Os testes envolvem rodagem em condições cotidianas e visa simular todas as possibilidades a serem enfrentadas nas ruas antes de chegar aos veículos da marca. Sem emitir CO2, esses protótipos - chamados de BMW i Hydrogen Next - são elétricos e utilizam o hidrogênio como combustível primário que, por sua vez, é convertido em energia elétrica dentro de uma célula de combustível.
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BMW movido a hidrogênio solta vapor d'água
O recém-lançado programa de testes, de acordo com a própria empresa, vai "pavimentar o caminho para que a marca apresente uma gama de modelos dotados dessa tecnologia". A tecnologia de célula de combustível de hidrogênio tem potencial de longo prazo para complementar os motores de combustão interna, sistemas híbridos plug-in e veículos elétricos a bateria convencionais.E, na visão da empresa, essa tecnologia pode se tornar uma alternativa atraente aos veículos elétricos a bateria - especialmente para clientes que não têm acesso à infraestrutura de carregamento ou àqueles que dirigem por longas distâncias.
Como o tanque de combustível de um modelo de motor de combustão, o compartimento de hidrogênio do protótipo BMW i Hydrogen Next pode ser abastecido entre três e quatro minutos, tempo que garante uma autonomia de centenas de quilômetros - em todas as condições climáticas, segundo a empresa.
Diversão é item de série
Engana-se quem acha que um BMW movido a célula de combustível de hidrogênio será chocho. "Muito pelo contrário", garante a empresa. Segundo o comunicado, a dinâmica de direção típica da marca fornecida pelo trem de força elétrico gera nada menos que 374 cv.O sistema de propulsão do BMW i Hydrogen Next combina a tecnologia de célula de combustível com a BMW eDrive de quinta geração - que já pode ser experimentada no recém-apresentado iX3 e em breve no iX e i4. A energia é gerada na célula a combustível como resultado de uma reação química entre o hidrogênio transportado pelo veículo e o oxigênio do ar.
Um conversor localizado abaixo da célula de combustível ajusta a voltagem para a do motor elétrico, que alimenta o veículo. A energia armazenada em uma bateria também é usada para manobras de aceleração dinâmica e pequenas explosões de velocidade para ultrapassagens. Como resultado, o sistema oferece os 374 cv - que corresponde à potência do motor a gasolina de seis cilindros mais forte utilizado atualmente pelos modelos BMW.
O hidrogênio necessário para abastecer a célula a combustível é armazenado em dois tanques de 700 bar feitos de resina reforçada com fibra de carbono, que juntos suportam até 6 kg de hidrogênio. Sua reação é controlada com o oxigênio na célula de combustível - que a partir daí gera eletricidade. Como resultado, o que sai do escapamento dos modelos é nada mais que... vapor d’água.
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