Para saber se o produto tem essa capacidade, avaliamos a versão Impetus (R$ 115.990), a topo de linha entre as cinco configurações disponíveis. De cara, o Pulse apresenta-se com o status de ser equipado com o motor 1.0 turbo mais potente do mercado. O propulsor entrega 130 cv, portanto, 2 cv a mais em relação ao Volkswagen Nivus, principal concorrente.
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Quando o assunto é torque, empate em 20,4 kgf.m. Mas o Fiat entrega a força mais cedo, em 1.750 rpm e constante até 3.500 rpm. O gerenciamento da medida fica a cargo de transmissão automática CVT, que simula sete velocidades e pode ser manipulada por aletas.
Temos assim um inédito conjunto motor e câmbio, que foi posto à prova no Circuito Panamericano, localizado em Itu (SP). A sensação quase que instantânea é de que, sim, o desempenho é uma das maiores virtudes do Pulse.
Além do dado técnico de que a aceleração de 0 a 100 km/h é cumprida em 9,4 segundos, realmente há a percepção de estarmos a bordo de um SUV ligeiro e que não deve dar dor de cabeças em longas viagens ou obstáculos cotidianos como ladeiras pra lá de íngremes.
Mas o que chamou mais a atenção foi o comportamento da suspensão. O tipo dela não é novidade: McPherson na frente e eixo de torção atrás. Mas os componentes são novos, frutos de uma nova plataforma. Chamada de MLA, a arquitetura tem elementos mais resistentes e pode ser considerada (ainda que a Fiat não confirme) uma evolução profunda da base MP1, que sustenta o Argo.
O fato é que o Pulse transmite segurança para contornar curvas de alta velocidade e não suscita torcionamento relevante da carroceria.
Ponto positivo ainda para o consumo de combustível, sendo o melhor da categoria. Em cenário combinado entre ruas e estradas, a relação chega a 13 km/l quando o modelo é abastecido com gasolina.
Acabamento interno do Fiat Pulse
Se a dirigibilidade e o consumo podem ser considerados pontos fortes do utilitário esportivo fabricado em Betim (MG), o mesmo não pode ser dito em relação ao acabamento interno. Apesar de oferecer peças de texturas envolventes e boa qualidade ao toque, é facilmente perceptível que o encaixe de alguns materiais poderia ser melhor.A atmosfera do interior nos remete novamente ao Argo, só que com painel mais limpo. Há menor quantidade de botões e saídas de ar-condicionado na comparação com o hatch. Existe uma leve inclinação do painel para o motorista, o que garante boa ergonomia.
Também vale destaque para quesitos práticos como a quantidade de porta-objetos. São 18 e com volume para trecos rechonchudos. Já quando o assunto é conectividade, há três portas USB, sendo uma do tipo USB-C, além de carregador de celular por indução.
Melhor ainda é o fato de que é possível parear o sistema operacional do smartphone com a central multimídia sem a necessidade de cabos. Aliás, que central multimídia! Com 10,1 polegadas, ela realmente chama atenção. Não só pelo tamanho, mas também pela boa qualidade no sistema Uconnect 5, já conhecido de modelos como Toro e Strada, por exemplo.
Mas é no Pulse que a Fiat promove mais enfaticamente o sistema Cart, que permite fazer compras na central multimídia. Dá até para escolher na tela do carro o combo de fast food que você quer comer ou mesmo pagar a parcela do IPVA. Ah, vale lembrar que o Pulse já vem com chip de internet.
A outra tela digital que também merece destaque corresponde ao painel de instrumentos. Com 7 polegadas, deriva da Toro e oferece diversas informações sobre viagem e entretenimento com boa resolução.
A novidade é que a tela ganha um aspecto especial quando é selecionado o botão Sport, em destaque no volante multifuncional. O recurso que interfere no escalonamento do câmbio e no controle de tração permite com que o motorista percorra trechos de alta velocidade de maneira rápida e sem rabear.
Pé fora da estrada
Por falar em controle de tração, o Pulse conta com o sistema TC+, que ajuda a sair de algumas enrascadas em cenários off-road. O sistema, basicamente, joga toda a tração para rodas que ainda tenham contato com o solo para fugir de atoleiros ou buracos relevantes.Aliás, o que ajuda em alguns cenários fora de estrada é o vão livre de 22,4 cm, o maior da categoria. Já o ângulo de ataque chega a 20,5°, enquanto o de saída é de 31,4°.
Embora essas medidas sejam positivas, as dimensões do SUV não são muito chamativas. O Pulse tem 4,10 metros de comprimento, portanto, é 16 cm menor do que o Nivus. O entre-eixos também é menor do que o rival. São 2,53 m, ante 2,57 m.
Ainda assim, há bom espaço para as pernas de passageiros traseiros com estatura mediana. Como o túnel central é baixo, dá para viajar na posição central com certo conforto.
Mais comparações: o porta-malas também coloca o Pulse atrás do rival da Volks. Enquanto o Nivus tem 415 litros, o Fiat aparece com 370 litros de bagageiro.
Já quando o assunto é a parte externa, o visual do SUV deve ser bem aceito. O carro aposta em pontos comuns da categoria como carroceria bicolor, raque de teto e base do para-choque com plástico robusto.
O detalhe frontal mais chamativo é um friso volumoso que chega a ultrapassar as linhas dos faróis. Estes, aliás, são de LED em todas as versões. Já os projetores de neblina são quadradinhos e acompanhados de outro elemento cromado.
Na traseira, as lanternas são os elementos que despertam maior destaque e também trazem LED como equipamento de série.
Equipamentos
Além dos itens já citados, outros equipamentos disponíveis na versão topo de linha são itens dinâmicos como frenagem de emergência e alerta de mudança de faixa. Bem que poderia oferecer piloto automático adaptativo ao menos como opcional.O Pulse completão vem ainda com quatro airbags, rodas de liga leve de 17 polegadas, central com suporte a Google Assistant e Alexa, farol alto adaptativo, sensores de estacionamento e câmera de ré.
Disponível em cinco versões, o Pulse é oferecido também com motor 1.3 flex de 109 cv e câmbio manual de cinco marchas. Também há variação de painel de instrumentos, com computador de bordo menor, além da central multimídia, que pode ter 8,4 polegadas.
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