A diferença desta R7 para as outras integrantes da família - inclusive a antecessora R6 - é que seu motor não terá quatro cilindros em linha, mas o mesmo bicilíndrico de 689 cm³ usado na MT-07.
Confira ofertas de Yamaha 0 km, seminovas e usadas na Webmotors!
Embora possa parecer estranho - essas esportivas quase sempre têm motores quatro-em-linha -, a ideia é reforçar a presença no segmento das esportivas de média cilindrada do mercado americano com um preço atraente. Afinal, as bicilíndricas usam menos peças e têm montagem mais simples. Com menor custo de produção, chegam ao consumidor por valores menores.
Para o mercado brasileiro a notícia é interessante por vários motivos. Aqui a Yamaha não tem uma esportiva média, os modelos disponíveis para esse segmento são poucos e, se fosse montada no Brasil, compartilharia componentes e logística com a MT-07, que já é feita em Manaus (AM) - o que poderia gerar um preço atraente.
E o desempenho?
Sempre se pode argumentar que, com dois cilindros, o desempenho de uma moto destas não será a mesma coisa do proporcionado pelos modelos com motores maiores. Sim, é fato. Mas atualmente essa distância não é tão grande e fatores como custo e emissões se tornaram extremamente preponderantes.A própria MT-07 é um bom exemplo: é uma bicilíndrica com 74,8 cv de potência e 8,3 kgf.m de torque para seus 183 quilos, enquanto o quatro-em-linha da rival CB 650R Neo Sports Café, por exemplo, rende 88,4 cv e 6,13 kgf.m para 191 quilos de peso. Ou seja, a moto da Honda certamente terá velocidade final superior. Porém, como tem menos torque e mais peso, a moto da Yamaha arranca na frente.
Resultado: como quem busca esportivas nessa faixa de cilindrada costuma priorizar as acelerações, a Yamaha R7 poderá atender a seus anseios. E, no degrau acima, quem busca velocidade final vai atrás das esportivas ou naked de alta cilindrada.
Uma pitada de história
A Yamaha R7 original tinha motor de quatro cilindros e 750 cm³. Foi uma série especial criada em 1998 para permitir a homologação de um modelo de competição, desenvolvido especialmente para brigar com as V-Twins cada vez mais presentes no Campeonato Mundial de Superbike - então na temporada de 1999.Já a R7 "de rua" tinha 106 cv de potência a 11.000 rpm e torque de 7,4 kgf.m a 9.000 rpm. As suspensões eram Öhlins, sendo as dianteiras invertidas e a traseira bichoque com piggy-back (reservatórios de gás pressurizado) e ajustes na pré-carga, compressão e retorno. Pesava 176 quilos a seco e chegava à velocidade máxima de 278 km/h.
Vale destacar que a nova R7 não será apenas uma MT-07 carenada. É provável que tenha muitos componentes próprios ou bem modificados, como chassi, suspensões, freios, rodas e mapeamento eletrônico - este, inclusive, poderá elevar a potência do motor para encostar nos 90 cv. A moto deverá ser lançada nos Estados Unidos ainda este ano, mas já como linha 2022.
Comentários