O segmento de carros elétricos está cada vez mais popular no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), em 2025 foram vendidos 191.644 carros eletrificados, somando todas as tecnologias disponíveis. E a frota brasileira já ultrapassa 512 mil veículos, distribuídos da seguinte forma:
PHEV (híbridos plug-in): 34%
BEV (100% elétricos): 28%
HEV Flex: 15%
HEV: 8%
MHEV (híbridos leves): 7%
MHEV 12 Volts: 6%
MHEV 48 Volts: 2%
Mesmo com esse crescimento, muitos consumidores ainda têm dúvidas sobre como funcionam os carros eletrificados, sua manutenção, segurança e recarga.
Para ajudar, reunimos nove perguntas frequentes com respostas detalhadas da ABVE, que podem esclarecer esses pontos e facilitar a decisão de compra.
Segundo a ABVE, é possível trocar apenas um módulo da bateria ou o pack completo, dependendo do dano. As baterias de carros elétricos são divididas em módulos, então muitas vezes não é necessário substituir tudo.
Não necessariamente. Embora a tecnologia avançada dos elétricos possa gerar preços um pouco maiores, comparando modelos equivalentes, o seguro não é mais caro. Muitos veículos eletrificados já vêm com itens de segurança e conforto que em carros a combustão custariam mais caro.
Nenhum veículo é projetado para atravessar enchentes profundas, sejam elétricos ou a combustão. A ABVE alerta: se a água ultrapassar a altura do cubo da roda, não é seguro atravessar. O cuidado deve ser o mesmo que você teria com qualquer carro nessas condições.
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Na verdade, é mais barata. Veículos elétricos têm menos peças móveis: não há óleo, velas, filtros, correias ou fluidos de transmissão. O motor elétrico tem menos partes sujeitas a desgastes, reduzindo a necessidade de manutenção e o custo a longo prazo.
Não, isso é coisa do passado. As baterias de carros elétricos são muito mais avançadas. Seguindo boas práticas de recarga (operando entre 20% e 80% regularmente), a vida útil pode dobrar em relação ao esperado. A garantia típica é de oito anos para degradação de 30% — mesmo após esse período, ainda restariam 70% da autonomia inicial.
Muito improvável. Para ocorrer, seria necessário ignorar avisos de segurança e tocar em cabos de alta voltagem danificados. Nesse caso, é menos provável do que ganhar na Mega Sena. Assim como micro-ondas ou geladeiras são seguros, os carros elétricos também são confiáveis para o uso diário.
Embora qualquer colisão possa gerar incêndio, estatísticas mostram que carros elétricos têm risco significativamente menor de pegar fogo do que veículos a combustão — cerca de 60 vezes menos.
Se ocorrer fogo na bateria de íon de lítio, a abordagem correta é resfriar com grandes volumes de água, pois extintores comuns não são adequados e há precauções com a formação de hidrogênio inflamável.
Sim. Veículos eletrificados são projetados para resistir a intempéries, com proteção IP67 ou IP68, garantindo resistência à água e poeira. A ABVE reforça que, assim como usamos chuveiros elétricos há décadas sem riscos, carregar carros elétricos na chuva é seguro, desde que respeitadas as instruções do fabricante.
Como qualquer aparelho de alta potência, sim, pode haver sobrecarga se a instalação elétrica não for adequada. Porém, os carros elétricos têm vantagens únicas, como a possibilidade de devolver energia à rede em momentos de pico, ajudando a equilibrar a demanda — algo que nenhum eletrodoméstico faz.



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