A importância do uso do cinto traseiro no carro

No Maio Amarelo, veja porque o dispositivo é fundamental para a segurança de todos os ocupantes do veículo

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Fernando Miragaya
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A cena é mais do que comum: motoristas com o cinto enquanto os passageiros do banco de trás estão soltos. O péssimo hábito põe em risco não apenas a segurança dos caronas, mas também a integridade física de quem viaja na frente. Esse é o tema de segurança de hoje no mês de campanha do Maio Amarelo.

Estudo da National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), um dos principais órgãos de segurança viária do mundo e a principal agência norte-americana para o assunto, resume bem: o uso do cinto de segurança no banco traseiro reduz o risco de morte em um acidente em até 43%.

"Há uma falsa impressão de que a pessoa que se senta no banco traseiro está mais segura. As mesmas forças físicas que ocorrem em um acidente no banco da frente, ocorrem no banco de trás. Numa desaceleração brusca, o ocupante se movimenta para cima contra o teto e para a frente, contra a parte posterior do banco", adverte Flavio Adura, diretor Científico da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).

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A questão é pura física. Em uma eventual batida de carro a uma velocidade de 60 km/h, o corpo da pessoa que viaja atrás será projetado para frente. Sem o dispositivo de segurança, o passageiro se chocará com os bancos dianteiros.

Impacto de um elefante

Só que essa mesma pessoa vira um "elefante". Se ela tiver 80 kg, por exemplo, seu peso será elevado a quase 1,2 tonelada devido à intensidade do deslocamento. A força é tamanha que pode quebrar o banco dianteiro e espremer o motorista e o carona da frente contra volante e painel.

Além disso, ainda numa colisão frontal, o corpo do ocupante do banco traseiro também pode ser deslocado para cima - o eixo traseiro costuma levantar em uma batida de frente. Desse modo, o passageiro pode bater a cabeça no teto e ainda continuar sendo deslocado para a frente.

Outro estudo científico, este da revista britânica Lancet, uma das principais publicações médicas do mundo, mostrou que não usar o cinto no banco de trás aumenta em cinco vezes o risco de morte do ocupante do banco da frente. A pesquisa foi baseada em 300 mil acidentes graves registrados no Reino Unido.

Ao mesmo tempo, levantamento da Abramet destaca que não é só a mortalidade que pode ser reduzida com o cinto no banco de trás. O uso do dispositivo também se revela eficaz na diminuição da gravidade de ferimentos: ele diminui em 60% as lesões na coluna, 56% na cabeça, 45% no tórax e 40% no abdome.

Multa

É bom lembrar que o não uso do cinto de segurança no banco de trás, além de risco à segurança, também constitui infração grave, segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Ou seja: multa de R$ 195,23 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

 

 

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