Mas não foi só isso. O Honda ADV também sofreu outras mudanças na parte mecânica, passou por alterações no design - discretas, é verdade - e ainda ganhou novo painel de instrumentos com mais funções. Enfim, até pode ser considerado uma nova geração! Vamos por partes...
O novo motor do Honda ADV
O novo motor de 160 cm³ do ADV não é tão novo assim. Já equipa há um par de anos o PCX 160, que antes, assim como o ADV, também era 150 cm³. Como o antecessor, é monocilíndrico, refrigerado a água, tem quatro válvulas e comando simples no cabeçote.O aumento de 149 cm³ para 156 cm³ (com diâmetro maior e curso mais curto) é relativamente inexpressivo, mas vem acompanhando de outros ajustes que ajudam a fazer diferença.
Por exemplo, este novo motor tem a tecnologia enhanced Smart Power Plus (eSP+). Em uma explicação simples, exibe menos atritos internos e, por isso, é bem mais eficiente em todos os aspectos.
Por exemplo, a potência máxima subiu 21% e o torque, 5%. Agora são 16 cv a 8.500 rpm, contra 13,2 cv na mesma rotação; e 1,49 kgf.m a 6.500 rpm, ante 1,31 kgf.m, também na mesma faixa de giros. Acredite: 2,8 cv e 0,18 kgf.m fazem uma boa diferença em um scooter, mesmo que seu peso tenha aumentado - agora são 128 quilos, apenas um quilinho a mais que antes.
Outras características do novo motor são diferentes das do antecessor: por exemplo, o cabeçote é outro, a corrente de comando tem tensor hidráulico, há uma maior distância entre o filtro de ar e o tubo de admissão, e ainda outra ponteira de escape. Por fim, a taxa de compressão passou de 10,6:1 para 12,0:1.
Importante ressaltar que o ADV também ganhou controle de tração, um eficiente recurso de segurança que antes não tinha. E que, no ADV, pode ser desligado - o que também é bom, já que teoricamente é um scooter destinado, eventualmente, a "aventuras" em estradas de terra. O modelo também tem sistema start/stop, mas esse recurso já existia antes - e também pode ser desativado.
Por fim, o ADV também exibe agora um novo chassi. É o mesmo do PCX 160, e só mudam os pontos de fixação das pedaleiras e do novo motor.
As suspensões do ADV também mudaram?
Sim e não. Sim porque os dois amortecedores traseiros Showa com reservatórios externos de óleo foram reposicionados e ficaram mais verticais. Mas não porque são as mesmas peças de antes, assim como os telescópicos dianteiros. Os cursos mais curtos que o desejável permaneceram os de antes: 13 cm na frente e 11 cm atrás.Os freios do ADV não mudaram nadinha: disco na frente e atrás, mas com ABS somente na frente - e sem possibilidade de desligamento.
O que mudou no design do Honda ADV?
À primeira vista, nada parece ter mudado. Mas quem tiver olhos de águia verá que as carenagens frontal e laterais têm novo desenho - mais largas na frente e mais esguias nos lados. Além disso, o para-lama dianteiro, a ponteira do escape e a cobertura do radiador do sistema de arrefecimento têm desenho inédito.Os faróis, lanternas e piscas são os mesmos de antes. E, cá entre nós, nem precisavam mudar - são bonitos e eficientes.
Mais acima, o para-brisa também é novo. Tem desenho discretamente diferente de antes, 2 cm a mais na altura e manteve os ajuste com duas opções de altura, cuja variação é de 7,5 cm - maior que antes.
Atrás dele vemos um novo painel. Novo? Mais ou menos. É o mesmo de antes, mas com layout interno diferente e mais funções.
Agora, incorpora um conta-giros, luz de monitoramento do controle de tração e um bacana comando multifuncional, que parece um mini-joystick, destinado a selecionar e operar diversas funções - como hodômetros total e dois parciais, o próprio controle de tração e os monitoramentos de consumo.
Já o banco foi redesenhado: ficou 1,5 cm mais próximo do solo, agora com 78 cm de distância, e mais estreito na parte anterior. Desta forma, facilitará a condução por pilotos e pilotas de menor estatura. E o espaço sob o assento ganhou dois litros de capacidade - agora são 29 litros, e cabe até um capacete fechado (dependendo do tamanho e de não ter acessórios aerodinâmicos).
Funcionalidade reforçada
Além do espaço aumentado sob o assento, mais três recursos reforçam a funcionalidade do ADV: a nova chave presencial, um novo suporte para a tampa do bocal de combustível e a nova tomadinha USB-C no porta-luvas, onde antes era uma tomadinha 12 Volts.A nova chave inclusive aciona o alarme do scooter, e sua função pode ser desligada para economizar bateria. Já o suporte da tampa do bocal evita que você tenha botá-la sobre a plataforma ou mesmo no banco. E a tomadinha vem de encontro a tempos mais modernos - embora a de 12 Volts com um adaptador fosse até mais versátil.
Por fim, o Honda ADV manteve o mesmo tanque de combustível de antes. A capacidade é de oito litros, que proporciona uma autonomia teórica de 292 quilômetros - segundo o Inmetro, o consumo médio do modelo é de 36,5 km/l.
Mas, na prática o ADV faz mais do que isso. Duvida? Então confira nossas impressões de pilotagem aqui!
O Honda ADV 160 2025 é oferecido nas cores vermelha e prata metálica. O preço público sugerido é R$ 24.534. Antes, custava R$ 23.060.
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