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Haojue DL 160: aceleramos a novidade - e gostamos!

Crossover lançada essa semana exibe desempenho satisfatório e, principalmente, pilotagem confortável. Confira nosso ride

por Roberto Dutra

O caro leitor viu aqui todos os detalhes da Haojue DL 160, modelo lançado essa semana pela marca chinesa no mercado brasileiro - onde é representada pela J.Toledo da Amazônia/JTZ Motos. Agora é hora de contar como é pilotar essa moto.
Antes de tudo, posso adiantar: a DL 160 tem tudo para dar o que falar e se tornar uma das motos mais vendidas da marca no país - senão a mais vendida. Entenda a seguir os motivos.
Nosso test-ride foi relativamente curto e rápido: em torno de 15 quilômetros em área urbana, na cidade de Jundiaí (SP) - onde fica a sede da J.Toledo da Amazônia/JTZ Motos. Mas já pudemos ver bem algumas características da moto.
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Visual é imponente

A primeira impressão, visual, foi positiva: a moto exibe design interessante e coerente com o apelido de "mini-V-Strom", pela semelhança estética com a trail da Suzuki - principalmente na parte dianteira. E, mais bacana, é "inspirada" sem parecer uma simples cópia.  Pode não ser linda, mas tem personalidade com seus faróis sobrepostos verticalmente e o "corpo" esguio, mas imponente, com especial atenção à rabeta arrebitada - o que é destacado pelo para-lama distante do pneu.
A DL 160 não tem aparência de moto simples ou genérica. O banco é bonito, a pintura aparente qualidade e o acabamento, em geral, é bom. Só não curti o adesivo "Haojue" nas lateais do tanque, que achei grandes demais. Apenas um detalhe.

Ao subir na moto, a impressão foi de "vestir" uma roupa feita sob medida. O corpo encaixou certinho e os pés e os braços encontraram naturalmente as pedaleiras e o guidão. Ponto positivo.
Saímos para o ride e logo descobri uma moto leve e muitíssimo fácil de pilotar. Ágil, muito maneável e que responde bem às mudanças de trajetória. O guidão um pouco mais alto e estreito do que costumo ver na maioria das motos de baixa cilindrada é ótimo e facilita as ações - inclusive transitar nos corredores, por entre os carros.
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O banco me transmitiu sensação de maciez e conforto anatômico, mas vale ressaltar que só fiquei ali por cerca de meia-hora. Para rodagem diurna por horas a fio, pode ser que canse. O excelente encaixe dos joelhos nas laterais abauladas do tanque chamou minha atenção: ajuda muito a pilotar em posição relaxada e confortável.

Painel tem dois modos de "brilho"

À minha frente o bonito painel pareceu, num primeiro momento, ser bem visível. Mas liguei a iluminação da moto (farol etc) e entrou outro modo de exibição (diurno), menos brilhante e de visualização mais difícil sob a forte luz do sol. Sim, surpresa: a DL 160 tem comutador de farol, que não liga automaticamente no pós-partida como na imensa maioria das motos atualmente.

Outra deficiência que vi na DL 160 surgiu nos espelhos retrovisores. Embora tenha hastes de ótimo tamanho, que permitem boa retrovisão - acima de cotovelos e dos ombros -, as lentes distorcem a imagem. Faltou alguma qualidade ali.

Motor responde satisfatoriamente

As respostas do motor de 160 cm³, injetado e refrigerado a ar, são as esperadas. Não há milagre com 14,9 cv de potência e 1,4 kgfm de torque. Mas reage bem em todas as faixas de giros e exibe respostas até vigorosas - e satisfatórias para o ambiente urbano, que é seu lugar. A DL 160 não é um canhão, mas também não é "manca". Por fim, apesar de ser algo áspero, exibe níveis de ruído e de vibrações discretos, que não incomodam.
A embreagem é extremamente macia e o câmbio de cinco marchas não exigiu esforços nas trocas de marchas, embora os engates não tenham sido exatamente suaves. De toda forma, em nenhum momento foram incômodos.
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Experimentações rápidas de mudança de trajetória e de frenagens de emergência mostraram que a DL 160 é uma moto realmente agradável de pilotar: não dá sustos e obedece bem, curvando e freando com a necessária eficiência - sem impressionar e sem decepcionar. Em resumo, é uma moto muito equilibrada.
As suspensões, por sua vez, surpreenderam positivamente: absorveram muito bem as imperfeições do piso. Principalmente a traseira, composta por um monochoque com sete ajustes na pré-carga.

Conclusão: gostinho de quero mais...

Sim. Ao fim do ride, eu outros jornalistas especializados presentes do evento concordamos que a Haojue DL 160 é um produto muito interessante e eficiente em sua proposta. Criada para o uso diário na cidade, é extremamente adequada a isso.
Acredito que será mais procurada para mobilidade urbana, no ir e vir diário. Não vejo tanto como moto para uso no trabalho - mais pelo preço do que pelo desempenho. Mas quem comprá-la para a ralação sem dúvida terá uma moto confortável, leve, ágil e eficiente. E, em teoria, até superior às best-sellers do segmento.

A DL 160 foi um raro caso de moto de baixa cilindrada que me deixou com gostinho de quero mais: eu daria mais umas voltas com ela feliz da vida.

Ficha Técnica - Haojue DL 160

Preço: R$ 21.470 (mais frete e seguro) Cores: Azul, vermelha, preta fosca e preta brilho Motor: monocilíndrico, refrigerado a ar e injetado, com 162 cm³, 14,9 cv de potência a 8.000 rpm e 1,4 kgfm de torque a 6.500 rpm Transmissão: câmbio de cinco marchas com secundária por corrente Suspensões: dianteira convencional com tubos telescópicos e traseira monochoque com sete ajustes na pré-carga Freios: a disco com ABS nas duas rodas Pneus: 100/80 R17 na frente e 130/70 R17 atrás Dimensões: 2,02 metros de comprimento, 75,5 cm de largura, 1,19 m de altura e 1,34 m de distância entre-eixos. Distância livre do solo de 16 cm e banco a 79,5 cm do solo Peso: 149,5 quilos em ordem de marcha Tanque: 13 litros
Oferta Relacionada: Marca:HAOJUE Modelo:NK-150-ABS

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