Ford Territory evolui e quer clientes do Commander

Nova geração do SUV médio é maior que o Compass e quase do tamanho do Commander, mas não tem 7 lugares. Custa R$ 209.990

  1. Home
  2. Últimas notícias
  3. Ford Territory evolui e quer clientes do Commander
André Deliberato
Compartilhar
    • whats icon
    • bookmark icon

O Ford Territory mudou, cresceu e evoluiu. Feito sobre uma nova plataforma, a nova geração do SUV chega esta semana ao Brasil e quer roubar o máximo possível de clientes do Jeep... Commander!

Ué, não seria do Compass? Pois é, também. O ponto é que agora o Ford Territory tem tamanho para brigar com o modelo maior, apesar de não oferecer sete lugares. Com um apelo ultra forte: o preço. Ele chega por interessantíssimos R$ 209.990 - R$ 10 mil a menos que a geração anterior.

"O Territory chega para peitar o Commander. Ele é a melhor opção para quem quer um SUV grande e não precisa de sete lugares", garante Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford América do Sul.

  • Comprar carros
  • Comprar motos
Ver ofertas

Como é o novo Ford Territory

Totalmente novo e com linhas inéditas, o carro cresceu em tamanho, tecnologia, segurança, mecânica e também em nível de acabamento, como veremos a seguir. E seguirá vindo importado da China.

Em espaço, agora são 4,63 m de comprimento, 1,71 m de altura, 1,94 m de largura e 2,73 m de entre-eixos - o anterior tinha 4,58 m, 1,67 m, 1,94 m e 2,72 m, respectivamente.

As novas dimensões também resultaram em um belo aumento no volume do porta-malas, que foi de 348 para 448 litros de capacidade. O Jeep Compass tem 410 litros.

Detalhe: o Territory agora oferece abertura e fechamento elétricos do compartimento com regulagem do ângulo de abertura - que é feita pela central multimídia.

Para comparação, veja os seguintes dados: o Compass tem 4,40 m de comprimento, 1,66 m de altura, 1,82 m de largura e 2,64 m de entre-eixos; já o Commander tem 4,77 m, 1,68 m, 1,86 m e 2,79 m, respectivamente. Note que o Territory está muito mais perto do Jeep maior.

Com rodas de aro de 19 polegadas e em versão única de acabamento - a já conhecida, luxuosa e bem equipada Titanium -, o modelo chega em seis cores: azul, vermelho, marrom, preto, cinza e branco. Não há prata.

Novo motor

Apesar de manter o bloco capaz de receber cilindros de 1.5 litro de capacidade, o motor foi renovado, bem como todo o conjunto de peças que o contorna. Agora, tem alto rendimento energético por usar o ciclo Otto - o antigo usava o ciclo Miller.

Agora, o Territory usa um 1.5 Ecoboost de até 169 cv de potência e 25,5 kgf.m de torque. Tem turbo de baixa inércia, novo comando de válvulas e injeção direta, além de um inédito coletor de admissão de plástico - no lugar de um de alumínio, mais pesado.

Na prática, são quase cinco quilos a menos.

Resultado: zero a 100 km/h em 10,3 segundos - contra 11,8 s da geração anterior - e consumo aferido pelo Inmetro de 9,5 km/l na cidade e 11,8 km/l na estrada. Vale lembrar que o conjunto só bebe gasolina.

Uma nova caixa de câmbio automatizada com dupla embreagem e sete marchas foi instalada no lugar da antiga caixa CVT que emulava oito velocidades.

"A mudança veio para melhorar o SUV. Não estamos falando do câmbio Powershift, mas de uma caixa banhada a óleo totalmente preparada para receber o novo conjunto", diz Ariane Campos, supervisora de engenharia da Ford América do Sul.

Por baixo, o SUV usa suspensão independente nos dois eixos, do tipo McPherson na dianteira e com sistema multilink na traseira. O peso total em ordem de marcha do carro é de 1.705 quilos.

Novo Territory Exterior (25)
O Ford Territory 2024 ganhou novo design, motor e dimensões para conquistar o comprador pelo lado racional
Crédito: Divulgação
toggle button

Segurança reforçada

Antes de detalharmos todos os equipamentos que o carro oferece, vamos destacar o bom nível de itens de segurança anunciados pela Ford.

Mais importante: agora o modelo também tem os - cada vez mais necessários - itens de condução semiautônomos, como sistema de frenagem de emergência, sensor de ponto cego, controle de cruzeiro adaptativo com função Stop & Go, corretor e alerta para permanência na faixa e câmera 360º.

Na segurança passiva, são seis airbags, assistente para partidas em rampas, Isofix, sensor de estacionamento traseiro e dianteiro e freios a disco nas quatro rodas.

Interior caprichado

Por dentro, muita tecnologia. Começando pelas telas gigantes no painel, conectadas: a da esquerda faz a função do quatro de instrumentos, enquanto a da direita, a central multimídia. As duas têm 12,3 polegadas.

A tecnologia, que começou a aparecer há alguns anos em carros de marcas premium - como BMW e Mercedes-Benz -, hoje já está presente em modelos de marcas generalistas, como a Ford e também a Kia, entre outras.

Infinitamente melhor que o multimídia do Territory anterior, o novo sistema é capacitivo e vem com roteador para internet wi-fi, Sync Touch e conexão sem fio para CarPlay e Android Auto.

Além disso, o Territory vem com ar-condicionado com duas zonas de resfriamento, carregador de celular sem fio, direção elétrica, luz ambiente em LED, freio de estacionamento eletrônico com função autohold, bancos dianteiros com ajuste elétrico e ventilados, três entradas USB-A e uma USB-C e quatro modos de condução: "Normal", "Eco", "Sport" e "Serra/Colina".

Para finalizar, a Ford diz que a nova geração terá revisões a preços fixo e toda assistência necessária para atender aos compradores, inclusive com acesso via aplicativo, contato via WhatsApp e sistema de concierge para o caso de retiradas e entregas via concessionárias.

Novo Ford Territory Interior (2)
O painel ganhou em tecnologia, nível de sofisticação e, principalmente, em espaço para os ocupantes
Crédito: Divulgação
toggle button

Conclusão

As vendas, como dissemos, começam nesta semana. Importado, sabemos que ele não deve, de fato, incomodar as vendas da dupla de carros da Jeep.

Mas temos que admitir que, com sua chegada, a Ford bota uma interrogação gigante na cabeça de quem olha com carinho para Haval H6, Chevrolet Equinox e demais SUVs que custam até mais e oferecem menos. Bem menos.

Comentários