E-J7 é o sedã elétrico da JAC rápido e espaçoso

A JAC Motors continua a ofensiva no mercado de elétricos com o E-J7. O sedã chega às lojas por R$ 264.900, valor R$ 5 mil mais caro em relação a novembro de 2021, quando o JAC E-J7 teve lançamento anunciado.

Nesta faixa de preço é o único sedã totalmente elétrico. Este é um dos argumentos para que a montadora chinesa tenha feito um comparativo enfático com sedãs premium alemães. Falamos dos renomados BMW Série 3, Mercedes-Benz Classe C e Audi A4.

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Durante evento de teste-drive, os modelos foram submetidos a provas de arrancadas contra o E-J7. Isso porque o carro da JAC é mais rápido na distância de 0 a 100 km/h. Cumpre a tarefa em 5,9 segundos, enquanto todos os alemães citados precisam de mais de 7 segundos.

Outra justificativa da JAC para impetrar o inusitado embate é o fato de o lançamento ter o mesmo porte, mas ser mais barato do que os “rivais”. O Série 3, por exemplo, tem tabela de R$ 298.950 na versão de entrada 320i GP.

Já o comprimento está mais próximo do A4. Com 4,77 metros, o E-J7 é um centímetro menor do que o sedã germânico. Já a diferença no entre-eixos é mais enfática. O Audi tem 2,82 m, portanto, é seis centímetros maior.

As similaridades param por aqui. É difícil imaginar que um cliente interessado na consagrada tríade alemã mude de ideia em detrimento de um novato elétrico chinês. A JAC sabe disso, mas ao menos, deve ter êxito em chamar atenção para o lançamento que ousou peitar modelos tão tradicionais.

O E-J7 é o terceiro modelo a ser vendido no Brasil após a montadora oriental ter parte majoritária das ações adquirida pela Volkswagen. O carro carrega visual externo chamativo e com elementos envolventes.

Se a parte frontal não oferece um chamariz, a traseira traz lanternas longas, afiladas e que combinam com a caída de teto que dá um ar de fastback ao sedã.

As telas do JAC E-J7

Mas o interior é o que causa maior furor. A central multimídia tem 13 polegadas, câmera de ré e pareamento com Android Auto e Apple CarPlay. O cluster também é digital, com tela de 10,25”. Só que o modelo tem mais três displays. Eles compõem o acabamento e exigem animações que podem ser selecionadas na central. Uma frescurinha que chama atenção e deve causar mais impacto à noite.

Também vale mencionar o acabamento predominantemente elaborado em material que imita couro. No pouco tempo disponível com o carro, ficou a impressão de que tudo está bem encaixado e tem boa qualidade ao toque.

Foi curta ainda a experiência ao guiar o modelo, mas é possível dizer que o carro é realmente ligeiro e oferece posição esportiva de guiar muito por conta do centro de gravidade baixo, em consequência da posição das baterias no assoalho.

Essa mesma característica também faz com que os passageiros traseiros não possam colocar os pés embaixo dos assentos da frente, algo convencional em elétricos. Por outro lado, há bastante conforto para as pernas.

Por falar em espaço, vale o destaque para o porta-malas de 590 litros, que tem acionamento elétrico. Mas esse é um dos poucos itens chamativos do sedã que é vendido em versão única. Fazem parte da lista de equipamentos de série: teto-solar, bancos revestidos em couro, sendo que o do motorista tem ajuste elétrico, faróis full LED, seis airbags, freio de estacionamento elétrico, chave presencial com partida por botão, rodas de 17 polegadas diamantadas e controle de cruzeiro.

Autonomia é de 402 quilômetros

Não há, portanto, itens mais avançados de assistência dinâmica. Alguns exemplos são monitor de ponto cego, assistente de manutenção em faixa e ACC (piloto automático adaptativo). Mas a ausência mais enfática fica por conta do sistema de frenagem de emergência.

Há modelos na faixa de preço do E-J7 que podem ser menores do que ele, mas que ofertam boa parte dos equipamentos acima citados. É o caso de Nissan Leaf, Mini Cooper SE e Fiat 500e, por exemplo.

Quanto aos dados relativos à bateria, o JAC entrega números condizentes com o mercado. A autonomia é de 402 quilômetros no ciclo no método europeu NEDC, costuma ser menos rigoroso em relação ao WLTP, também europeu, e que simula situações mais próximas do cotidiano dos usuários.

O tempo de recarga pode variar bastante, de acordo com o tipo de estação. Em casa, em uma rede de 220V, a energia é totalmente restabelecida em 20 horas. Já em um wallbox, aquela caixinha que costuma ser acoplada à parede, o intervalo diminui para 7 horas. Já em uma rede super-rápida, chamada de CC, a recarga completa demora em torno de uma hora.