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CNH de moto: o que fazer para ter
Até então, quem desejava pilotar motocicletas precisava cumprir uma carga horária mínima de aulas teóricas e práticas em centros credenciados - assim como quem quer dirigir carros, caminhões etc.Com a nova regra, agora, o candidato poderá se preparar de forma independente, realizar cursos online gratuitos e optar por aulas práticas com instrutores autônomos credenciados pelos Detrans.
Há uma exigência mínima de aulas práticas, mas que foi reduzida de 20 horas para 2 horas.
O processo para motos
Para obter a CNH tipo A, o candidato deverá abrir o processo diretamente pelo site do Ministério dos Transportes ou pelo app da Carteira Digital de Trânsito.As aulas teóricas ainda existem, mas deixarão de ser obrigatórias em autoescolas e poderão ser feitas online. Já as práticas podem ser realizadas com instrutores independentes ou até com motocicleta própria, desde que ela atenda às exigências de segurança estabelecidas pelo Detran.
Apesar da flexibilização, os exames teórico e prático aplicados pelos órgãos de trânsito continuarão obrigatórios. O governo diz que o rigor das provas será mantido para garantir que só candidatos aptos recebam a habilitação.
O custo para tirar a CNH de moto, que hoje varia entre R$ 2 mil e R$ 3 mil, deve cair significativamente. Estimativas apontam para redução de até 80% nos gastos, já que o candidato não precisa mais arcar com pacotes completos de aulas em autoescolas.
Segurança e críticas
Especialistas em trânsito, porém, têm alertado para o risco de reduzir a carga horária prática de forma tão drástica.Segundo eles, há preocupação de que motociclistas iniciantes, sem treinamento adequado, possam estar mais vulneráveis em vias urbanas.
O governo, por sua vez, tem sua posição e defende que a tecnologia e os exames oficiais continuarão sendo filtros essenciais para garantir a segurança.
Expansão e próximos passos
A resolução entra em vigor após publicação no Diário Oficial da União e deve ser implementada pelos Detrans estaduais ao longo de 2026.A expectativa é que o novo modelo amplie o número de motociclistas regularizados e ainda reduza a quantidade de pilotos sem habilitação, que hoje é estimada em milhões de pessoas em todo o país.
Com essa mudança, o Brasil adota um modelo mais flexível e digital para formação de pilotos e de motoristas, alinhado às demandas econômicas e sociais atuais.
Desse modo, para motociclistas, a CNH tipo A passa a ser mais acessível, sem ter a barreira financeira das autoescolas, mas com o mesmo desafio de aprovação nos exames oficiais.
E você, caro leitor, o que achou da nova lei?
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