Moto com cara de moto: clássicas são uma tentação

Bonitas, charmosas, confortáveis, vigorosas e pouco visadas: já pensou em uma "retrô" para acelerar em duas rodas?

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Roberto Dutra
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A chegada da linha 2024 das motos Royal Enfield Interceptor 650 e Continental GT 650, anunciada essa semana, reforçou um segmento que muitas vezes não é muito lembrado por quem está pensando em comprar motos: o das clássicas, ou "retrô".

Motos com cara de moto: clássicas são uma tentação

São motos bonitas, charmosas, confortáveis e com desempenho coerente com sua proposta - ainda que umas sejam mais fortes que as outras. Além disso, têm a vantagem de ser muito menos visadas do que nakeds, esportivas e, principalmente, as trail e big trail.

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Royal Enfield Interceptor Barcelona Blue Destaque motos
A Royal Enfield Interceptor 650 é uma ótima opção de moto retrô com preço acessível
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Outra virtude dessas motos é a versatilidade: independentemente do tamanho e da potência, podem ser usadas tanto na cidade, no dia a dia, quanto em viagens - nesse caso, eventualmente pedirão um acessório ou outro, para reforçar o conforto. Coisas como bancos melhores, bolsas laterais e encostos para garupa. Ou seja, nada de outro mundo, nem difícil de achar nem com preço absurdo.

Falando em preço, a manutenção dessas motos também costuma ser descomplicada e relativamente acessível. São motores de dois ou três cilindros em linha, que raramente dão problemas desde que sejam bem cuidados, e cujos insumos normais - óleos, filtros, pastilhas de freio e afins - são fáceis de comprar.

Bmw R12 1 motos
A BMW R12 deverá chegar ao mercado brasileiro no segundo semestre deste ano
Crédito: Divulgação
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Além das Royal Enfield Interceptor e Continental GT 650, o segmento também será reforçado, mais adiante, pela BMW R12. A moto chegará ao país no segundo semestre e ampliará as opções para quem curte essa pegada "vintage".

Motos clássicas: opções não faltam

Quase todos os modelos disponíveis no mercado brasileiro têm média cilindrada. A exceção é a Royal Enfield Classic 350 - irmã quase gêmea da Meteor 350 e da Hunter 350. Como é única, de baixa cilindrada e naturalmente mais barata que as médias, não vamos incluí-la nessa nossa "análise de clássicas".

Porém, as opções "retrô" mais baratas são justamente da marca inglesa com fábrica na Índia: Interceptor 650 e a Continental GT 650, que inclusive compartilham muitos componentes. Não por acaso, são chamadas de "twins" - "gêmeas", em inglês.

Royal Enfield Continental Gt Apex Grey
A Royal Enfield Continental GT compartilha componentes com a Interceptor, mas é uma cafe racer
Crédito: Divulgação
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Ambas têm visual bem clássico, sendo a Interceptor mais tradicional e a Continental GT mais cafe racer. A duas têm o mesmo motor bicilíndrico refrigerado a ar, que entrega satisfatórios 47 cv de potência com 5,2 kgf.m de torque. O câmbio tem seis marchas.

As duas só não têm muitas modernidades - que se limitam a ABS nos freios e farol de LED. Mas são uma boa porta de entrada para o "mundo retrô" inclusive pelos preços, que na linha 2024 partem de R$ 28.900 e R$ 30.900, respectivamente.

Inglesas tradicionais

Mas as clássicas mais conhecidas e, eventualmente, desejadas, são mesmo as da Triumph - mais especificamente as Bonneville. A linha, hoje, é composta por nada menos que oito modelos: Speed Twin 900 (R$ 54.490), Bonneville T100 (R$ 56.490), Scrambler 900 (R$ 56.490), Bonneville T120 Black (R$ 62.690), Speed Twin 1200 (R$ 64.690), Scrambler 1200 (R$ 72.990), Bonneville Bobber (R$ 66.690) e Bonneville Speedmaster (R$ 66.690).

Os preços são mais altos que os das Royal Enfield, mas as Triumph têm mais tecnologia embarcada - o que justifica a diferença nos valores. Algumas dessas Triumph têm, por exemplo, modos de pilotagem, controle de tração, ABS, freios Brembo, embreagem assistida e intervalos de manutenção de 16 mil quilômetros.

A linha Triumph Bonneville é icônica entre as retrô. Acima, a T120 Blue Stealth Edition 2024
Crédito: Divulgação
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Resumidamente, a T100 é a mais clássica da turma, com seu tanque gorducho, pintura bicolor, visual bem "vintage" e motor bicilíndrico em linha de 900 cm³, que rende 65 cv com 9 kgf.m de torque. O ponto fraco é o câmbio, que infelizmente tem apenas cinco marchas - essa T100 já anda muito, e pede uma sexta marcha.

Já a T120 Black tem motor maior, de 1.200 cm³, 80 cv e 11 kgf.m, e o câmbio de seis marchas. Como diz o próprio nome, é toda pintada na cor preta, com o toque retrô dado pelo banco marrom caramelo. A Bobber é a moto "egoísta" da turma, pois só tem banco e pedaleiras para o piloto, enquanto a bonita Speedmaster tem uma pegada quase custom - é mais comprida, tem bancos em degrau e escapes mais vistosos, entre outros detalhes.

As Speed Twin também são clássicas, mas com um aspecto um pouco mais modernoso. Já as Scrambler, como entrega o próprio nome, têm pitadas de moto clássica, mas com uma proposta de uso mais misto - por isso, são mais altas, com suspensões elevadas e um certo gostinho trail.

As japonesas também fazem bonito

Quem prefere as japonesas às inglesas, porém, não fica órfão. A Kawasaki vende no Brasil as belas e excepcionais Z 650 RS e Z 900 RS. Ambas têm a mesma proposta: são "motos com cara de moto", à moda dos modelos dos anos 70 e 80. Como nos modelos citados acima, das outras marcas, têm farolzão redondo, guidão discretamente alto e painel com relógios analógicos - no caso dessas duas "japas", com um display digital no meio.

A Kawasaki Z 650 RS é outro exemplo de versatilidade: vai bem na cidade e na estrada
Crédito: Ricardo Rollo/Webmotors
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A Z 650 RS usa aquele motor bem conhecido por nós: o bicilíndrico em linha refrigerado a água de 649 cm³ que também está na custom Vulcan 650S, na esportiva Ninja 650, na crossover Versys 650 e na naked Z 650. São 68 cv de potência e 6,7 kgf.m de torque que garantem uma boa dose de diversão. Preço: R$ 47.990.

Já quem prefere acelerar forte deve subir o degrau e partir para a Z 900 RS, que tem visual semelhante - mas em proporções naturalmente maiores - e motorzão de 948 cm³ que despeja 109 cv de potência e 9,7 kgf.m de torque na roda traseira. Embreagem assistida e deslizante, controle de tração e ABS são alguns dos quitutes a bordo dessa pérola de duas rodas. A Z 900 RS custa R$ 64.990.

A Kawasaki Z 900 RS é pra quem curte motos vintage, mas com desempenho bem forte
Crédito: Divulgação
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Enfim, existem muitas razões para que uma "retrô" seja levada em consideração por quem está pensando em comprar uma moto de média cilindrada. Como todas são interessantes, mas  cada uma tem sua personalidade, suas especificações e seus baratos, recomendamos fazer um test-ride na sua preferida para ter certeza de que está fazendo uma boa compra.

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