Duster manterá bom custo-benefício e será híbrido

A próxima geração do Duster vai manter a estratégia que acompanha o utilitário esportivo desde os seus primórdios. O modelo continuará com seu bom custo-benefício, com preço de compacto e espaço de médio, e pegada robusta para aquela escapada para a estrada de terra inocente. Porém, com uma importante estreia tecnológica: terá versões híbridas.

Algumas novidades sobre a futura terceira geração do Duster foram adiantadas pelo diretor global de Produto da Dacia, a marca romena da Renault responsável pelo SUV. Em entrevista ao site britânico Autocar, Julien Ferry afirmou que o modelo continuará sendo um veículo "simples" e versátil, capaz de trafegar em rodovias e estradas de terra.

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O executivo deixou claro que o novo Duster vai melhorar suas aptidões off-road, especialmente nas variantes 4x4. Apesar de salientar que a linha vai continuar com a vocação principal para o asfalto e de estar longe de ser um modelo "jipeiro". "Será o melhor off-road não especializado em sua categoria", disse Ferry ao portal britânico.

Plataforma global

Ao que tudo indica, e pelas pretensões já anunciadas pela Dacia em outro momento, o novo Duster vai usar a plataforma CMF-B, que serve ao Sandero europeu e que é usada pela aliança global formada por Renault, Nissan e Mitsubishi. Desta forma, a mídia europeia aposta em variantes híbridas, uma vez que esta arquitetura tem derivações eletrificadas que já são usadas no Captur Hybrid plug-in que roda no continente.

Sobre o design, o Duster deve se inspirar em elementos do Bigster, o carro-conceito mostrado pela Dacia em 2020 que dará origem a um SUV de sete lugares. Porém, as dimensões não devem fugir muito do modelo atual, que manterá a lógica de porte médio, mas que briga no segmento de compactos.

E o Duster no Brasil?

A atual geração do Duster fabricada em São José dos Pinhais (PR) foi remodelada em março de 2020. Diante das novas estratégias divulgadas pela Renault, de focar em modelos com maior valor agregado, é certo que o SUV será mantido em linha, mas deve ganhar esta nova geração no Brasil só em 2024. Já uma versão híbrida dependerá muito dos investimentos que a matriz esteja disposta a fazer em um mercado com planejamento ainda indefinido sobre eletrificação.

Hoje, o Duster é vendido em quatro versões, com preços de R$ 94.690 a R$ 113.090 e sempre com motor 1.6. A linha, contudo, ganhará configurações mais caras com o novo 1.3 turboflex de 170 cv que estreou no irmão de plataforma Captur. Dentro da nova estratégia da marca francesa para a América Latina, as linhas Sandero e Logan é que devem rodar e dar lugar a um utilitário esportivo baseado no Kiger para ficar entre as gamas Kwid e Duster.