco Sport e opções seminovas de Audi Q3, BMW X1 e X2 e até de alguns carros da Volvo, dependendo do ano.

Em contrapartida, joga a favor do Eclipse Cross toda a confiança que existe sobre os modelos de uma marca japonesa tão tradicional e o fato de ser feito no Brasil, em Catalão (GO), diferentemente da maioria dos rivais.

2. Projeto defasado

Apesar de ter sido lançado por aqui em 2018 e ganhado produção nacional no ano seguinte, em 2019, o Eclipse Cross já mostra certa idade. Seu projeto de construção é de 2017, mas vale dizer que seus protótipos começaram a surgir em salões internacionais no já longínquo ano de 2013.

Isso significa que muitas de suas soluções tecnológicas, que começaram a ser pensadas no ano do surgimento de seu primeiro protótipo, já estão quase completando uma década.

Apesar de muitos carros do segmento terem idade parecida ou serem até mais velhos, como o Jeep Compass, por exemplo, isso pesa contra na busca de quem procura um carro tecnológico e moderno.

Volkswagen Taos, Ford Bronco Sport e os Caoa Chery Tiggo 7 e Tiggo 8, por exemplo, têm soluções muito mais modernas em vários sentidos, já que são bem mais "novos".

3. Equipamentos

Apesar de ser bem recheado, alguns equipamentos mais modernos fazem falta - algo que acontece justamente pelo que foi dito no tópico acima.

A central multimídia, por exemplo, até tem conexão com CarPlay e Android Auto (só por fio, claro), mas pode ser considerada pequena para os padrões atuais. E cadê o carregador de celular sem fio, tão comum hoje em dia até em carros mais baratos?

Outra coisa: o Eclipse Cross tem sistema de monitoramento de pontos cegos e de prevenção de aceleração involuntária com frenagem automática, o que é ótimo, mas o piloto automático é simples, quase como um limitador de velocidade, e não tem função adaptativa ou corretor automático de volante no caso de escapadas de faixa (há avisos, mas somente sonoros).

O Mitsubishi Eclipse Cross tem tem tradição de sobra, mas seu projeto já é relativamente antigo
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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