CEO da Renault: Boreal não é um Bigster adaptado

O CEO do Grupo Renault, Fabrice Cambolive, refutou a ideia de que o SUV Boreal seja apenas uma adaptação do Dacia Bigster para o mercado brasileiro. "Ele tem design completamente diferente. O interior também. É outro carro", afirmou o executivo em jantar com jornalistas, do qual o WM1 foi o único veículo de imprensa brasileiro presente.

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O Boreal será apresentado globalmente no dia 10 de julho, na cidade de São Paulo (SP). Segundo Cambolive, será o modelo mais moderno da história da Renault a ser produzido no Brasil, na fábrica localizada em São José dos Pinhais (PR), a partir do segundo semestre de 2025. Parte da produção será destinada à exportação para o mercado latino-americano, e o SUV será comercializado em 70 países ao todo.

Havia a expectativa de que o Boreal tivesse um projeto mais alinhado ao do Bigster, a exemplo do que ocorre com o Kardian em relação ao Sandero Stepway europeu. No entanto, apenas o porte dos utilitários é semelhante, já que ambos usam a plataforma CMF-B (chamada no Brasil de RGMP). Assim, podemos esperar um veículo com 4,60 m de comprimento, 2,70 m de entre-eixos e um porta-malas com capacidade superior a 550 litros.

Uma fonte ligada à Renault informou ao WM1 que os únicos componentes em comum entre Boreal e Bigster são os vidros.

Já o conjunto mecânico terá como base o motor 1.3 turboflex de três cilindros desenvolvido pela Horse, empresa do Grupo Renault. É o mesmo propulsor de 165 cv (HR13) que equipa o Duster nacional, combinado a uma transmissão automática CVT que simula oito marchas.

Em design, apenas a solução de maçanetas traseiras embutidas na coluna deve ser mantida em relação ao Bigster, que é essencialmente uma versão alongada do Duster europeu.

A dianteira do Boreal deve seguir a identidade visual da marca, com faróis afilados, grade ampla e para-choque com linhas horizontais, características presentes em SUVs como Austral, Espace e Rafale.

Na traseira, a expectativa é que tenha linhas marcantes e lanternas delgadas, inspiradas no SUV compacto Symbioz.

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Em relação ao interior, ainda há poucas informações. Caso siga o padrão dos modelos mais recentes da Renault — superiores aos da Dacia em acabamento —, podemos esperar uma cabine espaçosa, com console central elevado e telas digitais voltadas para o motorista. No Brasil, o Megane E-Tech representa bem essa proposta.

O Boreal será a estreia da Renault no segmento "C" no Brasil - que é capitaneado por Toyota Corolla Cross, Jeep Compass, Volkswagen Taos e Caoa Chery Tiggo 7.

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