Neste Dia de Finados, o WM1 já lembrou os carros que saíram de linha em 2021 no Brasil. Agora vamos recordar dez carros que viveram pouco tempo no nosso mercado. Entre uma curta passagem de uma fabricante ou mesmo um período de vida considerado pequeno para um automóvel, selecionamos abaixo dez modelos que foram vendidos nos últimos anos e que talvez pouca gente se lembre.
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Durante uma fase em que a GM teve seis sedãs em linha ao mesmo tempo (Classic, Sonic, Astra, Cruze, Malibu e Ômega), o modelo com passagem mais rápida por aqui foi o Malibu, entre 2010 e 2012. A importação dos Estados Unidos não conseguia fazer com que o sedã tivesse preço para fazer frente ao maior rival: o Ford Fusion, que vinha do México.
A Volkswagen teve, no final da década de 2000, um conversível que era a cara do Polo. Para quem não se lembra, essa foi a história nacional do Eos, modelo que foi importado de Portugal (onde era produzido) entre 2009 e 2010 e teve pouco mais de 100 unidades emplacadas em nosso país. Era caro (custava R$ 150 mil), tinha só dois lugares e usava o motor 2.0 TSI, que para ele rendia 200 cv.
Foram duas gerações, uma nos anos 1990 e outra agora, na última década. Ambas tiveram tempo de mercado relativamente pequeno - principalmente a segunda, ilustrada nesta reportagem. O Swift foi um modelo que teve carroceria hatch e sedã na 1ª geração e que se tornou esportivo na segunda, que durou quase três anos por aqui (entre agosto de 2014 e fevereiro de 2017). Importado do Japão, o carro era divertido e usava motor 1.6 aspirado de 142 cv.
A passagem do SUV compacto Tivoli, da SsangYong, pelo Brasil foi marcante de tão pequena e por isso entra na nossa lista de carros que viveram pouco no nosso mercado. A marca coreana, que passou a ser controlada pela indiana Mahindra na década passada, tentou engrenar uma volta ao mercado brasileiro com uma linha de produtos em que o Tivoli estava incluído - como carro-chefe, inclusive. Algumas unidades foram emplacadas, mas a marca desistiu do retorno.
Apesar de ser um carro excelente, o Altima não vingou. Lançado em novembro de 2013, chegava dos Estados Unidos com uma farta lista de equipamentos de segurança, ótimos 2,77 m de entre-eixos e acabamento refinado. Com motor 2.5 16V de 182 cv e câmbio do tipo CVT, bebia pouco e rodava suave. Não emplacou como a Nissan queria, mas faz sucesso no mercado de usados.
Importado dos EUA, o SUV chegou em 2013 com banca pelos 5,11 metros de comprimento e mais de 3 m de entre-eixos. Sob o capô, usava o Pentastar V6 de 286 cv. Tinha tração 4x4, câmbio automático de cinco marchas, sete lugares e lista de equipamentos bem farta. Mas não vendia nada, por isso está na a seleta lista de carros que viveram pouco no Brasil. No último ano de sua importação do modelo, em 2015, a caixa de cinco marchas deu lugar a uma mais moderna, de oito velocidades, e o motor ficou mais forte - relembre nosso teste com o Dodge Durango.
O Chery S-18 chegou de maneira quieta em 2012 e logo de cara teve um problema grave nos freios durante testes de revistas especializadas. Com o recall - que também foi feito de modo silencioso por parte da fabricante - e as consequências dessa falha, nunca fez sucesso, vendeu pouco mais de 1.500 unidades e "morreu" antes de completar dois anos. Tinha motor 1.3 de 90 cv.
A variante familiar do Hyundai i30 foi mais uma estratégia do Grupo Caoa, importador da marca, para tentar aliviar a fila de espera que havia para se adquirir o i30 hatch no começo da década passada. Usava o mesmo motor do irmão (um 2.0 de 145 cv) e tinha câmbio automático de seis marchas. A CW, de "Cross Wagon", ainda tinha 5 cm a mais de entre-eixos que o i30 convencional e era completinha.
Começou a ser importado da França em junho de 2012 para encarar modelos de luxo, como Mercedes Classe C, Audi A4 e BMW Série 3. Para tal, se valia do desenho instigante e de espaço de sobra a bordo. O problema é que o motor era o 1.6 THP de 165 cv, o mesmo que equipava modelos menores. Mas para quem quer carro espaçoso - 2,81 m de entre-eixos - equipado e requintado, vale uma pesquisada.
Foram só três anos e certamente um baixo número de vendas - com certeza muito menos do que a Ford esperava. O Edge ST começou a ser importado no final de 2018, após ser apresentado naquele que seria o último Salão do Automóvel de São Paulo (pelo menos até agora). Com assinatura de linha esportiva, usava motor V6 biturbo de 2,7 litros e 335 cv e fazia o 0-100 km/h em 6,6 s.