Fiat Toro vira plano B para clientes da Titano
Falta de prazo para entrega da Titano tem feito clientes que queriam a picape migrar para “irmã” menor
Os problemas que a Fiat Titano enfrenta para liberação da documentação necessária para entrar em território brasileiro e abastecer o mercado interno estão beneficiando uma outra picape da marca, a Toro.
De acordo com informações de pessoas ligadas à rede de concessionárias da Fiat, os clientes que chegam às lojas em busca de uma Titano acabam optando pela compra de uma Toro ao descobrirem que não há um prazo certo para a entrega do veículo.
Ainda segundo as fontes consultadas, muitos consumidores que estão procurando a nova caminhonete da Fiat não são proprietários de picapes médias, exatamente. Muitos são donos de uma Toro ou mesmo de veículos de outros segmentos, mas que têm curiosidade em conhecer a Titano. Mas como a picape média não tem a pronta entrega, os vendedores oferecem a Toro e, sem muitas dificuldades, convertem a venda.
E os números de emplacamentos da Titano e da Toro em maio confirmam as informações que o WM1 obteve com exclusividade.
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Segundo dados divulgados terça-feira (4) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a Titano registrou em maio somente 260 emplacamentos, depois de ter emplacado apenas 43 unidades em abril.
Já a Toro teve 4.315 unidades comercializadas em maio, sendo a segunda picape mais vendida no mês, ficando atrás apenas da Strada. Em abril, este número foi de 3.893.
O detalhe importante no caso do Toro é que ela foi a única entre as dez picapes mais vendidas a registrar alta nos emplacamentos de abril para maio. Todas as outras tiveram quedas.
Este crescimento se deve muito aos clientes que entraram nas concessionárias da Fiat em busca de uma Titano, mas desistiram ao saber que o prazo de entrega poderia ser muito grande, optando por levar uma Toro.
Qual o problema enfrentado pela Fiat Titano?
Fabricada no Uruguai, a Fiat Titano dependa da liberação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para entrar no país e ser entregue aos proprietários. O problema é que os funcionários estão realizando operação padrão e as liberações são muito lentas.
A reportagem do WM1 entrou em contato com a Stellantis, dona da marca Fiat, que confirmou a situação.
“A Stellantis informa que suas marcas, a exemplo de outras empresas do setor, têm sido fortemente impactadas pela paralisação do órgão responsável pela emissão das licenças ambientais exigidas pela legislação vigente. Com isso, veículos importados seguem no aguardo da liberação da documentação necessária para serem comercializados no país”, diz um trecho do posicionamento encaminhado pela marca.
O comunicado admite ainda que existe a possibilidade de compras serem canceladas. “Identificamos, ainda, que muitos pedidos em carteira correm o risco de serem cancelados, já que não há uma previsão de data de entrega”, completa.
Confira o posicionamento da Stellantis na íntegra:
"A Stellantis informa que suas marcas, a exemplo de outras empresas do setor, têm sido fortemente impactadas pela paralisação do órgão responsável pela emissão das licenças ambientais exigidas pela legislação vigente. Com isso, veículos importados seguem no aguardo da liberação da documentação necessária para serem comercializados no país. Identificamos, ainda, que muitos pedidos em carteira correm o risco de serem cancelados, já que não há uma previsão de data de entrega. A Stellantis acompanha diariamente o andamento do tema para minimizar ao máximo os impactos junto aos concessionários e consumidores."
