A falta no abastecimento dos semicondutores afetou a indústria automobilística mundial em 2021. No Brasil, o impacto da escassez do componente foi notório, mas agora quantificado em números. Mais de 345 mil unidades de veículos deixaram de ser produzidas na cadeia automotiva brasileira no ano passado por causa da crise dos chips.
Os dados são da Auto Forecast Solutions (AFS), consultoria dos EUA que monitora mais de 400 fábricas no mundo. Por aqui, a crise dos chips paralisou ou reduziu o ritmo de produção de 15 linhas de montagem de nove marcas. O problema mais "famoso" foi o da General Motors em Gravataí (RS): a fabricação do Onix e do Onix Plus foi interrompida por quatro meses.
Vale lembrar que a crise dos chips é uma das razões para a escalada de preços dos veículos. Afinal, faltou carro 0 km nas concessionárias, as filas de espera aumentaram e isso forçou uma alta nas tabelas. Além disso, com pouca oferta de novo, os seminovos também valorizaram.
Pelo levantamento da AFS, com estes 345 mil carros que deixaram de ser feitos no Brasil, a produção teria atingido 2,42 milhões de veículos leves - com base nos dados consolidados da Anfavea, a entidade que reúne os fabricantes no país. Desta forma, teríamos aumento de 27% na produção na comparação com 2020.
Em todo o mundo, a crise dos chips afetou 10,2 milhões de unidades veículos leves. Outro estudo, desta vez da consultoria AlixPartners, já havia apontado que a falta dos semicondutores gerou um prejuízo estimado de US$ 210 bilhões (quase R$ 1,4 trilhão na cotação de 20 de janeiro).



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