Mas é justamente nesse último ponto que a Anfavea acha que o Brasil pode melhorar. No acumulado do ano, de janeiro a julho de 2019, o número de autoveículos (incluindo carros de passeios, comerciais leves, caminhões e ônibus) é 15,3% menor que o de 2018.
Reflexo da crise argentina
Os números baixos estão diretamente conectados à crise econômica que abala a Argentina. De acordo com a Anfavea, o Brasil tem 63,1% de participação no mercado de carros dos "hermanos" e isso reflete diretamente nas baixas registradas este ano.
Segundo Luiz Carlos Moraes, é justamente o "altíssimo custo-Brasil" que atrapalha as montadoras de expandirem as ofertas para outros países e serem mais competitivas. "Temos apenas duas ou três operadoras de telefone; temos somente três ou quatro companhias aéreas; mas temos 66 fábricas em nosso país, em 10 estados e 42 cidades. Isso significa 2.176 modelos e versões", explica, deixando claro que há espaço crescer para outros lugares.
"Nosso otimismo é moderado. Temos que ter cuidado, mas existem elementos na economia atual que podem impulsionar um segundo semestre melhor", completa Moraes. Entre os elementos, segundo ele, estão a aprovação da Reforma da Previdência e a recente queda da Selic, a taxa básica de juros.
Comentários