Audi RS e-tron GT tem lugar especial na história

Esportivo custa R$ 949.990 e é o modelo de produção mais potente da história da marca alemã

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Lukas Kenji
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Fevereiro, 2021. A Audi apresenta globalmente o e-tron GT, esportivo 100% elétrico que chegou como o modelo de produção em linha mais potente da história da marca na variante RS. Maio, 2021. O gran turismo é apresentado no Brasil, com direito a teste-drive na pista.

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Audi RS e-tron GT chama a atenção pela estética e também por sua performance ímpar
Crédito: Divulgação
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Embora o intervalo entre a avant-premierè mundial e a apresentação ao público brasileiro seja de três meses, o modelo chegará às garagens dos primeiros felizardos a partir de setembro. Aliás, isso vale somente para o Audi RS e-tron GT, que já está em regime de pré-venda e virá por importação direta ao custo de R$ 949.990. Já a versão padrão do elétrico só deve ser comercializada por aqui no ano que vem.

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Quem puder ter o contato com o superesportivo, já pode ficar ansioso a partir de agora. Cada segundo a bordo da máquina produzida em Neckarsulm, Alemanha, é um transbordar de alegria. Não é exagero dizer que o modelo tem tudo para conquistar o coração dos mais puristas que ainda insistem em torcer o nariz para a tecnologia elétrica.

Embora compartilhe diversos elementos com o Porsche Taycan, o Audi tem personalidade desde o refinamento estético até a performance ímpar. De cara, o deslumbramento é fatal diante do sedã com estilo de fastback, que ataca com faróis de LED Matrix com tecnologia a laser, com alcance e desempenho mais satisfatório.

Eles combinam com a grade cunhada de 'Singleframe'. Embora seja fechada, algo comum em elétrico, tem superfície em colmeia e pode ser personalizada, assim como vários outros elementos do carro, desde capa dos retrovisores, pinças de freio e acabamento interno até o teto, que pode ser de fibra de carbono.

Mas é a parte traseira que mais causa encantamento. Não só pela sensual caída de teto, mas também por conta das lanternas ligadas por uma faixa de LED animada. Que o Taycan não nos ouça, mas o primo da Audi tem sex appeal mais apelativo.

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Caída de teto do Audi RS e-tron GT é um charme que combina com as lanternas ligadas por uma faixa de LED
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Por dentro, no entanto, o RS e-tron GT não apresenta elementos diferenciais. Como um todo, o ambiente com console levemente inclinado ao motorista remete a outros modelos da linha RS. O gran turismo não tem, por exemplo, duas telas correspondentes à central multimídia, algo que está presente no SUV e-tron.

Mas é claro que o requinte está presente em cada peça. Além de couro sintético e alumínio, há acabamento em material de microfibra que imita a aveludada Alcantara.

Sem medo de ser feliz

O refinamento estético que permeia todos os cantos do carro combina com a capacidade performática. O gran turismo nos entrega tudo. Desde uma patada arrebatadora graças aos 88,7 kgf.m de torque instantâneos até um equilíbrio absurdo para fazer curvas sem medo de ser feliz.

Para isso, o esportivo se vale da característica natural da maioria dos elétricos, que carregam as baterias na parte central da carroceria, o que abaixa o centro de gravidade. Além disso, há outros aspectos mais rebuscados, como o eixo traseiro esterçante, derivado do Taycan. Outras características em comum entre os dois são plataforma, motores, transmissão, além de 40% das peças estruturais.

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Com 88,7 kgf.m de torque instantâneos, o modelo também oferece um equilíbrio absurdo para fazer curvas
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Aliás, tanto motor quanto transmissão possuem dois núcleos que são dispostos em cada eixo, o que confere ainda mais equilíbrio ao carro.

No e-tron GT padrão, há entrega de 476 cv de potência, enquanto a opção RS despeja 598 cv. Com overboost, o rendimento sobe para 648 cv, um recorde na história da Audi em relação a modelos de produção em linha. No modo Dynamic, com controle de tração desligado, o gran turismo sai da inércia rumo aos 100 km/h em 3,3 segundos.

Isso significa que o modelo é um décimo de segundo mais lento em relação ao Audi R8 e seu brutal motor V10. Em comparação ao Taycan, a diferença é de meio segundo de vantagem para o Porsche.

Espinha congelada

Mas nos exercícios feitos em pista foi possível cumprir com a distância em 3,1 segundos. Se o corpo já estava suando frio após duas voltas no comando do elétrico, a espinha congelou de vez ao colar o pedal da direta no assoalho.

Também foi interessante constatar a mudança de comportamento do modelo em relação aos modos de direção. É verdade que o RS e-tron GT não carrega as opções de pista inerentes ao R8. Mas o modo Dynamic já desliga os controles de tração e é capaz de abaixar o acerto de suspensão em nome da aerodinâmica. Pela primeira vez, um Audi conta com suspensão pneumática com três câmaras por amortecedor.

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O superesportivo entrega 476 cv de potência, e com o overboost o rendimento alcança 648 cv
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Os seletores de condução alteram não só parâmetros de desempenho esportivo, mas também a capacidade de autonomia do carro que pode rodar até 476 quilômetros, sendo que as baterias podem ser carregadas completamente em 23 minutos, em um sistema de recarga super-rápido. Aliás, isso só é possível graças a outro predicado derivado do Taycan, o sistema elétrico de 800 volts.

Mas o conjunto de recarga residencial é de 11,5 kWh. Isso significa que a carga completa feita em casa deve ser cumprida em torno de oito horas. Esse aparato, chamado de Wallbox, está incluso no valor do veículo e é instalado na casa do cliente.

Apesar das diversas menções ao Porsche Taycan, não há como negar a personalidade do Audi RS e-tron GT. Cada um tem sua peculiaridade para agradar todos os gostos dos apaixonados por carro.

Ícone elétrico

O representante das quatro argolas tem tudo para ser lembrado como um dos modelos mais icônicos da história da montadora. Ele é confortável, sob o ponto de vista de um gran turismo, mas também feroz, diante de uma ótica mais performática.

O RS e-tron GT mostra ainda que a tecnologia elétrica pode ser vista não só como uma característica, mas, sobretudo, como uma qualidade de um esportivo. Veículos desse tipo carregam como premissa estrutural coeficiente de arrasto mínimo, equilíbrio diante da posição de elementos como bateria, motores e transmissão, além da capacidade de entregar toda a potência de maneira imediata.

Audi RS e-tron GT é um elétrico de tirar o fôlego - oferta garantida de diversão
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A única diferença mais aguda em relação a super carros a combustão está na atmosfera sonora. Mesmo que o e-tron GT carregue um simulador que emite ruídos focados nos passageiros e no público externo, a experiência ainda não chega perto de um ronco natural de um motor a gasolina.

Mas isso não é um problema. É prova de que a tecnologia automotiva chegou ao delicioso patamar de termos máquinas insanas como o brutal R8, capazes de conviverem em harmonia com um elétrico de tirar o fôlego como o Audi RS e-tron GT. Oferta de diversão é o que não falta.

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